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O preço de um produto no marketplace deve ser diferente da loja própria?

Por: Thiago Sarraf

É especialista em e-commerce e internet, consultor, professor, palestrante, investidor-anjo e empresário. Formado em Marketing, com especialização em Negociação e certificados em Google Adwords e Analytics, lecionou em grandes instituições como Faculdade Impacta Tecnologia, FMU, ESPM, Universidade Buscapé e Internet Innovation. Hoje, seu foco principal é a consultoria de e-commerce e cursos de própria autoria voltados para pessoas que querem abrir ou já possuem um e-commerce e empresários que desejam se aprofundar no tema.

A definição de preço de um produto é uma das grandes decisões que precisam ser feitas, pois afeta quase todos os aspectos do seu negócio. O preço de venda é um fator decisivo em todo o fluxo de caixa, margens de lucro e quais despesas são necessárias cobrir. 

E a definição do preço de um produto ainda causa dúvidas nos lojistas, especialmente quando a mercadoria é colocada à venda em diversos canais. 

Existem muitos fatores a serem considerados ao estabelecer o preço de venda de um produto, e eles podem sim variar de plataforma para plataforma, pois os fatores não são exatamente os mesmos. 

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Um preço muito abaixo do mercado pode gerar desconfiança, e pelo contrário do que se acredita, nem sempre estimula maior número de vendas. Um preço muito acima, não é atraente e instiga seus consumidores a procurarem a concorrência com preços melhores.

O preço é sim uma grande estratégia de vendas que tem influência no desempenho da sua loja e um exercício de má precificação pode resultar em baixar taxas de conversão ou até mesmo prejuízo. 

Como calcular o preço de um produto

Ao calcular o preço de venda de um produto, muitos lojistas caem em um poço sem fundo ao procurarem métodos de estabelecer o preço, pois a precificação engloba tudo do seu negócio, desde quesitos Operacional, Marketing, Embalagens e Entrega tem que ser inclusos na conta. 

Sim, tudo isso e todos os gastos que envolvem o empreendedor colocar aquele produto à venda e disponibilizá-lo até a casa do consumidor. 

A soma de todos esses fatores, sem esquecer do lucro, porque o e-commerce tem que render dinheiro, é o que vai resultar no preço de venda final. 

E também é preciso observar a média do mercado, para entender se o seu preço está brigando com a concorrência. 

Porém, observar o preço da concorrência não significa que o preço tenha que ser o mesmo. A pior decisão na hora de estabelecer o preço de venda do produto é copiar o preço de venda alheio. Afinal, não se sabe quais contas foram feitas para chegar a aquele preço, nem se as contas foram feitas. 

Além dos custos “pessoais”, digamos assim. O custo operacional do seu e-commerce que está começando agra não será o mesmo da grande rede. Nem mesmo as taxas de intermediários de pagamento, ou investimento em marketing. 

ont-weight: 400;">Estabelecer o preço do produto não significa que este valor precisa ser o mesmo para sempre. Taxas mudam, preço de compra sofrem alterações e tudo é volátil quando o assunto é dinheiro. Por isso, não tenha medo de fazer alterações no preço do produto caso ele não esteja performando tão bem quanto o esperado. 

O preço do marketplace é diferente da loja própria?

Muitas vezes sim. 

A grande vantagem do marketplace, além de ter um fluxo constante de visitantes, é que não há gastos com questão de fraude e pagamento, pois o próprio marketplace cobre estes quesitos. 

Bem como o investimento em marketing necessário é muito menor do que na loja própria. E mesmo apesar da comissão que cada marketplace cobra, os custos acabam sendo menores do que anunciar na loja própria, ou vice e versa. 

Por isso não é incomum observar produtos que possuem preços diferentes de acordo com o canal de compras. 

Conclusão

A diferença dos preços em plataformas diferentes não é algo com o que o lojista tenha que se preocupar, e nem o consumidor. 

É preciso fazer a precificação correta dos produtos para que as vendas sejam maximizadas, pois preços abaixo do mercado tanto quanto preços acima, podem não resultar em conversões tão boas quanto esperadas. 

Fazendo o exercício correto da precificação fica mais fácil aplicar promoções como descontos, frete grátis ou fixo e em grandes datas promocionais como a Black Friday. Pois, dessa forma é possível saber onde investimentos podem ser reduzidos ou aumentados para que o saldo no final do mês seja positivo. 

Afinal, ninguém quer pagar para vender.