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Tendências que prometem facilitar a experiência de compra em 2020

Por: Caio Vitaliano

Responsável por conduzir parcerias do ecossistema e-commerce e ajudar diversos lojistas a terem mais saúde financeira, tem experiência comercial em indústria e diversos modelos de negócios. Formado em Zootecnia pela Universidade Estadual e Maringá e MBA em Gestão Comercial pela Unicesumar, conduz novos negócios no Koncili, o primeiro conciliador de marketplaces do Brasil.

O primeiro trimestre de 2020 já está quase acabando, e se você quer estar mais próximo de seu cliente e atingir excelentes resultados é preciso estar atento às novidades e tendências do e-commerce.

Algumas já nasceram há um bom tempo, mas só agora estão ganhando espaço e viabilidade. Outras, por sua vez, já nascem com força no mercado. Pensando nisso, separamos alguns pontos importantes para sua operação:

1. Navegação mais leve

[“Sério mesmo que tenho que baixar mais um app?!”]

O uso de dispositivos móveis para navegação é uma realidade, e cada vez mais as compras são finalizadas também nesse meio, que exige uma experiência mais flexível às preferências de cada usuário.

Para isso, os APPs ganharam força pela ótima experiência de navegação que costumam proporcionar e, assim, acabaram fomentando o expressivo volume de vendas finalizadas ainda nos diferentes dispositivos móveis, aumentando muito a conversão de vendas e gerando recompras mais constantes, visto que, pela portabilidade, os gadgets são utilizados com frequência muito maior.

Mas convenhamos que, embora os aplicativos sejam extremamente úteis e práticos, ter que fazer download de APP um para cada loja não é algo tão interessante ou viável em termos de usabilidade e até mesmo de armazenamento.

Pensando nisso, a tecnologia PWA (Progressive Web Apps) deve ser bem difundida entre os lojistas virtuais. Os web apps funcionam em todos os tipos de dispositivos, com velocidade de site e usabilidade de um aplicativo, e vai além do conceito de apenas oferecer sites responsíveis, já que, nesse caso, os próprios dispositivos acabam se adaptando.

Os PWAs podem melhorar consideravelmente a conversão e experiência do cliente, facilitando a jornada de compra, mas garanta que a navegação realmente será diferenciada e eficaz, oferecendo velocidade e instintividade que se espera.

2.  Buscas por voz

[“Manda por áudio, que é melhor”]

É verdade que os dispositivos móveis têm um processo de digitação muito prático, e já estamos habituados a eles, mas fazer pesquisas por voz certamente é mais fácil na maioria das vezes, e para muitas pessoas acaba se tornando um hábito.

Essa praticidade para o usuário gera um ponto de atenção aos lojistas: os termos de busca por voz são diferentes dos termos para as buscas digitadas. Quando se pesquisa por voz, a tendência é fazer buscas no estilo de perguntas.

Além das buscas, os áudios estão sendo muito consumidos também como conteúdo, principalmente pela praticidade de poder realizar tarefas simultâneas enquanto se escuta algo de valor. Além disso, também é possível criar conteúdos de diferentes formas, seja através dos conhecidos podcasts, cursos, webinars, entre outras opções.

3). Cada vez mais compras em redes sociais 

[Rede social como marketplace]

As redes sociais já ajudam a movimentar as vendas online desde seu surgimento, mas até hoje não se fixaram totalmente como plataforma de comércio. Mas isso mudará consideravelmente, aumentando ainda mais os canais de venda. Instagram Shopping, Whatsapp Business, Facebook Libra são apenas alguns exemplos.

As redes aproximam os clientes, permitindo o repasse de informações, facilitando negociações de forma natural, do mesmo modo que você está interagindo com seus amigos e grupos.

A empresa, por sua vez, deve seguir a mesma linha de atendimento dos demais canais de comunicação utilizados, mas sempre atentando ao tempo de resposta que cada um deles exige, já que pequenas dúvidas que podem ser totalmente decisórias na compra, podem ser respondidas de forma fácil e rápida.

