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VTEX DAY: varejo, negócios e inovação digital

Por: Rodrigo Sanchez

Diretor de Growth da ClearSale

Formado em Ciências da Computação pela FEI e pós-graduado em Estratégias de TI pelo Senac, atua há mais de 15 anos no mercado de tecnologia da informação com desenvolvimento nas áreas de vendas, gestão e relacionamento com cliente. Atualmente, é chamado para ministrar palestras e congressos na área (Febraban, Banrisul International IT Forum, Gemalto Innovation Forum entre outros).

Nos dias 12 e 13 de abril, participei do VTEX DAY, maior evento de varejo, negócios e inovação digital da América Latina, e foi extremamente proveitoso, superando todas as minhas expectativas, ainda mais por termos bons negócios pela frente.

Faço um destaque sobre a palestra de Lewis Hamilton, grande nome que a VTEX trouxe para a edição deste ano. É uma oportunidade rara ouvir um personagem tão importante no cenário mundial, vencedor no seu esporte e que é um exemplo que inspira milhões de pessoas.

Confira aqui uma análise pessoal do VTEX DAY.

Me chamou a atenção a observação que ele fez sobre ter persistência. Desde o início da carreira, foco, determinação e não desistir foram fundamentais para que ele alcançasse as vitórias e os títulos. Podemos traçar um paralelo também com a estrada para alcançar o sucesso em um negócio, pois esses fatores citados são um diferencial competitivo.

Além disso, o Hamilton mencionou algo muito interessante: você não consegue ser fora da curva sem correr riscos. Inclusive, isso está ligado diretamente aos desafios que enfrentamos no dia a dia, com alguns tipos de análises realizadas para clientes. Precisamos, às vezes, correr alguns riscos para os melhores resultados possíveis!

Sobre insights globais

Por lá, acompanhei diversas palestras, entre elas, uma sobre insights globais. Abordando o tema, Rafael Lourenço, VP Internacional da ClearSale, falou sobre a importância em se tornar global com apps, e como isso impacta positivamente o e-commerce. Junto com Rafael Brandão, VP of Global Alliances da VTEX e Breno Berman, Founder da Biso, eles também falaram da importância de estar num evento da magnitude do VTEX DAY e como isso é uma ótima oportunidade para as marcas difundirem o conhecimento para o mercado.

Quando falamos sobre Comunity Commerce

No painel central, Lara Bussi, coordenadora de e-commerce da Michael Kors BR, trouxe bons exemplos sobre como as tendências de Comunity Commerce, que é altamente baseado em relacionamento e confiança, podem impactar positivamente os negócios. Durante sua apresentação, ela citou que aproximadamente 92% das pessoas que têm boas experiências com troca voltam a comprar com a marca. E que 85% das pessoas que recebem a compra em até dois dias também têm maior probabilidade de comprar outro produto em até três meses.

A importância do omnichannel

Adriano Tavolassi, Diretor de E-commerce, Digital e Omnichannel na Vivara, Léo Santos, Head de Growth da VTEX, e Rodrigo Spillere, CTIO da Le Biscuit, abordaram a importância da omnicanalidade. Tavolassi, por exemplo, falou sobre a importância das jornadas sem fricção e o quanto isso é benéfico para que a marca não perca vendas. A questão da não-fricção na jornada de um cliente também foi tema do palco principal. Nesse momento, Mariano Gomide conversou com especialistas da Samsung que reforçaram o quanto jornadas contínuas, limpas e sem atritos impactam na satisfação final do cliente.

Foi falado também sobre a importância dos apps e de como eles podem ser fundamentais nos momentos de compras atuais. Comentou-se que ter um app, sim, é importante para o consumidor, desde que ele ofereça uma jornada diferente das que são encontradas em outros canais, mas não esquecendo-se do conceito omnichannel e que, no fundo, apesar das diferenças, tudo precisa ser uma coisa só!

A transformação digital: metaverso

Carlos Busch, Partner do Grupo Primo, trouxe um assunto que não poderia faltar no maior evento de transformação digital da América Latina: metaverso, pontuando que é uma grande oportunidade de valorizar a experiência do usuário e até das empresas.

O Partner do Grupo Primo relatou que o social commerce acontece sem a tecnologia, mas ela ajuda a aumentar a escala. E não há como negar que, fundamentalmente, nos conectamos com pessoas e não com marcas. Além disso, trouxe explicações mais palpáveis do metaverso: que é uma experiência ampliada e conveniência. Se a marca conseguir entregar experiência dando conveniência para elas, não tem como não sair na frente. Mas, afinal, por que isso é tão importante? O cliente se esquece de você, do que disse, mas não de como você o atendeu. Tecnologia serve para exponencializar esse atendimento e fidelizá-lo cada vez mais.

O comércio digital em 2026

No painel “Comércio Digital em 2026”, Jordan Jewel, Diretor de Growth e Estratégia na VTEX Global, abriu falando para que as pessoas se questionem e pensem no futuro, esqueçam tudo o que conhecemos sobre e-commerce até o momento, pois estamos em um período para refletir e planejar um e-commerce do futuro. Mas como ele poderia ser?

Pensando no cenário para 2026, o Diretor de Growth e Estratégia na VTEX, listou seis possibilidades. Uma delas, o cenário 1, traz os marketplaces dominando e com uma curadoria mais importante do que manutenção de estoque (SKU), além de novas formas de marketplaces emergindo. No cenário 2, os consumidores gastam mais com marcas em que eles confiam. Eles vão comprar de empresas com produtos e operações mais sustentáveis. No 3, um conceito de “varejo se torna digital em primeiro lugar”, ou seja, as telas vão se tornar mais presentes para aumentar o engajamento com a compra.

No cenário 4, o vídeo se torna a experiência de compra padrão. Assim como mídias sociais, o comércio será dominado por experiências baseadas em vídeo. Agora, quando falamos do cenário 5, a inteligência artificial será essencial e dominante, pois as entregas acontecerão via veículos autônomos e drones.

Por fim, no cenário 6, as NFTs serão a nova prova de propriedade. Marcas como a Chanel vão investir em iniciativas de passaporte digital para substituir cartões físicos com intuito de ressignificação de propriedade. Com relação a esse cenário, a previsão é que, em 2026, 20% das top 100 marcas de moda e luxo vão oferecer NFTs junto com produtos físicos como prova de propriedade ou com propósitos de comunidade.

Leia também: Temas do VTEX DAY estão relacionados com as soluções oferecidas pela Biso