Uma tarefa muito difícil no momento de montar a loja virtual é definir a plataforma de e-commerce. Nem sempre o novo lojista tem um plano de negócios bem elaborado e não faz ideia das dimensões do novo negócio.
Como escolher a plataforma adequada sem ter ideia da capacidade de venda?
Realmente não é uma tarefa fácil, mais difícil ainda é trocar de plataforma depois que a loja está vendendo. É quase como você tentar passar de um carro para o outro, em pleno movimento.
É comum os lojistas começarem com uma ferramenta menor, sem flexibilidade e mais acessíveis. No decorrer do negócio percebe-se que poderia vender muito mais se tivesse uma plataforma melhor, e, nesse momento, chega a hora da troca da plataforma.
Quando se inicia o processo de troca, é praticamente como se estivesse começando do zero, sendo necessário planejamento, pessoas especializadas e muito esforço.
Veja os 8 pontos críticos deste processo:
1 – Gerenciar o projeto é um dos pontos mais críticos de todo o processo, pois a troca da plataforma significa começar de novo, exigindo o gerenciamento como um novo projeto. É necessário entender quais as atividades e seus responsáveis, lembrando que sempre são várias empresas envolvidas.
2 – A migração de dados dos produtos geralmente é um passo extenso e delicado, pois muito provavelmente os dados que estão na antiga plataforma não seguem o mesmo modelo para o cadastro da ferramenta nova. Neste momento será feito o trabalho de re–cadastro, análise das imagens e adequação do conteúdo.
3 – A migração dos dados dos pedidos quase nunca é possível, muitas vezes devido às diferenças nos modelos entre as plataformas. Porém, se o lojista tiver um ERP integrado, esse problema é minimizado.
4 – É necessário pensar na integração com a nova loja, pois demanda tempo e dinheiro. Muitas vezes o lojista inicia a implantação de um ERP adequado ao negócio, fazendo assim com que a troca da plataforma se transforme ainda mais em um projeto complexo.
5 – Trabalhar a equipe para aprender a manusear na nova ferramenta e colocá-los na mesma sintonia da empresa não é uma tarefa simples. Toda mudança gera um desconforto e aumento de trabalho.
6 – E o cliente que acessa essa nova loja? Ele precisa ser comunicado da mudança para minimizar o risco de estranhar sua primeira visita e não realizar a compra.
7 – SEO (Search Engine Optmization) – Dependendo da tecnologia da nova plataforma, será necessário começar do zero, isso mesmo, tudo que estava feito na ferramenta anterior poderá se perder. É claro que com uma boa plataforma e com uma integração bem trabalhada, rapidamente será possível recuperar e melhorar.
8 – Por último, o ponto que geralmente gera mais conflitos: o alinhamento de expectativas. O lojista não imagina todo o trabalho que terá e se depara com todas as dificuldades citadas acima e, ainda, pode passar por um período de queda no faturamento, mesmo com consciência de que a nova ferramenta trará mais lucro a médio e longo prazo.
Na maioria dos casos em que as empresas querem manter ou acelerar seu crescimento, trocar para uma nova plataforma não é uma opção. Portanto, o ideal é fazer uma escolha assertiva desde o início de sua operação de comércio eletrônico para não ter que passar pelo trauma da troca.
Autora: Carolina Araujo Soares