Anteriormente utilizada como meio de divulgação e difusão de conteúdo, agora as compras podem ser feitas enquanto o usuário está em um momento de lazer navegando pelas suas redes sociais, pode comprar no mesmo canal que foi convencido por alguma personalidade influente ou grupo que participa, ou então simplesmente desfrutar da comodidade da sua rede predileta.

4.  Mídias personalizadas

[“Na medida.”]

Em uma era de dados tão precisos, a personalização tem sido um fator expressivo na divulgação digital, principalmente com tantos canais para veicular as campanhas, é preciso saber onde os consumidores estão e qual o perfil deles. Fatores de personalização ajudam a alcançar o público alvo, e geram melhor experiência ao usuário.

As redes sociais também precisam ter uma atenção especial, já que os públicos são diferentes e sua interação também, cada uma proporcionando vantagens específicas para divulgar, seja através de vídeos, fotos, opiniões orgânicas, comentários, compartilhamentos, entre outros. Tudo isso sem contar a grande base de dados importantes que elas proporcionam.

O principal fato é que seu cliente deve ser sempre o centro da estratégia de marketing, principalmente se você trabalha com uma operação multicanal., pois as campanhas de marketing devem estar preparadas para todos eles.

A maior parte dos consumidores é mais receptiva a compras quando há compatibilidade ente a publicidade dos produtos e os seus interesses de compra. Vale lembrar que algumas ações de marketing já têm fatores de personalização como padrão, como por exemplo as múltiplas escolhas em landing pages, call to action e afins.

Além da publicidade direcionada, os conteúdos ricos também podem ter mais direcionamento a partir das próprias opiniões geradas pelo público, gerando feedbacks reais, e engajando a rede a contribuir ativamente, e em troca receber conteúdos cada vez mais compatíveis aos seus interesses.

5. Inteligência Artificial 

[IA facilitando a experiencia de busca]

A inteligência artificial tem impactado positivamente o crescimento do e-commerce, e provavelmente é só o início. Com ela é possível gerar anúncios com mais conversão, recomendações mais eficazes de produtos, controle de tráfego, monitoramento de campanhas, respostas eficientes em chatbots, verificação de opiniões de clientes e infinitas possibilidades certamente ainda serão criadas.

Fazer uso das praticidades proporcionadas pela IA já é quase um padrão, mas a estratégia do olhar humano para fazer bom uso das variadas ferramentas ainda é vital. O uso de imagens no ainda tem muito espaço para crescer no e-commerce.

Além da busca por áudio, a pesquisa por imagens tem facilitado muito o consumidor a buscar produtos que ele não sabe nem mesmo o nome, e até a busca ou comparativo de preços em tempo real. Com isso, não somente as ações responsivas de busca, mas também toda a estratégia de multicanalidade precisa estar precisamente ajustada.

As novas gerações já são nativamente tecnológicas, e a tendência por utilizar várias tecnologias que usam IA é cada vez maior, seja antes ou após as compras. Os dispositivos móveis estão cada vez mais presentes, e a chegada de assistentes virtuais passa a fazer parte do cotidiano dos lares, que por sua vez estarão mais conectados e automatizado, bem como os processos de compra cada vez mais práticos, então faça bom uso da IA a seu favor.

A I.A. estará cada vez mais presente, mas é importante estar preparado não somente de forma tecnológica, mas estratégica. Não interessa qual o modelo de negócios, o cliente precisa, e quer, encontrar cada vez mais informações sobre seu produto, marca ou serviço, e até mesmo as opiniões que os clientes já alcançados têm sobre seu negócio. Não desperdice esforços, atinja diretamente o seu cliente, com base no que ele quer consumir.

Esteja antenado com as orientações globais de consumo. Os consumidores ativistas aumentarão consideravelmente, e questões socioambientais correlacionadas a seu negócio podem influenciar diretamente no processo de compra.

A transparência e sinceridade também colaborarão com a valorização de empresas. Adequar somente a LGPD não é o bastante, se você quer a confiança é preciso deixar o seu cliente o mais seguro possível.