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50% dos consumidores brasileiros devem comprar presente de Natal para si mesmo, aponta SPC Brasil

Presentear familiares, amigos, participar de confraternização da empresa e até ceder a casa para uma ceia farma, são alguns dos clichês que envolvem o Natal. O que não estava previsto é que se auto-presentear fosse entrar para a lista de clichês, já que metade dos consumidores brasileiros pretendem comprar pelo menos dois presentes para si mesmo, segundo uma pesquisa realizada pelo SPC e a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas. Em relação ao Natal de 2015, 54,3%afirmaram terem comprado presentes para si mesmo.

As justificativas mais usadas são pelo sentimento de merecimento (40,8%) e a oportunidade de se presentear com coisas necessárias naquele momento (39,1%).

A intenção, em sua maioria, é de dois presentes para si mesmo, com um ticket médio de mais ou menos R$158. Comparando esse valor com o ticket médio do presente do ano passado houve uma redução de 16%, já que em 2015 os consumidores gastaram em torno de R$ 330. Mas mesmo que o valor de cada presente tenha diminuído em relação a 2015, é ainda 44% superior ao valor do presente dado ao terceiros.

De acordo com José Vignoli, educador financeiro do SPC Brasil, não há nada de errado em aproveitar a data para presentear-se, desde que a pessoa aja de acordo com o seu padrão de vida e suas prioridades financeiras: “O auto presente não é um problema. É normal querer recompensar nosso esforço pessoal, mas o consumidor não pode perder de vista a noção dos gastos. Muitas vezes, algumas pessoas usam o Natal como pretexto para uma despesa excessiva, uma compra impulsiva ou mesmo um endividamento que, mais tarde, poderá trazer problemas financeiros”.

Para os que não pretendem comprar presentes para si (24,9%), os principais motivos são: não gostar ou falta de costume (25,5%), ter outras prioridades de compra (17,5%) e priorizar o pagamento de dívidas (11,3%).

A entrevista foi dividida em duas partes. Primeiro ouviu-se 1.632 pessoas nas 27 capitais para identificar o percentual de quem tem a intenção de comprar no Natal e, depoi, a partir de 600 entrevistas, investigou-se em detalhes o comportamento de consumo no Natal.