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A jornada da indústria no digital: executivo cita regras de ouro para e-commerce

Por: Redação E-Commerce Brasil

Equipe de jornalismo E-Commerce Brasil

O setor da indústria, a cada dia, tem percebido a necessidade de estar no digital. E o convidado Caê Sagula, Diretor de e-commerce, da Johnson & Johnson, falou no Fórum Indústria Digital 2020 sobre a jornada da indústria no digital.

Caê lembrou que a pergunta mais comum em todas as indústrias é “quando vamos ter o nosso direct to consumer, quando vamos ter o nosso site? E a minha resposta sempre foi a mesma, ou seja, na hora certa, se a gente precisar”.

Direct to consumer

“O gente tem que estar onde o consumidor está”, lembra Caê. Para ele, Direct to consumer é o suprassumo da jornada do Digital. E para saber se é bom ter ou não o Direct do Consumer, é preciso analisar “qual é o ciclo de vida do seu produto frente ao seu consumidor? Essa é a primeira pergunta para decidir isso. Se for um ciclo muito longo, você manipula melhor na indústria. Se for um ciclo curto, ele está mais concentrado no varejo, porque depende de mais frequência e tende a ser componente de uma cesta e quem controla essa cesta tem mais força nessa jornada”, explica o executivo.

Diante desse cenário, ele diz que o e-commerce próprio pode ser muito bom para a indústria, para “tampar algum gap, distribuição, lançamento , conhecer o perfil e manejo do produto pelo consumidor, ou seja, tem uma função que não necessariamente é fazer dinheiro ou volume, mas isso tem que estar muito claro desde o início”.

Vantagens do e-commerce

Leia também: Gestão de categoria do seu e-commerce, segundo a Johnson & Johnson

Regras de ouro para seu plano de e-commerce

As regras para construir um e-commerce passam por alguns pilares, como fundação, aceleração, harmonização e total integration.

Primeiro, diz Caê, é preciso mapear o mercado e descobrir quem são os principais players que vendem as mesmas categorias que você. É necessário analisar como eles estão desenvolvidos, além de saber qual é a dinâmica do mercado.

Despois de definir e alinhar os KPIs de sucesso, é preciso construir um ecossistema de parceiros digitais e saber quais as segmentações de clientes e com propósitos específicos para cada um deles.

“Qual modelo de investimento, como você investe e qual a sua relação com seus parceiros?”, questiona Caê. Definir o modelo de investimento é fundamental para o futuro do negócio.

Continuando a lista criada por Caê, é necessário alinhar relações com parceiros comerciais e traçar planos específicos para cada um deles.

Na sequência, fortalecer relação com as áreas de suporte e parceiras, atuar em ecossistemas, investir no crescimento e um dos pontos mais relevantes, que é pensar em novas prateleiras.

O executivo questiona: “como você tira um pouco do rótulo do e-commerce e abre sua cabeça para pensar em quais são suas novas prateleiras, ou seja, novos modelos e locais de vendas para abrir mais o seu funil e estar na frente?”

As estratégias On/Off são importantes na visão de Caê, porque “estamos chegando nesse momento em que não existem mais dois caminhos, porque um impacta fortemente no outro modelo.”

É reforça que é preciso tratar On e Off como uma coisa só para ganhar cada vez mais força. A estrutura do e-commerce passa a ser mais incorporada pelo todo. E o consumidor omnichannel se firma cada dia mais.

Veja o restante da lista apresentada por Caê:

“Esse é o jeito de se vender do futuro. O e-commerce nada mais é do que a digitalização da venda. ‘Ah, mas foi na loja física’… e daí? O consumidor é o mesmo!”, diz Caê.

O seu e-commerce vai durar se ele tiver o propósito correto, se ele tiver preparado para atender as necessidades que você combinou com a sua companhia.


Por Rafael Chinaglia, da Redação do E-Commerce Brasil.