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26% dos consumidores acima de 60 anos compraram online pela primeira vez na quarentena

Por: Giuliano Gonçalves

Jornalista do portal E-Commerce Brasil, possui formação em Produção Multimídia pelo SENAC e especialização em técnicas de SEO. Sua missão é espalhar conteúdos inspiradores.

Segundo estimativas do IBGE, em 2020 o Brasil superou a marca de 37,7 milhões de pessoas com 60 anos ou mais, e a tendência para os próximos anos é esse número ser maior. Ou seja, o Brasil está no momento de proporcionar mudanças e novas oportunidades de negócios em muitos segmentos, pois a população está envelhecendo em uma velocidade muito rápida, o que trará um grande impacto sobre os sistemas de saúde e outros, com elevação de custos e do uso dos serviços.

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Pensando neste futuro cenário, a SBVC (Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo), em parceria com a AGP Pesquisas, atualizou a pesquisa feita em 2017, 2018, 2019 e 2020 com informações sobre os atuais hábitos de compra da população com idade superior a 60 anos. “Realizamos este estudo todos anos para analisar os fatores que levam este público a comprar, que aspectos eles mais valorizam em sua jornada de compra e a presença digital deste público no varejo. Além disso, avaliamos a experiência de compra e os aspectos mais valorizados no consumo de produtos e serviços”, comenta Eduardo Terra, Presidente da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo.

O estudo da SBVC contou com 500 entrevistados. 86% dos consumidores 60+ afirmaram que eles mesmos são os responsáveis pelo controle das finanças e decisões de compra em sua residência. Para esse consumidor, comprar online é uma realidade, e principalmente o consumo através de smartphones, 81% versus 24% em 2017. Sendo que, desses consumidores mobile, 59% compram via aplicativos, versus 12% em 2017.

É importante ressaltar que o consumo relacionado a itens básicos é feito com maior frequência:

  • 49% dos entrevistados costumam ir semanalmente a redes de hipermercados ou supermercados;
  • 41% afirmam consumir mensalmente em drogarias/ farmácias;
  • 33% costumam ir eventualmente à shoppings centers, local que possui itens ocasionais de compra (30% afirmam raramente frequentar esse canal).

Percebe-se que o consumidor 60+ anos utiliza super e hipermercados, tradicionais e de vizinhança, em seu mix de consumo. Além disso, também vai à farmácias e drogarias para compras de uso mensal, utilizando-os como canal de reposição.

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Sobre a experiência no ponto de venda dos supermercados, o consumidor 60+ a considera positiva: 80% apreciam a experiência, sob análise de “Top2Box”, soma das opções “Muito boa” e “Boa”, versus 67% em 2017. Shopping centers caem de 67% em 2017 para 61%, considerando “Top2Box”, resultado da pandemia. Farmácias e Drogarias oferecem uma das melhores experiências a esse consumidor, 84% sentem que sua jornada de compra a esse tipo de loja é positiva, sob a análise de “Top2Box”.

Pelo tamanho que esta parcela da população irá representar nos próximos anos, é importante cada vez mais o varejo entender essa evolução e buscar soluções para esse consumidor 60+. Portanto, empresas precisam investir mais na experiência de compra desse consumidor, consequentemente treinamento dos funcionários. Negócios online focados no público “sênior” devem levar em conta usabilidade dos sites e uma natural desconfiança a respeito da segurança das informações.

Metodologia

O estudo entrevistou 500 consumidores em todo o país, e teve como objetivo quantificar aspectos relacionados aos hábitos de compra da população acima de 60 anos, com especial interesse na comparação entre lojas físicas e online.

Disponível no site: sbvc.com.br.