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Ações da B2W fecham novembro em alta de 54,86%

Por: Redação E-Commerce Brasil

Equipe de jornalismo E-Commerce Brasil

As ações da B2W, controladora dos sites Americanas.com, Submarino e ShopTime, se destacaram com a maior valorização em novembro, com salto de 54,86%, a R$ 15,30. Os papéis ganharam força com resultados do balanço e relatório de elevação de recomendação, e acumulam avanço de 70,00% no ano.

A companhia, apesar de ter relatado prejuízo de R$ 48 milhões no terceiro trimestre – valor 18% maior do que o apresentado um ano antes – arrefeceu as perdas no ano e mostrou maior compromisso em eficiência logística.

Em relatório, o Bank of America Merrill Lynch elevou o preço-alvo para as ações da B2W, de R$ 12,00 para R$ 18,00, nível que não é atingido desde o intraday de setembro do ano passado. Isso indica um potencial de valorização de 17,65% em relação ao último fechamento. Duas semanas antes, o preço-alvo era de R$ 6,40.

Mudança de rumo na B2W

Depois de um período de performances fracas na Bovespa, a empresa parece estar próxima de uma mudança importante, escrevem os analistas. Eles dizem que a infraestrutura de distribuição regional pode criar uma das estruturas de custo mais baixas entre as empresas do setor no país.

A empresa ainda pode se beneficiar com as mudanças propostas para o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), mas as mudanças podem levar anos para serem implantadas. Mesmo assim, os canais de distribuição regionais podem levar a empresa a poupar com impostos e levá-la a acumular ganhos líquidos no curto ao médio prazo, complementam.

Há duas semanas, quando os analistas elevaram a recomendação para neutra logo após a divulgação dos resultados trimestrais, eles já indicavam que a companhia se aproximava de uma virada importante, com aceleração nas vendas e melhora nos serviços. Inclusive, a equipe do BofA já previa ganhos nos impostos por conta da distribuição regional.

Analistas detalham as premissas

Agora os analistas parecem ter detalhado melhor essas premissas. Eles estimam que a queda nos custos de entrega pode representar uma poupança que representa até 2% das vendas. Já os ganhos por conta de uma menor incidência de impostos devem gerar uma economia de 400 pontos-base em vendas.

Considerando que os incentivos fiscais sejam eliminados em um período de oito anos, os analistas projetam que os ganhos dessa economia de impostos, trazidas a valor presente, sejam de R$ 4 por ação.

Maior eficiência

Após o resultado, o diretor de Relações com Investidores da companhia, Fábio Abrate, afirmou  que o prazo de entrega dos produtos vendidos pela companhia aos clientes está em linha ou melhor do que o praticado pelo mercado.

“Posso afirmar que o prazo de entrega da B2W está em linha com o mercado, para melhor”, afirmou o executivo, durante teleconferência com analistas. Para melhorar seu sistema logístico e, com isso, reduzir o tempo de entrega, a companhia abriu quatro novos centros de distribuição no mês de outubro, localizados em São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Pernambuco.

“A estratégia é e sempre vai ser estar mais próximo do cliente. Optamos por abrir os centros de distribuição nessas localidades, porque é lá que está o público consumidor”, disse Abrate.

É bom não esquecer…

Vale lembrar que em setembro surgiram rumores de que a norte-americana Amazon estaria interessada na compra da companhia. Entretanto a notícia não foi confirmada, assim como posteriormente os rumores de que a Amazon e a Saraiva estavam em negociações foram negados.

Enquanto isso, a Lojas Americanas vem aumentando a participação na companhia. No último movimento feito pela controladora, ela atingiu uma participação de 60,4% na empresa.