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Por dentro do universo do SEO, link building e RP Digital

Por: Aurélio Forbellone

É analista sênior de SEO da Driven.CX.

Como analista sênior de SEO há mais de mais de 15 anos em SEO, posso dizer que toda vez que o tema for link building, o assunto vai ser polêmico.

Seguindo a forma literal de interpretação e de entendimento, link building significa “construção de links”. No Marketing Digital podemos explicar que link building é a execução de um processo planejado e estruturado. Ele tem a intenção de angariar links para um determinado site ou landing page, a fim de influenciar de forma relevante a reputação — para que esse site ou landing page tenha um melhor posicionamento e visibilidade nos resultados orgânicos dos motores de busca.

Como o link building é visto?

Construir ou conquistar?

Desde os primórdios do SEO, link building é quase sempre um tema controverso. Isso vem pelo fato dele estar sempre relacionado com técnicas maliciosas que visam forjar reputação e manipular os resultados de pesquisas.

Dentro das premissas dos principais pilares que regem o bom posicionamento de um site, a “popularidade” (quantidade de links) sempre foi considerada como o pilar mais fácil de se manipular.

Por isso, a maioria dos projetos, serviços e até mesmo consultorias de link building vieram manchando o teor e a consideração que o mercado tem da estratégia — justamente pelo fato de mostrarem como principal artifício a técnica de “plantar” links.

O link é uma referência, e o ideal e esperado é de que ele seja conquistado. Construir links apenas para aumentar uma métrica não é ser mais relevante, e sim uma forma de tentar manipular resultados. Acreditem, o Google consegue ver isso, pois “plantar” links é deixar rastro. Pode demorar, mas uma hora ou outra o algoritmo vai identificar e penalizar o domínio por executar uma prática considerada Black Hat.

Existem algumas formas de se construir links sem a intenção de manipular métricas. Pensando nisso, vou comentar sobre algumas delas e sobre a forma de como lido com o link building.

Como vejo o link building

Pensando nas vendas e não no Google!

Minha maior indagação sobre link building é: “Se os motores de busca não existissem, você faria links? Se sim, em quais sites você gostaria de ter links? O que você faria para encontrar clientes em potencial?”.

A melhor resposta é:

Antes de pensar em links, o primeiro passo é descobrir quais sites seus clientes potenciais mais frequentam. A partir daí, o ideal seria abordar os proprietários desses sites para criar um relacionamento com eles.

Construir relacionamento com os proprietários dos sites nos quais seus clientes acessam é um conceito bastante inovador, pois relacionar-se com o influenciador é o melhor método de atrair o influenciado.

Link building não é tática. É relacionamento e reputação

Link building é algo que tem de ser inerente ao seu negócio. Ou seja, não pode ser um “processo forçado”. Links têm de surgir de forma espontânea, natural, informacional.

Focar numa estratégia de relacionamento e reputação faz com que você obtenha links que seus concorrentes não conseguem copiar facilmente, pois eles não foram pedidos, foram conquistados pelo mérito do seu relacionamento e do seu produto. Para que isso aconteça, o objetivo não pode ser o link, e sim a confiança que sua rede de relacionamento tenha com sua marca e produto.

Mas não se consegue reputação sem relacionamento. Um dos maiores erros de uma estratégia de link building é “literalmente” pedir o link.

Assim como as relações interpessoais, ganhar confiança exige tempo, e não existe uma forma de se fazer confiável sem ser confiável. É preciso investir na reputação da sua marca e dos seus produtos. Ser o melhor faz você ser reconhecido como o melhor. Após todo esse investimento, os links chegam naturalmente.

Os melhores RP Digitais são as assessorias de imprensa

Por que? Eles são especialistas em divulgação

Usar assessorias de imprensa como técnica de link building não é algo novo. Mas o novo que mostramos aqui é a forma de como fazer isso. Essa parceria entre o SEO e a assessoria de imprensa precisa ser pensada para a melhoria da comunicação, e divulgação que reflete na forma como a marca e o produto são expostos.

A ideia não é usar releases para “plantar links”, pois há muito tempo isso já está no radar dos algoritmos. Em muitos casos é possível fazer o uso de links em releases, mas estes devem seguir as boas práticas. Principalmente no que se diz respeito às diretrizes de qualidade dos motores de busca, como, por exemplo, o uso do atributo rel=”nofollow” nos links não são editoriais.

O grande divisor de águas nessa estratégia é o relacionamento que as assessorias de imprensa possuem com os grandes players de diversos segmentos. Ou seja, elas podem ajudar na construção de relacionamento (estabelecendo os contatos) e na reputação (publicando os releases), atuando especificamente no local que elas são especialistas na divulgação.

Lembra quando falamos de como atingir seus clientes num mundo sem o Google?

