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Por que a indústria precisa de um e-commerce?

Por: Gustavo Chapchap

Graduado em Marketing com especialização em Gestão de Projetos, trabalha com comunicação há mais de 20 anos e com e-commerce desde 2006. Redigiu o projeto que originou o Dia do Profissional Digital #404DigitalDay aprovado no plenário da Câmara Municipal da Cidade de São Paulo em 2014. Colaborou com o lançamento do Guia de e-Commerce ABRADi-SP Sebrae-SP escrevendo o capítulo de plataformas, atua como CMO na JET. Em 2019 foi premiado como MVP no Fórum E-Commerce Brasil.

Foi-se o tempo em que as atenções da indústria poderiam se concentrar apenas na relação B2B. Nos últimos anos, até em razão do crescimento no uso das plataformas digitais por parte do consumidor final, tornou-se prioritário diversificar os investimentos, abrindo possibilidades de contato direto com o público.

Com as soluções tecnológicas disponíveis hoje, é possível ter uma plataforma de e-commerce que atenda diferentes públicos, o que significa que a empresa consegue vender online tanto no mercado B2B como adotar outros modelos de vendas.

Indústria no e-commerce

Indústria está cada vez mais próxima do e-commerce

Neste contexto, o principal é o entendimento do processo de transformação digital do ambiente corporativo, que implica em empregar os recursos digitais para ampliar as possibilidades de negócios.

Como vamos ver neste artigo, a adoção do e-commerce vai muito além de vender por meio de um site. Trata-se de integrar as operações de venda do fabricante, que devem ser vistas agora sobre a perspectiva da omnicanalidade.

Quais as vantagens de ter um e-commerce?

Refletindo sobre os benefícios que o e-commerce pode gerar para a indústria, um dos mais importantes é, certamente, a possibilidade de maior contato com seus consumidores finais.

Essa é uma questão de extrema relevância, principalmente quando consideramos que, cada vez mais, as vendas devem ser baseadas no relacionamento mantido com o cliente.

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Partindo dessa premissa, devemos considerar que o consumidor está no comando. Ou seja, a decisão de onde e como comprar, deve partir dele.

Nesse sentido, uma empresa bem-sucedida é aquela que consegue ampliar as oportunidades de contato com o seu público, deixando com que ele escolha qual o canal de sua preferência para se relacionar com a marca.

Vale o registro de que essa mudança no comportamento do consumidor não aconteceu por acaso. Ela tem sido determinada por uma série de fatores, como a maior facilidade de acesso às informações sobre produtos e serviços.

Hoje o consumidor não tem apenas tem mais informações disponíveis sobre as empresas, como consegue comparar as soluções de cada empresa e, ainda, conhecer as opiniões de outros clientes.

Neste ambiente mais “fluido”, não faz muito sentido que a indústria perca a oportunidade de aproximar-se de seus clientes, até porque esse conhecimento muitas vezes é importante no desenvolvimento de estratégias de apoio para a sua rede de revendedores.

Sintetizando, podemos afirmar que a indústria se beneficia por conseguir:

* aumentar sua participação no mercado;

* manter contato direto com os clientes;

* fazer negócios com maior margem de lucro;

* e buscar maior estabilidade e controle da marca.

Como fica a relação com o varejo?

Como já adiantamos, o fabricante pode obter várias vantagens ao estabelecer a venda direta de seus produtos. Contudo, até pela natureza do negócio da indústria, é óbvio que não se pode ignorar a importância de se preservar a relação mantida com os parceiros.

Para isso, o primeiro passo para quem decidiu ter um e-commerce é contar com soluções tecnológicas que atendam às demandas específicas do negócio.

Assim, evitam-se os conflitos e valoriza-se a relação ganha-ganha, ampliando as possibilidades de vendas e de contato com o público final.

Para atuar dessa forma, é preciso estudar qual ou quais modelos de negócio serão adotados: B2C (Business to Client), B2B (Business to Business), B2B2B (Business to Business to Business) etc. Cada modelo tem sua aplicação, vantagem e característica.

Na escolha da plataforma de e-commerce, é importante considerar uma solução que tenha:

Gestão de parceiros. Assim, é possível selecionar os distribuidores que farão a entrega, escolhendo-os, por exemplo, conforme a faixa de CEP vinculada.

Produto restrito. Com essa opção, o consumidor pode ter acesso restrito por perfil, sendo obrigado, por exemplo, a entrar em contato com a loja para acessar informações e finalizar a compra.

Importação de regras de ICMS. O administrador pode importar a sua tabela de alíquota ICMS e definir para qual perfil de clientes (B2B/B2C) ela estará liberada.

Por que o e-commerce é importante?

Além dos fatores relacionados ao dia a dia da empresa, é importante considerar que a adesão ao e-commerce significa acesso a uma modalidade que cresce de forma exponencial.

As vendas online tiveram um salto enorme em 2020 e, como confirma o relatório da Netrust, o crescimento se mantém alto em 2021.

Segundo o estudo, durante o primeiro trimestre de 2021, foram realizadas 78,5 milhões de compras online, um aumento de 57,4% em comparação ao mesmo período do ano passado.

Esta quantidade de compras resultou em um faturamento de R$ 35,2 bilhões para o e-commerce entre janeiro e março de 2021, aumento de 72,2% na comparação com 2020.

As expectativas são promissoras para os próximos meses, até porque o setor obteve um aumento de 43,9% no número de consumidores únicos: foram 22,8 milhões de pessoas que fizeram a sua estreia nas compras via plataformas digitais.

Além do aumento da demanda por parte do público, é importante destacar ainda o fato de a indústria conseguir, ao adotar o e-commerce, melhorar os seus processos de gestão.

Isso acontece quase que naturalmente, na medida em que se multiplicam as ferramentas que podem ser usadas para fazer o controle das vendas.

E essa facilidade não se restringe ao site, mas alcança todas os canais: mobile, WhatsApp, redes sociais, televendas e marketplaces.

Com todos os processos devidamente registrados numa plataforma única, a eficiência da operação tende a aumentar, até pela possibilidade de realizar ações específicas para cada canal.

Como você viu, não há mais restrições para que a indústria adote o e-commerce. Com o planejamento adequado, é possível diversificar os modelos de atuação, inclusive preservando a relação com os parceiros de negócio.