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Por que minhas vendas no Facebook não deslancham?

Por: Guilherme da Luz

É especialista em Organic Search pela Quinstreet Brasil (Nasdaq: QNST). Com 15 anos de experiência de mercado, já trabalhou com algumas das maiores marcas que atuam online e offline, incluindo Google, Microsoft, Benetton, BBC, Avon, Heineken, Mars, Jaguar, Sotheby’s, entre outras. Tem contribuído na adaptação de campanhas publicitárias internacionais para o Brasil (Transcreation), além de estar sempre encontrando oportunidades para atrair, envolver e converter público-alvos por meio da busca orgânica. Seguroauto.org, Planodesaude.net e Emprestimo.org são alguns de seus trabalhos que se destacam no topo das pesquisas no Google, em mercados extremamente competitivos.

O comércio eletrônico viu um incremento significativo desde o começo da pandemia de 2020. No Brasil, mais de 135 mil lojas migraram para o mundo virtual desde o começo da pandemia, de acordo com a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico. Mundialmente, a eMarketer estima um desenvolvimento de 16,5% no varejo eletrônico.

A tendência do e-commerce já era forte antes desse momento sem paralelos, e promete tornar-se cada vez mais presente. Em consequência, também promete atrair cada vez mais comerciantes para o meio eletrônico, aumentando a necessidade de diferenciação.

Nesse contexto, o Facebook é uma ótima ferramenta para impulsionar vendas… Se utilizado da maneira correta. As dicas seguintes foram formuladas para extrair o máximo dessa rede social, do ponto de vista do marketing.

Identidade visual

Formular a imagem da marca é fundamental para o sucesso de um negócio no Facebook. Para chegar a bons resultados, é preciso pensar e executar a imagem — algo possível mesmo sem muita experiência ou uma equipe de designers.

Na hora de pensar, leve em conta:

  • Quem é o meu público-alvo?
  • Com que símbolos ou estéticas o meu público se identifica?
  • Que mensagem o meu produto passa?

Caso você já tenha seu negócio no Facebook, talvez possa responder as duas primeiras questões com ajuda de ferramentas de análise de audiência (veja o tópico mais adiante).

Já a terceira pergunta é mais abstrata e leva a análise para um lado subjetivo. Se o seu produto for alimentício, ele pode representar mais saúde, ou mais satisfação, ou mais prazer, ou sustentabilidade, por exemplo.

Na hora de executar a imagem, você precisará de ferramentas adequadas para a elaboração de uma logomarca, um visual harmônico e convidativo e outros elementos que transmitam profissionalismo e confiança.

Felizmente, hoje há uma grande quantidade de serviços baratos ou gratuitos que podem baratear o processo ou queimar etapas da construção de identidade visual de uma marca.

É possível usar serviços de logotipo grátis, modelos bem-diagramados para publicações em redes sociais e outros editores gráficos, muitas vezes sem precisar sequer pagar ou baixar qualquer programa.

Personalidade da marca

Pense no nome do Facebook por um instante: literalmente, significa um “livro de caras”. É um polo em que pessoas se encontram, essencialmente.

É claro que as marcas têm espaço por lá, de maneira crescente. Mas para ter sucesso, sua marca deve ter uma personalidade.

Criar a personalidade da marca tem a ver com as preocupações de imagem visuais citadas no item anterior. Também tem a ver com o tipo de interação que a marca faz com outros usuários: a linguagem que usa, em quanto tempo responde a demandas, a que tipos de conteúdos e a que outras marcas se associa.

Apresentação do produto: imagens

As postagens com imagens no Facebook tendem a dar grande retorno. Elas têm um apelo mais imediato do que textos e conseguem cativar atenção com facilidade — se forem bem-feitas.

Portanto, publique fotos atraentes de seus produtos. Considere fazer um curso remoto de fotografia, mesmo que básico, ou contratar um profissional fotográfico ou gráfico para obter bons resultados. São investimentos inteligentes.

