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Tendências do e-commerce 2020 para o pós-pandemia

Por: Thiago Sarraf

É especialista em e-commerce e internet, consultor, professor, palestrante, investidor-anjo e empresário. Formado em Marketing, com especialização em Negociação e certificados em Google Adwords e Analytics, lecionou em grandes instituições como Faculdade Impacta Tecnologia, FMU, ESPM, Universidade Buscapé e Internet Innovation. Hoje, seu foco principal é a consultoria de e-commerce e cursos de própria autoria voltados para pessoas que querem abrir ou já possuem um e-commerce e empresários que desejam se aprofundar no tema.

Os hábitos de consumo e a forma de comprar não serão mais os mesmos no mundo pós-pandemia. Especialmente no Brasil, onde ainda estamos enfrentando grandes picos deste problema. Apesar de esperarmos pela normalização da vida cotidiana como voltar ao escritório e sair com os familiares, pode ter certeza que este período vai alterar, e muito, a maneira de como consumimos na internet.

O e-commerce revolucionou as maneiras de compras. Evoluiu para atender às necessidades dos consumidores e para tornar as compras online mais fáceis para o consumidor moderno. Quando começou, ainda tinha suas limitações, porém não mais. O consumo online nunca se fez tão necessário quanto em tempos nos quais estamos vivenciando hoje.

Muitos lojistas se viram obrigados a digitalizarem suas empresas e muitos consumidores, ainda resistentes às compras online, não viram outra alterativa senão confiar em seus dispositivos e lojas virtuais. Além de obrigar que diversos e-commerce revissem suas políticas de entrega, atendimento e reclamações. 2020 chegou para transformar, mais uma vez, o mundo do e-commerce.

Vamos listar aqui algumas tendências do e-commerce 2020 para ficar de olho pós-pandemia e provar que o e-commerce não está somente crescendo em alta velocidade, mas também para se consolidar no consumo do brasileiro.

Crescimento do consumo online

No primeiro momento da pandemia observamos uma queda nas vendas do e-commerce brasileiro, de forma geral. Não é para menos, estávamos enfrentando uma situação totalmente nova em que não sabíamos quanto tempo iria durar nem como deveríamos reagir a isto.

Em minha previsão logo que a situação estourou aqui, presumi uma queda de 80% nas vendas de muitas lojas. E que no segundo momento, quando as pessoas acostumassem a ficar em suas casas, elas iriam comprar online. Não é como se elas tivessem muitas opções.

O aumento das compras online pode ser atribuído à uma série de fatores. Um deles é o conforto. Muitos compradores online foram forçados a aderir à essa modalidade de compras. Mas, pode ter certeza de que mais da metade não abrirá mão deste conforto tão cedo. Desde serviços bancários à compra de itens simples para o dia a dia, o universo da compra online oferece poder de consumo sem sair de casa.

Os novos hábitos de consumo

Os hábitos de consumo são tão voláteis quanto o gosto do ser humano. Em um dia estamos obcecados com paletas mexicanas, no outro estamos procurando mil receitas de pão caseiro para testar em casa. E se o e-commerce tem uma obrigação, é de se adaptar aos hábitos de consumo de seu público.

Já deixamos a época na qual os consumidores tinham que se adaptarem à loja. Agora, o e-commerce que não prioriza seus consumidores e não segue suas tendências é deixado para trás. Afinal, o espaço infinito da internet traz milhares de lojas, não apenas nacionais, em que o consumidor pode escolher a sua preferida.

Os hábitos de consumo certamente não serão os mesmos no mercado pós-pandemia. Eles já não são mais os mesmos do mundo antes da crise. E cabe aos e-commerces entenderem o que eles podem oferecer ao consumidor.

De novas tecnologias e ferramentas para facilitar a escolha do produto até novas categorias de itens prontos para deixar a vida mais confortável. Se antes a empresa oferecia materiais para escritório, que tal alterar o mirar no público que está em home office?

Buscas dinâmicas

A tendência de buscas por voz e o recurso dos vídeos para demonstrar a utilização do produto se intensificam.

É necessário adaptar suas buscas para combinar com as pesquisas feitas por voz. Os termos e palavras-chave que utilizamos quando escrevemos e quando falamos são geralmente diferentes.

A utilização do recurso da busca por voz em dispositivos móveis (e também com a inserção de assistentes virtuais) se intensifica no cenário pós-crise.

A categoria de “faça você mesmo” nunca foi tão querida. E o que não podem faltar são os vídeos explicativos. O consumidor tem preguiça e é um ser visual. Eles preferem ver vídeos de como montar o móvel, dicas de utilização e como realizar o projeto eles mesmos. Especialmente em tempos atuais, onde não podemos contar com a ajuda de terceiros para realizar algumas tarefas.

Não deixe de investir nesta área, pois ainda possui muito espaço para crescimento dentro do e-commerce brasileiro.

O que o e-commerce pode aprender com a crise?

Cada segmento tem seus pontos fortes e fracos no cenário atual. Os mercados que antes apenas disponibilizavam as entregas, podem colocar um ponto de atenção maior neste setor no pós-pandemia.

O segmento de moda e acessórios pode pensar em investir mais em facilitadores na hora de provar o produto. Como, por exemplo, maior disponibilidade de fotos e modelos para as consumidoras não ficarem com dúvidas sobre o caimento da peça.

No setor de móveis e decoração, quem sabe investir em tecnologias de realidade aumentada para os clientes terem noção de dimensões e combinações na hora de adquirir seus produtos.

Agora é a hora de investir no seu e-commerce, seja para reforçar estoque de produtos ou em ações de marketing. Se não agora, quando? As lojas que souberam se planejar e andar na mesma velocidade das dificuldades estão se sobressaindo e tendo aumento de vendas.

Conclusão

Com a evolução da tecnologia e comportamentos do consumidor, você precisa ficar de olho nestas tendências para o e-commerce 2020. Qualquer que seja a decisão que você decida tomar, faça-a pensando na melhoria da experiência de compra para os seus consumidores e em construir uma relação de longo termo.

Dê um up no seu e-commerce acompanhando as adversidades das situações e oferecendo soluções para os problemas de seus consumidores.

Falamos muito em nos reinventarmos neste período. Porém, não queremos dizer para criar algo revolucionário do zero. Mas, sim, para acompanhar seus consumidores e entender o que a sua loja pode fazer de diferente para a situação.