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Plataforma Magento: tudo que você precisa saber

Por: Rodrigo Mourão

Com mais de 20 anos de experiência em e-commerce, dez deles em Magento/Adobe Commerce, é o profissional com mais certificações em Magento no mundo (12 certificações). Membro do Magento Certification Advisory Board, Magento Training Advisory Board e do Magento Community Maintainers. Cofundador e CTO da WEBJUMP, empresa de tecnologia focada em transformação digital, sendo responsável pela equipe de desenvolvedores, implantação, integração e customização de plataformas.

O que é a plataforma Magento?

Utilizada por uma a cada quatro lojas online, o Magento é, atualmente, a plataforma de e-commerce mais popular do mundo – mais de 315 mil lojas virtuais a utilizam. Para se ter ideia, até 2020, 30% dos e-commerces da América Latina utilizavam a plataforma, segundo dados publicados no E-commerce Brasil.

Robusta, completa, flexível e customizável, a plataforma foi desenvolvida com tecnologia open source, isto é, um código aberto que permite modificações no código-fonte. E as vantagens não param por aí: por ser modular, a plataforma possibilita o desenvolvimento de plugins e extensões que, além de oferecer novas funcionalidades para o site, aprimoram a experiência dos usuários.

Nomeada líder de mercado pelo Quadrante Mágico do Gartner, relatório que analisa as principais plataformas de e-commerce, a plataforma Magento, hoje, é utilizada por marcas como Nestlé, Havan, RaiaDrogasil, Obramax, Banco do Brasil, entre outras.

O Magento é, atualmente, a plataforma de e-commerce mais popular do mundo – mais de 315 mil lojas virtuais a utilizam.

Histórico da plataforma

Para contar essa história desde o início, precisamos voltar um pouquinho no tempo, mais precisamente para o fim dos anos 1990. Nessa época, a Varien, uma pequena empresa americana que produzia sites e peças gráficas, notou uma grande procura por lojas online e, percebendo que aquilo poderia ser um vislumbre do futuro, decidiu trabalhar com e-commerce.

Inicialmente, a empresa apostou em um software chamado OS Commerce, mas ao perceber que a ferramenta, apesar de ser uma plataforma open source, não recebia atualizações com frequência, resolveu criar seu próprio produto.

Foram necessários aproximadamente cinco anos para que o Magento 1 fosse finalizado. A primeira versão da plataforma, o Magento Community, foi lançada em 2008. Um ano depois, a edição Enterprise, versão paga e direcionada para empresas de grande porte, chegou ao mercado.

O sucesso foi tamanho que, em 2010, a PayPal comprou 50% da Varien – e desde então a empresa passou a se chamar Magento Inc. Em pleno crescimento, apenas um ano depois, em 2011, a eBay adquiriu toda a empresa.

A parceria terminou em 2015, ano em que o tão esperado Magento 2.0 foi lançado. A plataforma seguiu se desenvolvendo e evoluindo até 2018, quando foi adquirida pela Adobe. Desde então, a marca tem ampliado substancialmente seus negócios ao redor do mundo.

Em 2021, a Adobe anunciou o novo Adobe Commerce, uma união entre a versão Enterprise do Magento e o Adobe Commerce Cloud.

Plataforma Magento: como funciona?

Desenvolvido por meio de um código aberto, o chamado open source, o Magento possibilita que qualquer pessoa com conhecimentos em programação altere e/ou ajuste o código-fonte da plataforma de acordo com as necessidades do lojista.

Apesar de ser totalmente escrita em PHP, linguagem muito utilizada por desenvolvedores, para realizar modificações no código da plataforma, muitas vezes é necessário buscar por empresas especializadas. Mas, afinal, como a plataforma funciona?

Módulos independentes

Certamente, você já ouviu falar sobre móveis modulares, aqueles que são vendidos por peças individuais (os módulos), e que você pode posicioná-los da maneira que preferir. A estrutura do Magento segue, basicamente, o mesmo conceito desses móveis. Isso porque a plataforma é construída em módulos independentes, cuja estrutura permite desenvolver novas funcionalidades e soluções de acordo com a necessidade de cada e-commerce.

Além de oferecer flexibilidade e personalização à medida da demanda do lojista, os módulos também garantem economia de tempo. Afinal, para adicionar uma funcionalidade de blog, por exemplo, não é necessário desenvolver um novo código ou módulo, pois essa funcionalidade já se encontra disponível no mercado.

Integração com outros sistemas

Outro ponto de destaque, também relacionado à estrutura modular do Magento, é referente à praticidade e à simplicidade que os módulos oferecem quando o assunto é integração com outros sistemas. No geral, soluções como meios de pagamento e ERP, por exemplo, disponibilizam módulos gratuitos para a plataforma – o que, nesse caso, garante economia de tempo e de dinheiro.

Conheça as principais versões da plataforma

Community, Enterprise, Cloud… afinal de contas, quais são as principais versões da plataforma e no que elas diferem?

Magento Community

Primeira versão a ser lançada, o Community ou Open Source, como é conhecida, é uma plataforma que, como o próprio nome diz, é feita em código aberto e de maneira colaborativa. Em fóruns especializados em programação Magento, é possível encontrar inúmeras soluções e dicas sobre o assunto. Perfeita para pequenas empresas e desenvolvedores.

Magento Enterprise

Lançada em 2009, essa versão da plataforma, que mais tarde foi chamada de Magento Commerce, conta com funcionalidades e recursos aprimorados e suporte especializado, ideal para empresas de grande porte, independentemente do segmento. Hoje, a Magento Enterprise chama-se Adobe Commerce.

Magento Cloud

Hospedada na nuvem, a versão oferece muito mais flexibilidade para os lojistas. Além do suporte reforçado, engloba integração com ambientes de desenvolvimento, como o GitHub. Hoje, a Magento Cloud chama-se Adobe Commerce Cloud.

Adobe Commerce

É a versão mais atual da plataforma. Viabilizada pela Magento, a solução, que foi projetada com foco na experiência do cliente, conta com inúmeros serviços e aplicativos já integrados.

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