Outro “detalhe” essencial para o sucesso: o chamado à ação. Diga explicitamente às pessoas por que o produto apresentado poder ser útil para elas. Ao fazer um chamado de ação, você indica ao usuário do Facebook o que ele pode fazer, ou a que produto interessante pode ter acesso, a partir de sua publicação.

Em suma, esse chamado é essencial para criar o interesse naquela pessoa, separando sua postagem das centenas de outras publicações que a pessoa vê em poucos minutos.

Apresentação do produto: vídeos

As redes sociais são cada vez mais tomadas por vídeos. Eles são mais dinâmicos e atrativos que muitas imagens ou textos e podem assumir formatos variados.

A primeira coisa essencial a ter em mente na hora de publicar vídeos no Facebook é fazer isso diretamente na plataforma de vídeos dessa rede social. Significa que se você publicar o texto no YouTube e depois replicá-lo no Facebook o alcance será inferior.

Caso deseje fazer vídeos mais longos, entrevistas e sessões ao vivo, cogite anunciar com alguns dias de antecedência. Esses vídeos são eventos diferenciais, que podem captar atenção de mais pessoas, levando-as a conhecer melhor sua marca.

Todos adoram uma “boquinha”

Ninguém dispensa receber coisas gratuitamente. A vontade de “se dar bem” está gravada em fogo no cérebro humano. Por isso, cupons de desconto e promoções devem ser postados regularmente na página de Facebook de uma marca.

Claro que esse é o truque mais velho do comércio. Porém, também é claro que muita gente deixa de fazer isso com a regularidade necessária para conseguir mais vendas.

Ainda, outros lojistas fazem um saldão virtual, mas se esquecem de divulgá-las no Facebook. Não seja essa pessoa — para o seu próprio bem.

Otimizar sempre

Para criar publicações relevantes, não basta mostrar que seu produto é útil. Primeiro, é necessário captar atenção das pessoas.

Além das preocupações com imagens e outras regras de publicação, é importante estar por dentro das tendências populares no Facebook e dos melhores momentos para publicar novos conteúdos.

O Facebook oferece relatórios periódicos chamados Insights em sua página Facebook for Business. Essa é uma boa fonte inicial de informações, pois situa empresários a respeito de como tanto os usuários quanto as outras marcas se comportam na rede.

Na Central de Anúncios, você pode definir públicos-alvo e direcionar melhor suas publicações, pagando. Também pode verificar o alcance das publicações e a análise de audiência para entender melhor quem as acessa.

Além disso, escolha o melhor horário para publicar seu conteúdo. Sites como o SproutSocial pesquisaram os momentos da semana com maior engajamento, e oferecem ferramentas de análise desse tipo, com base em ciência de dados.

Contratar um serviço desses pode ser uma boa maneira de entender melhor os misteriosos caminhos que os algoritmos do Facebook traçam para empresas — e que nem sempre são muito claros.

Pagar ou não pagar?

Se você tem impulsionado publicações com dinheiro, não deixe de prestar atenção no retorno trazido pela publicidade. Para isso, basta dividir a receita gerada depois de anunciar o produto pelo gasto para contratar o anúncio e pelas outras despesas do seu negócio.

Isso lhe ajudará a entender se faz sentido investir em anúncios no momento ou se você precisa alterar algo neles antes de pagar por publicidade, por exemplo.

Página web em dia

Não adianta nada promover produtos e serviços na sua página do Facebook e deixar sua página web às moscas.

Lembre-se que o comércio eletrônico é um equivalente virtual de uma loja: o cliente pode achar a vitrine bonita (no caso, a página do Facebook), mas vai pensar cinco vezes antes de comprar numa loja desorganizada, com itens jogados no chão.

Portanto, aplique os cuidados com visual e com funcionalidade também à sua página web. As informações sobre produtos estão bem-escritas? Seu sistema de transações está operacional? O Shopify está configurado corretamente? O sistema de pagamentos atende a sua clientela? Esses e outros fatores devem ser levados em conta para obter resultados satisfatórios.