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Varejo de micro-momentos: a decisão no momento da necessidade

Já no final dos anos de 1980, Freddy Mercury cantava I want it all, and I want it now (eu quero tudo e eu quero agora). Naquela época a internet ainda não estava disponível para o grande público, mas os anseios dos indivíduos das grandes cidades e o ritmo de vida já tinham sido inseridos na sociedade do aqui e agora.

Anos antes, em 1984, o filósofo Gilles Lipovestky já falava de uma nova ética permissiva e hedonista, onde o esforço saiu de moda e o fim da vontade coincide com a era da indiferença pura. Faço essa pequena introdução para dar um salto ao nosso ano de 2015, onde essas definições não mudaram, só ganharam novos recursos tecnológicos que corroboram com a comodidade na obtenção de informações e soluções de problemas simples e complexos.

Semana passada, a Gerente de Parcerias do Google Brasil, Júlia Lopes, fez a primeira apresentação presencial na sede da empresa em São Paulo para falar sobre um conceito que não existe na Língua Portuguesa, chamado “micro-moments”. Alguns textos dentro do Google Thinks Insights já usam a tradução como “micro-momentos”.

O conceito de micro-momentos surgiu do vice-presidente sênior do Google Sridhar Ramaswamy, onde sua definição em tradução livre seria: “Micro-momentos são momentos nos quais agimos a partir de uma necessidade – para descobrir algo, aprender algo, fazer algo ou comprar algo. Momentos importantes e instantâneos quando decisões estão sendo tomadas e preferências sendo moldadas”.

Na prática, a definição se relaciona com os novos comportamentos de busca, principalmente no ambiente mobile. Se o seu carro quebrar e você precisar de um mecânico próximo ou de um vídeo de como trocar o pneu furado, por exemplo, através de uma rápida pesquisa você tem a solução.

Outro micro-momento é quando você vai levar alguém para jantar e o restaurante já fechou e você precisa de um plano B naquela localidade; um restaurante com um bom anúncio e dados de localização e horário ganhará esse novo cliente. Veja o vídeo que o Google desenvolveu para ilustrar essa ideia.

De acordo com a apresentação da Juliana, a fórmula dos micro-momentos se dá na soma de três fatores: intenção + imediatismo + contexto, ou seja, os objetivos das marcas deverão se voltar para as pessoas corretas através de uma mensagem correta, uma pessoa correta e é claro, no momento exato de sua demanda.

Se 70% dos brasileiros até 34 anos possuem um smartphone, o número de pesquisas locais cresceu 5x no último ano e a média de consulta do celular gira em torno de 150x/dia para esses usuários, as marcas que possuem um e-commerce, uma loja física, um aplicativo, um televendas ou tudo isso ao mesmo tempo, precisam voltar sua atenção às necessidades dos seus clientes e entender em que micro-momentos essa marca poderá ajudá-los.