Logo E-Commerce Brasil

Open Innovation: uma nova maneira de encarar a inovação

Por: Alan Chusid

Alan se graduou em Administração de Empresas pela ESPM. É um dos cofundadores do Neon, um dos principais bancos digitais do Brasil, do qual foi Diretor Comercial & Negócios. Antes do Neon, Alan fundou uma empresa de tecnologia focada em logística chamada Speedyboy. Anteriormente, ele trabalhou como trainee na Andrade Gutierrez e no mercado financeiro na divisão de Asset Management da Advis. Alan também é dono e aconselha empreendedores de diversos setores, em empresas como a Naked Nuts, Troco Simples e Linus.

À primeira vista, um novo conceito como esse pode até assustar, mas, na prática, o Open Innovation é mais simples do que você imagina. Traduzindo para o português, o termo inovação aberta tem um significado abrangente, com o propósito único de promover uma quebra de paradigmas nas organizações.

O professor e pesquisador de administração de empresas Henry Chesbrough é o criador do termo e o define como uma aceleração dos processos de inovação, que expande os limites das companhias, buscando sempre soluções inovadoras.

O Open Innovation tem o propósito único de promover uma quebra de paradigmas nas organizações.

Essa abordagem de organização e desenvolvimento é uma forte aliada das transformações de mercado, e as empresas vêm adotando cada vez mais, trazendo uma vantagem competitiva para os negócios de um modo geral.

No Brasil, o Ranking 100 Open Startups apurou em 2020 que mais de 1.600 empresas aderiram ao movimento e se uniram a startups para crescer e inovar.

Afinal, como funciona o Open Innovation?

A troca de informações no mercado corporativo tem caminhado para um olhar mais disruptivo a cada ano. E essa mudança no modelo de inovação para empresas sugere uma atuação mais horizontal, com o acolhimento de ideias externas por meio de novas conexões.

O desenvolvimento de novos projetos e ações para a empresa não parte somente dos times que atuam diretamente dentro dela, e sim com a participação de grupos externos, que podem ser desde fornecedores até clientes, startups, organizações públicas, entre outros.

A implementação do método de compartilhar informações internas e externas faz parte do processo de agilidade da inovação, transformando o modus operandi e a troca de experiências, principalmente quando falamos de empresas inseridas em um mercado de intensa competição.

O objetivo central dessa prática é romper com os pensamentos e as metodologias tradicionais de pesquisa, em que os dados e materiais precisam ser mantidos apenas dentro da organização, e que as novas tecnologias só podem ser planejadas e executadas por quem está participando no dia a dia.

Agir, produzir e encantar

Destrinchando ainda mais o conceito, é possível observar os níveis de inovação aberta, começando, por exemplo, pela contratação de startups como fornecedores das áreas de negócios, passando pelos impulsionadores em um projeto específico de inovação e a definição de estratégias conjuntas.

Partindo desse princípio, a importância do Open Innovation se estende a todas as etapas. Com um programa de aceleração de negócios fora da organização, o valor agregado e a visibilidade se tornam ainda maiores.

Entre as vantagens, podemos citar as mais observadas: a redução de custos, o aumento na produtividade, a agilidade em implementar processos e, sem dúvidas, a descoberta de novas tecnologias.

Mas não para por aí: ter aliados é um ótimo caminho para diminuir as chances de concorrência para uma inovação, já que a união de forças faz o produto ou serviço ser ainda mais valioso para o mercado. E além de toda a parceria, o conhecimento compartilhado é um ponto de vantagem para todos os envolvidos.

Sempre que nos deparamos com um assunto em alta no mundo dos negócios como Open Innovation, temos que fazer a nossa parte e buscar as informações necessárias para entender se aquela estratégia pode impactar na nossa dinâmica.

Leia também: IA: uso da tecnologia pode ser ressignificado em 2022; entenda