A crise econômica no Brasil está assustando muita gente. Vários setores da economia já deram sinais claros de que estão sentindo os efeitos da instabilidade financeira do País. Apesar disso, alguns segmentos vêm se saindo bem e mostrando bons resultados. Como é o caso do e-commerce que, de acordo com o relatório SpendingPulse da MasterCard, cresceu 8,1%. Em contrapartida, as vendas do comércio tradicional – exceto automóveis e materiais de construção – caíram 2,1%. Ambos os números são consequência de um comparativo entre os meses de abril deste ano e abril de 2014.
Os resultados do ano passado, inclusive, foram bastante comemorados. Segundo dados da E-bit, no Brasil, o setor faturou cerca de R$ 35,8 bilhões com vendas de bens de consumos – o que representou um crescimento de 24% em relação a 2013, quando o faturamento atingiu cerca de R$ 28,8 bilhões. Para este ano a previsão é que o crescimento seja 20% maior do que o do ano anterior, atingindo a casa dos R$ 43 bilhões.
Além disso, nos primeiros três meses deste ano, o abandono de carrinhos diminuiu 5% no Brasil. Foi o que identificou uma pesquisa realizada pela empresa britânica Ve Interactive.
Outra tendência apontada pelas pesquisas é quanto ao mobile commerce. Segundo o 31º Webshoppers, realizado pela E-bit, 65% das compras online em 2014 foram realizadas através de smartphones. As compras realizadas através dos tablets chegaram a 67% em janeiro. Já em dezembro, 65% delas foram feitas por smartphones contra 35% realizadas pelos tablets.
O relatório também traçou o perfil do consumidor mobile. 62% deles são das classes A e B, enquanto 27% fazem parte das classes C e D. Além disso, 57% são mulheres. A faixa etária principal desses consumidores (ambos os sexos) é entre 35 e 49 anos.
No entanto, uma pesquisa mais atual, sobre este primeiro trimestre de 2015, realizada pela Sieve, empresa especialista em inteligência de preços e sortimento, em parceria com a Keyscores e E-Commerce Brasil, acendeu o sinal amarelo.
A disponibilidade média dos produtos dos e-commerces no Brasil atingiu o percentual de 56% durante os três primeiros meses do ano. Isso significa que de 100 produtos visualizados pelo consumidor, 44 deles não estavam disponíveis para compra imediata. O levantamento foi realizado no período de 1º de janeiro a 31 de março, em 282 sites, analisando ao menos 1,1 milhão de URLs.
Os sinais, em geral, vêm sendo positivos, mas até o momento nenhum balanço foi preciso quanto aos números deste primeiro trimestre do ano. Assim, só resta atentar-se para as previsões e buscar adequar-se às novas tendências de mercado.
As informações mais expressivas apontam para a forte tendência mobile, até por conta das alterações que o Google fez em seu sistema de busca em relação a sites não responsivos. Outro fator relevante dá conta da necessidade de relacionamento com o cliente, que quer cada vez mais consumir as marcas não só no momento da compra, mas no dia a dia.
Por isso é importante se fazer presente e concentrar seus esforços em consolidar seu negócio, fazer-se presente na memória do consumidor e não apenas na fatura do cartão. Lembre-se: o objetivo é fidelizá-lo e não perdê-lo para a concorrência.