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Social Commerce como canal de vendas diretas permite gerar insights

Por: Fellipe Guimarães

Especialista em negócios digitais | Startup Maker | Desenvolvedor Full Stack. Founder Grupo Codeby. A empresa que possui 6 anos de mercado atende grandes marcas como, por exemplo, KFC (México), F64(Romênia), Telemercados (Chile), Lego, Shoulder, Valisere, Alpargatas, entre outras.

O famoso Social Commerce tem ganhado destaque no varejo digital. Vender produtos e serviços de forma nativa nas plataformas de redes sociais, como Facebook, Instagram, e até mesmo o WhatsApp, pode ser um canal que além de gerar interação com o público, pode ser unificado ao seu e-commerce.

Quando me refiro a Social Commerce ou S-Commerce (Comércio Social), é importante compreender que este serviço não está apenas relacionado com ato de motivar as pessoas a falarem sobre suas marcas, produtos ou serviços nas redes sociais. Pelo contrário, diz respeito a motivar as pessoas a fazerem compras por meio dos canais sociais.

Tela de celular com ícones de aplicativos de redes sociais

O conceito do Social Commerce está enraizado no ato de utilizar as redes sociais para “alavancar” o comércio.

Em um ambiente de negócios omnichannel, toda forma de contato com o consumidor pode se transformar em um canal de vendas. Porém, quando isso acontece por meio das redes sociais — sem que o cliente vá até o site da empresa para efetuar a compra —, ocorre o que se costuma chamar de Social Commerce.

Social Commerce: nenhuma novidade

Embora o termo Social Commerce parece ser relativamente novo, seu conceito é antigo. Seu conceito está enraizado no ato de utilizar as redes sociais para “alavancar” o comércio. Lembro que empresas como Avon, Natura, Amway e muitas outras praticam o Social Commerce.

A diferença é que nas décadas anteriores as redes sociais eram limitadas no tempo e espaço. Além disso, era necessária uma logística física robusta para fazer as articulações. Com o avanço das TICs (Tecnologia de Informação e Comunicação) e acesso à banda larga por grande parte da população, o uso da dimensão social no comércio tornou-se uma estratégia extremamente promissora no ambiente online.

Recentemente, um levantamento feito pelo Centro Regional de Estudos do Brasil, apontou que 78% das empresas brasileiras estão presentes em ao menos uma rede social. Ou seja, mostra que as mídias podem, sim, influenciar e aumentar as vendas. Afinal, ainda segundo os dados, dentro desta porcentagem, 57% estão conectadas unicamente para realizar vendas online.

Esses números comprovam que o uso das redes sociais pelas empresas está cada vez mais focado na comercialização de produtos. Por sua vez, as redes sociais terão que desenvolver cada vez mais ferramentas para vendas, espaço para monetizar negócios e até mesmo integrar com outros canais de vendas.

Sua empresa está preparada para o Social Commerce?

Em tempos difíceis é preciso fazer das adversidades uma oportunidade de dar a volta por cima. É nesta hora que as empresas precisam investir em uma estratégia para atrair clientes, bem como divulgar produtos. Existem várias formas de investir em S-Commerce.

Entre usuários

Este é um modelo de negócio bem difundido, pois permite ao vendedor e comprador conversarem e negociarem sem interferência de terceiros. Nesta modalidade os usuários são responsáveis pela precificação de seus produtos ou serviços. Alguns exemplos deste tipo de Social Commerce são: Mercado Livre, OLX, AliExpress, Elo7 etc.

Compras coletivas

Outro modelo de negócio de S-Commerce são os grupos de compras. Neste tipo de serviço as empresas disponibilizam uma quantidade limitada de produtos ou serviços a preços mais acessíveis, exemplos: Groupon e Peixe Urbano.

Caixas de recomendação

Este Social Commerce corresponde à uma ferramenta [caixa de recomendação] que é disponibilizada na página de um produto ou serviço da empresa e o cliente registra sua experiência com a marca. Lembro que é uma ótima opção, pois exerce um grande poder de influência para novos compradores — e passa credibilidade em relação a marca.

Chatbot inteligente

Trata-se de uma excelente aposta para quem deseja apostar no S-Commerce. Isso porque permite tirar as dúvidas das pessoas, assim como obter informações em tempo real. Além disso, as respostas automáticas podem ser customizadas com base nas perguntas feitas com mais frequência pelos clientes. Um exemplo deste modelo de negócio é a Aura, da Vivo.

Influencers

Por fim, os influencers se tornaram um modelo de negócio para o Social Commerce. Afinal, com o seu poder de influência, estimulam a compra de outras pessoas. A marca apenas precisa ter cuidado na hora de escolher um influencer. Destaco a importância de o(a) influencer ser admirado(a) pelo consumidor da sua marca.

Diante da crescente concorrência nos serviços de e-commerce, e frente ao consumidor cada vez mais exigente, as marcas precisam, obrigatoriamente, se adequar ao cenário cada vez mais digital e informatizado.