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Venda boas experiências digitais nesta Black Friday

Por: Stella Guillaumon

Com mais de 20 anos de experiência no mercado Enterprise, passou 13 deles na Microsoft, onde gerenciou todo o ecossistema de Advertsing Media, clientes, agências e parceiros. Foi responsável pela estrutura de vendas para o Brasil, pré-vendas, vendas e operações. Na Adobe há quase um ano, é responsável pela área de Advertsing Business. Em janeiro de 2019 assumiu a liderança da Magento para América Latina.

Não é segredo que a Black Friday é uma das datas mais esperadas por inúmeros e-commerces do setor varejista no país. Segundo dados do E-Commerce Brasil, somente no dia 26 de novembro de 2020, o faturamento no comércio eletrônico alcançou R$ 3,1 bilhões, representando um crescimento de 24,8% em relação ao ano anterior. Mesmo com a reabertura das lojas físicas, o varejo online espera crescer este ano, uma vez que as vendas do e-commerce brasileiro somaram R$ 53,4 bilhões no primeiro semestre de 2021, de acordo com a Ebit|Nielsen.

Com a Black Friday que promete ser a mais digital da história virando a esquina, preparar o comércio eletrônico para receber um elevado número de acessos é só parte dessa equação. O “boom” do consumo online fortaleceu os e-commerces e, com isso, o mercado tornou-se mais competitivo. Logo, oferecer uma experiência digital positiva aos consumidores que não se limite ao momento da venda passou a ser essencial.

Entretanto, muitas empresas já descobriram que personalizar experiências digitais em escala não é tarefa fácil. Além de uma boa estratégia com KPIs e metas bem definidas, o investimento em tecnologias que suportem um alto nível de personalização da jornada de compra do consumidor na pré, durante e no pós-Black Friday é fundamental. Uma loja eletrônica pode ser planejada de forma brilhante em termos de negócios, mas sem as soluções certas dificilmente ela será relevante para seu público-alvo.

Entre as principais tecnologias que podem ajudar os mais diversos canais eletrônicos a otimizarem sua experiência do usuário está a inteligência artificial (IA). Por ser ainda pouco utilizada no e-commerce, ela pode trazer um diferencial competitivo para as marcas. Mais do que um recurso, a IA se configura como um agente transformador na otimização do comércio eletrônico. Afinal, diminui a fricção do cliente na loja para incentivar a efetivação das compras e proporcionar uma menor taxa de abandono de carrinho.

Com apoio da IA, funcionalidades de busca e recomendação de produtos, por exemplo, podem ser otimizadas em tempo real de acordo com o perfil do usuário. Conforme levantamento da Findwise, compradores online têm 91% a mais de probabilidade de usar o recurso de pesquisa no site do que os usuários que só navegam pelas páginas. Já o relatório da EConsultancy indica que 30% do tráfego de uma loja eletrônica utilizam a pesquisa em sua jornada.

Outro recurso que pode ser utilizado no desenvolvimento de uma loja eletrônica é o PWA, tecnologia híbrida para desenvolvimento de sites e aplicativos com otimização de desempenho e design responsivo. Neste caso, permite que as lojas eletrônicas tenham uma navegação mais ágil para os clientes, independentemente se estão navegando pelo app ou website. Afinal, o comportamento do consumidor brasileiro é considerado multitela — ou seja, um mesmo usuário pode pesquisar por um desktop e concluir a compra pelo app, ou vice-versa.

É importante destacar que o crescimento no digital não apenas atraiu consumidores de primeira viagem ao online, como também tem formado clientes mais exigentes. Dados da Ebit|Nielsen mostram que só no primeiro semestre deste ano o e-commerce brasileiro registrou 42 milhões de clientes, dos quais 6,2 milhões novos entrantes. Portanto, suportar a operação e promover uma boa experiência de compra são um grande passo para os comércios eletrônicos que querem se garantir nessa data tão significativa para as lojas virtuais e reter o cliente nas outras.