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Por dentro da real importância dos dados nos processos de e-commerce

Por: Everton Moreira

CEO da Avanter. Graduado em Tecnologia da Informação pela Universidade Nove de Julho, com MBA em Gestão de TI pela Universidade Anhanguera e Gestão de Projetos pela Universidade Paulista. O executivo tem mais de 15 anos em atuação direta na área de TI.

As empresas precisam se manter em constante evolução. Essa é uma máxima compartilhada pelos líderes corporativos que desejam se destacar entre concorrentes cada vez mais competitivos, igualmente inseridos nesse mercado afetado pela transformação digital. Apostar em práticas antiquadas, alheias aos benefícios que a inovação traz para o negócio como um todo, é uma movimentação perigosa e que flerta com um ostracismo extremamente prejudicial para a saúde financeira das organizações. Os dados simbolizam essa mudança bem-vinda.

Com a implementação de ferramentas automatizadas, preparadas para amplificar o escopo operacional das equipes, o espaço para a exploração das informações disponíveis será muito maior. E mais importante: sempre sob a proteção de plataformas projetadas para garantir a integridade desses materiais. A eficiência de serviços de e-commerce passa diretamente pela utilização analítica dos dados — de uma maior compreensão sobre os hábitos do público-alvo à tomada de decisões favoráveis às atividades comerciais.

Uma oportunidade para se priorizar a segurança informacional

Hoje em dia, quais são os maiores critérios que o consumidor leva em conta para adquirir o produto de determinada companhia? A resposta para essa pergunta varia entre cada usuário, mas é possível apontar um elemento comum para a grande maioria dos brasileiros. Como anda a segurança dos dados armazenados em sua empresa? Diferente do que alguns costumam idealizar, a integridade das informações pessoais não representa um investimento secundário ou que pode simplesmente ser postergado. Pelo contrário, trata-se de um componente que faz a diferença para a angariação de novos clientes.

Não por acaso, a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) deve entrar em vigor nos próximos meses. A nova legislação chegou para contemplar noções de transparência, privacidade e consentimento, seja de informações concedidas pelos usuários ou dados referentes a funcionários e colaboradores. Todos os processos inseridos nesse contexto devem se adequar ao texto previsto na lei. Esse é mais um trunfo evidenciado pelo uso da máquina no fluxo informacional.

Respaldo tecnológico em prol de decisões mais assertivas

Por outro lado, a consolidação de uma gestão orientada à inteligência analítica proporciona o embasamento necessário para conduzir ações compatíveis com a realidade interna e externa à empresa. Não é uma tarefa fácil acompanhar a dinamicidade de um mercado que se encontra entregue a constantes mudanças, que acabam interferindo no comportamento dos consumidores. Medidas aplicadas de forma errônea podem colocar o planejamento estratégico da organização em cheque, se a mesma não se apoiar na assertividade de soluções tecnológicas.

Encarar a intuição e a experiência de carreira do executivo como os únicos artifícios para tomar as melhores decisões não é mais compatível com a complexidade do momento que vivemos. A margem para erros e falhas críticas tem diminuído, e através de análises pontuais, o gestor terá uma quantidade elevada de insumos à sua disposição, suportando as principais etapas que constroem um serviço de e-commerce eficaz e satisfatório. Esse grau de precisão na estratégia empresarial nos leva ao próximo tópico.

Todos os caminhos levam para a experiência do cliente

E quanto aos efeitos provocados pelos dados na gestão de relacionamento com o cliente? Quando abordamos esse tema, parece impossível não enfatizar o papel do Customer Experience e sua função de aproximação entre as partes interessadas. De fato, não há como fugir dessa mentalidade. O objetivo máximo de qualquer empresa é estruturar uma jornada de compra enriquecedora, capaz de entender as dores do consumidor e oferecer as soluções que ele tanto precisava. Mas por mais clarificada que essa finalidade possa parecer ao olhar do gestor, não se trata de uma missão simples. Os tópicos que abordamos anteriormente simbolizam a importância de se sustentar pilares operacionais voltados para a elaboração de uma filosofia interna que priorize a satisfação do público-alvo.

Com a segurança das informações pessoais assegurada pela empresa, somada à inteligência analítica para identificar aspectos comportamentais, hábitos e características da persona que se deseja atingir, a inserção do Customer Experience será normalizada na própria concepção da empresa em relação ao modo que conduz sua loja virtual. Sem dúvidas, essa conciliação de diferenciais é a maior vantagem comercial produzida pela união entre dados e e-commerce.