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Relevância do marketing de afiliados em 2020 e as tendências para 2021

Por: Bruna Nobre

Comunicóloga que acabou entrando de cabeça no marketing digital e está lá há mais de 8 anos. Durante este tempo já trabalhou com clientes dos mais diversos segmentos (moda, beleza, games, eletrônicos, etc - inclusive ao lado de grandes varejistas nacionais e mundiais). Começou com marketing de conteúdo, mas nos últimos anos tem se dedicado - e se apaixonado cada vez mais - pelo marketing de performance. Atua hoje no mercado de marketing de afiliados e tem como objetivo democratizar cada vez a monetização neste mundão da internet e trazer cada vez mais soluções e ideias inovadoras para ajudar nos resultados de seus parceiros (e a quem interessar).

Sabemos que no último ano o mercado digital brasileiro passou por uma rápida mudança para se adaptar à nova realidade. O e-commerce teve papel decisivo para o varejo em um momento que muitas lojas físicas precisaram fechar as portas. Neste contexto, investir não apenas em um, mas em vários canais digitais foi decisivo para manter os negócios em andamento. Do pequeno comércio até as grandes marcas varejistas, a multicanalidade fez toda diferença e a relevância do marketing de afiliados se fez mais presente ainda do que antes.

Trago alguns pontos sobre quais tendências da relevância do marketing de afiliados podem ser vistas como o futuro do marketing digital e a importância do marketing de performance para o e-commerce, assim como alguns exemplos de como o mercado brasileiro passou por esse período se adaptando de maneira rápida ao chamado “novo normal”.

Social Selling

Apesar de ser simples, o marketing de afiliados sempre foi muito buscado majoritariamente por empresas que têm foco em performance – como sites de cupons, cashback, aplicativos, etc. Porém, por conta do período de pandemia, muitas pessoas físicas entraram para este segmento. São pessoas que já tinham grupos no Facebook ou uma conta no Instagram, desde microinfluencers até interessados em atuar como “revendedores digitais”.

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Vendo essa oportunidade, empresas como a QuemDisseBerenice (com o Chega+) lançaram seus programas de afiliados voltados para pessoas físicas e, sobretudo, para seus lojistas continuarem vendendo e sendo remunerados como consultores, mesmo com as lojas fechadas.

Essa opção não apenas ajudou as marcas a manterem suas vendas durante esse período, como se consolidou como uma tendência para construção de uma rede de micro consultores.

Ambiente online e o sucesso de afiliados

Uma das tendências mais eminentes em 2020 foi a aceleração de novos clientes que o canal de afiliados gerou para as marcas. No início de 2020, por exemplo, dados da Rakuten Advertising apontavam uma maior influência dos afiliados na transição do consumidor final para o ambiente online.

Muitos chegaram até um link de compra por meio de um afiliado e não por meio do site de e-commerce, após uma pesquisa na web.

Empresas de benefícios e cashback, que utilizaram o trabalho com afiliação no ano passado, divulgaram aumento no número de sua base de clientes. Isso se deve, sobretudo, às tecnologias disponíveis atualmente no mercado de afiliados, que garantem a personalização de anúncios, de acordo com os interesses demonstrados por cada consumidor em potencial.

Outro ponto de destaque em 2020 foram os fóruns de ofertas. Estes canais aumentaram a audiência devido a promoções nos setores de saúde, beleza, eletrodomésticos e assinaturas, categorias que tiveram destaque a partir de março do ano passado, quando as medidas de restrição à circulação física começaram a vigorar.

O marketing de afiliados como opção

Um dos pontos mais altos do marketing de afiliados, certamente, é a maneira democrática em relação à monetização. Nesse momento de mudanças, diversos produtos e portais que antes não viam a força deste canal de vendas como uma fonte de renda para seus produtos, passaram a ver no segmento uma oportunidade de aumento do faturamento, em especial as fintechs e os influenciadores digitais.

A força do mobile 

Com o aumento de telas distribuídos em diversos momentos durante a jornada de compra de um consumidor final, ter garantia de que seus parceiros afiliados terão a oportunidade de atingir seu público-alvo por meio de smartphones foi um diferencial.

Atualmente, o mercado conta com tecnologia de tracking que direciona os usuários enviados por meio do tráfego dos afiliados para download do aplicativo oficial das marcas, recompensando-os por este redirecionamento.

O mobile nunca teve tanta força para o e-commerce como em 2020. Dados da 43ª edição do relatório Webshoppers, da E-bit/Nielsen, apontam que as compras pelo celular representaram 55,1% das transações realizadas no varejo virtual no ano passado.

 Privacidade do usuário e o movimento Cookieless 

Os tópicos acima nos fazem ter certeza de que o canal de afiliados foi de extrema relevância, sendo um protagonista na adaptação e resposta rápida ao mercado que o e-commerce precisava dar em 2020, um dos anos mais desafiadores da história recente econômica.

Para 2021, os desafios continuam, especialmente em relação ao início da aplicação de multas da LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados) e do aumento de tecnologias de proteção dos usuários, diminuindo o tempo de ação dos cookies, o chamado Movimento Cookieless.

Todas estas mudanças mostram a relevância do marketing de afiliados e movimentarão o mercado, que terá que manter sua agilidade de resposta, ajudando a suprir lacunas de faturamento e processo, e se adaptando a novas tecnologias, regras de privacidade e comportamentos dos usuários.