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Por que as transações de criptomoedas são mais seguras para o varejo?

Por: Cássio J. Krupinsk

Cassio Krupinsk é country business marketing da CoinPayments no Brasil e America Latina. E fundador da BlockBR, plataforma de investimentos em ativos alternativos. Empreendedor nato, é motivado por desafios que estimulam a criatividade, vontade de inovar e capacidade de traçar estratégias.Começou sua carreira como aprendiz dos irmãos Joseph e Moise Safra por quase dois anos no Banco Safra quando era adolescente. Porém, aos 22 anos, seus impulsos o levaram a empreender e estudar mercados, criando seu primeiro negócio, a marca de óculos Volv eyewear, que chegou a ter muitos pontos de venda no Brasil. Esse foi apenas o pontapé inicial para seu aprendizado prático como empresário. Em seguida, embarcou no universo online, onde em 2008 desenvolveu a pioneira rede social de e-commerce no Brasil, a Oxibiz e o Gateway de pagamentos com moeda virtual própria, Oxipag. Depois de alguns anos, em 2012, fundou o WI Group, uma incubadora de tecnologia e empresa de inovação com foco em startups onde atuou por quase 10 anos. Com um portfólio de mais de 22 startups criadas e investidas. Investidor estratégico de criptomoedas, dedica-se em blockchain e tokenização de ativos, vem desenvolvendo a CoinPayments no Brasil e criando dois negócios no setor de real State tokenization e corretora de investimentos em criptoativos.

No comércio físico ou no digital, o objetivo final do varejo é garantir transações para seus produtos ou pedidos. Trata-se de uma necessidade estratégica: quanto mais vendas um negócio efetua, maior a tendência de rentabilidade — o que resulta em novos investimentos e mais crescimento. Mas esse procedimento também representa um grande perigo para os varejistas graças às compras fraudulentas ou aos vazamentos de informações bancárias de seus clientes. Nos dois casos, o prejuízo vai além da questão financeira e impacta também a imagem da marca. Curiosamente, a solução para esse problema vem de onde muitos não esperavam: das criptomoedas.

É preciso voltar um pouco no tempo para compreender essa mudança de papel do universo cripto. Em 2008, quando o bitcoin (primeira criptomoeda do mundo) surgiu, muitos associaram a novidade aos hackers e até a atividades criminosas. Com o passar dos anos, ficou evidente que essa visão não correspondia à realidade. As moedas digitais como um todo tornaram-se ferramentas importantes para negócios do mundo inteiro, a ponto de grandes players se interessarem por esse recurso em suas operações. Não à toa, um levantamento da Mastercard em todo o mundo indica que quatro em cada dez consumidores querem pagar suas compras com criptomoedas.

Criptomoedas = maior segurança ao e-commerce

Mas o que explica a metamorfose dessa solução de pagamento no varejo, posicionando-se como a alternativa mais segura para as transações? A explicação é bem simples e passa pela maior compreensão da tecnologia blockchain. Como o próprio nome sugere, são correntes de blocos que carregam determinada informação (financeira ou não) em pequenos grupos pela web — e cada uma delas está protegida por criptografia. Essa característica faz ser praticamente impossível o hack de dados, além de permitir que as transações sejam liquidadas diretamente na tecnologia em minutos. No caso de bancos e provedores de pagamentos, o processo pode durar até dias.

Por conta disso, essa transação tem uma característica diferente que traz mais proteção aos dados do consumidor. No modelo mais tradicional, a pessoa deve “autorizar” o pagamento por meio de senhas e/ou repasse de informações bancárias importantes, como número de conta, de cartão de crédito e demais dados pessoais. Uma falha de segurança ou um descuido nessa etapa pode acarretar o vazamento de informações confidenciais. No caso das criptomoedas, não há autorização: o comprador precisa apenas “enviar” o pagamento pela corrente de blocos, sem transmitir qualquer tipo de dado sensível.

Criptomoedas e o chargeback

Além disso, por serem liquidadas diretamente no blockchain em minutos, as transações criptográficas resolvem outro grande problema relacionado aos varejistas, principalmente os que atuam no e-commerce: o chargeback. Trata-se de uma situação recorrente em que a operadora do cartão recusa o pagamento do pedido após já ter enviado para o comprador com a alegação de fraude. Dessa forma, a empresa perde duas vezes ao vender seu produto e não receber o valor em troca. No caso das criptomoedas, esse risco não existe porque não há como fraudar a informação financeira carregada pelos blocos.

Em um cenário de transformação digital, as criptomoedas representam a próxima fronteira entre os meios de pagamentos. São seguros, eficientes e altamente práticos tanto para quem compra quanto para quem vende. Dessa forma, não se trata mais de adotar ou não esse recurso no negócio, mas sim quando. Quem se antecipar a essa realidade e implantar soluções de pagamentos em criptomoedas estará um passo à frente de seus concorrentes e pronto para encarar os desafios que surgirão pelo caminho.