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63% das empresas consideram mobilidade importante

Por: Eduardo Mustafa

Graduado em 'Comunicação Social - Jornalismo' com experiência em negócios, comunicação, marketing e comércio eletrônico e pós-graduado em 'Jornalismo Esportivo e Gestão de Negócios'. Foi editor do portal E-Commerce Brasil, do Grupo iMasters (2015 /2016), e atualmente é executivo sênior de contas na Gume

Com o crescimento da computação em nuvem e das soluções de virtualização, junto com a popularização de tablets e smartphones, as empresas estão usando mais a mobilidade em seus negócios.

O estudo Mobilidade e Segurança nas Empresas, encomendado pela Citrix mostrou que 63% das empresas brasileiras consideram mobilidade como muito importante dentro da sua área de atuação, mas apenas 39% possuem políticas para este fim.

No México e na Colômbia, países que também participaram da pesquisa, os percentuais foram mais equilibrados, de 60% e 70%, respectivamente.

As respostas jogam luz no alicerce dessa questão: as políticas de mobilidade das companhias. No Brasil, apenas 39% das empresas pesquisadas disseram que sim, há uma estratégia de gestão ou implementação de programas, plataformas e aplicações que permitem a transferência e acesso a informação e comunicação em qualquer lugar.

O custo não está entre os entraves citados para a não implementação dessa política. O que aparece no topo dos argumentos é a não percepção da mobilidade como necessária para o negócio.

No Brasil, dentre as empresas que trabalham rotineiramente com acesso móvel à informação corporativa, mais da metade (58%) acredita estar em equivalência com seus concorrentes nesse sentido. E entre as principais vantagens dessa nova realidade, apontam o aumento da produtividade e a satisfação do cliente.

“A mobilidade está se tornando um aspecto prioritário para as empresas e está entre os desafios do novo modelo de trabalho. Seja por economia de custos na operação ou apenas como alternativa para problemas com transportes deficitários”, afirma Luís Banhara, diretor geral da Citrix no Brasil.

Quanto às iniciativas de mobilidade, o acesso de qualidade e o desempenho da rede são considerados fundamentais para as empresas brasileiras, bem como garantir bom atendimento e disponibilidade de um help desk quando necessário. Para atender essa e outras demandas relacionadas a acesso móvel, as corporações brasileiras destinam 16% do seu orçamento para esse fim. Já o México investe 12% e a Colômbia, 20%.

Segurança

A pesquisa aponta, ainda, que segurança é sim uma preocupação das companhias, tendo como prioridade proteger dados pessoais e controlar o acesso aos aplicativos. Embora aceitem essa necessidade, as empresas revelaram que o percentual do orçamento de mobilidade dedicado a segurança é ínfimo: 13% no Brasil contra 11% no México e 17% na Colômbia.

Além disso, 62% das empresas brasileiras entrevistadas não possuem uma estratégia formal de segurança móvel ou políticas de mobilidade. Na Colômbia, esse dado é de 68% e no México 77%.

Os investimentos em segurança seriam destinados para a superação do que os entrevistados brasileiros consideram a maior barreira na implantação dessas iniciativas: a falta de controle de segurança nos dispositivos móveis.

No País, 85% dos entrevistados consideram o controle de acesso às aplicações o aspecto mais preocupante quando se fala em acesso remoto. O acesso ao sistema por usuários externos para roubar propriedade intelectual é considerado a principal ameaça à segurança móvel das companhias brasileiras.

O estudo questionou como é feito atualmente o gerenciamento de acesso de usuários remotos e a distribuição de dados sensíveis dentro da empresa. No Brasil, o uso de Tecnologias Mobile Device Management não está entre as prioridades dos tomadores de decisão do negócio, ocupando a 8ª posição. Quem liderou as respostas foi o controle de acesso a aplicações, redes e dados de acordo com o tipo de usuários.

A pesquisa foi realizada em outubro de 2015, com 360 organizações (120 de cada país) dos setores de indústria, comércio e serviços. As entrevistas foram executadas, principalmente, com a equipe responsável pelas tecnologias da informação das empresas. Todas as empresas entrevistadas contam com pelo menos 50 empregados.