Então, é aqui que as assessorias de imprensa também podem ajudar. Afinal, quem não é visto não é lembrado, e o principal objetivo é divulgar sem pedir nada em troca. Todo o reconhecimento deve vir do produto, da marca e do relacionamento que ela tem para conseguir essas indicações.

A equipe de SEO pode ajudar as assessorias de imprensa a encontrarem os melhores veículos e os melhores sites. Isso vale tanto sob a ótica do público-alvo, com dados analíticos de estudos de mercado, quanto em potencial técnico — como rede de linkagem e relacionamento que esses sites e veículos possuem com o nicho.

A maior arma de relacionamento e divulgação que as assessorias de imprensa utilizam são os releases, e sobre eles temos algumas dicas.

Dicas para potencializar o uso dos releases no SEO

O release deve construir reputação, mas sem rótulos

Usar a divulgação da marca ou do produto por meio de releases é o esperado. Porém, toda a linha e o tom de comunicação dessas peças devem ser pensados para transmitir a reputação e a importância do produto ou da marca dentro do nicho. Lembrando sempre de não criar rótulos, como: o melhor, o especialista, o líder e afins. Todos esses rótulos precisam ser conquistados.

O release deve ter como foco o consumidor e seus influenciadores

Mais uma vez lembramos aqui o que comentamos sobre não existir o Google. Então, o principal “target” dos releases precisam ser os seus consumidores e os influenciadores dos consumidores. Bater sempre na mesma tecla de target de divulgação ajuda na lembrança da marca e na construção da reputação.

Não faça o release para o Google, e sim para pessoas

Não precisamos criar releases otimizados pensando em palavras-chave, otimizando títulos ou afins. Escreva para as pessoas, para o público-alvo. Lembre-se sempre de que o objetivo é construir reputação.

Os releases precisam ser únicos

Quando conversamos com as pessoas, dificilmente falamos a mesma coisa. E como o foco é reputação e relacionamento, este é um cuidado que precisa ser considerado na hora de veicular os releases. O ideal é que eles sejam únicos, como se minha comunicação fosse individual, literalmente para “cada um”. Pois, se fizermos uma analogia com o relacionamento interpessoal, cada pessoa é única, e assim são os relacionamentos que precisamos ter com os veículos.

Todo esse cuidado e esforço em melhorar a marca, o produto e a forma como divulgamos e nos relacionamos na web são técnicas de RP Digital. A longo prazo, isso naturalmente vai melhorar os indicativos de links, referências e as indicações digitais. Ainda sobre os links, veja outras dicas abaixo.

Sobre o uso de links: cuidado, contexto e liberdade editorial

Na web a reputação se faz com links, mas cuidado

Lembre-se de que a finalidade do release é divulgar. Na maioria das vezes, dentro de um release cabe a oportunidade de criar um link. Se criar, utilize o atributo rel=”nofollow”.

Não force links sem ter relacionamento

É normal que os assessores de imprensa tenham mais afinidade ou mais relacionamento com alguns dos veículos de divulgação. Nesses casos é até considerável usar a oportunidade de criar um link. Mas, caso seja um veículo novo ou uma nova fonte de divulgação, o melhor é não forçar.

Quando for linkar, insira a marca ou o produto

Escolher palavras-chave, pedir ou sugerir links com âncoras específicas vão contra as diretrizes de qualidade do Google. Se encontrar a oportunidade de usar um link, faça o mesmo sempre relacionado à marca do cliente (link da página principal no nome da empresa) ou até mesmo ao seu produto (nome ou url dele).

Links dentro de um contexto complementar

Como já dito acima, linkar para a marca ou para o produto do cliente é importante, mas também existem oportunidades de criar links complementares para posts que relatam mais sobre um assunto. Porém, este precisa ser complementar e dentro de um contexto assertivo com o assunto do release.

Concluindo o conceito

Na teoria, link building se resume à uma coisa: relacionamento digital. Sem um bom relacionamento não se cria uma estratégia de link building eficaz e de qualidade.

Lembrando que o link é o último recurso da estratégia. Minha teoria preza muito mais o relacionamento que gera performance e vendas.

Um exemplo bem simples: o que vale mais? Um link “nofollow” em um fórum do Facebook num grupo com milhares de clientes com o perfil de consumo do meu produto, ou um link follow de qualquer site apenas pensando em métricas de link?

Com certeza, o primeiro link vende e performa muito mais que o segundo!

Portanto, dedique um tempo para encontrar as melhores opções de parceiros e também para encontrar onde o seu público-alvo está, como: sites, comunidades, grupos, fóruns e afins, focando primeiro no relacionamento com esses canais. Como no exemplo que demos acima, o primeiro passo é interagir com aquela comunidade, se tornando prestativo e conhecido — e conquistando o posto de referência apresentando um produto que traz a solução ideal.

Gosto de chamar isso de white link building, uma das premissas do SEO de Performance. Espero que tenham gostado. Um grande abraço a todos!