Geralmente, lojistas pequenos e de médio porte optam por entrar em uma operação de marketplace com a intenção de aumentar suas vendas com uma visibilidade maior em veículos de promoções de vendas. No entanto, não necessariamente têm ideia do impacto real e das potenciais mudanças que podem ocorrer em seu negócio.
O marketplace é hoje a operação de comercio eletrônico em sua forma mais ampla. Em especial porque é onde o cliente tem a opção de comprar todo e qualquer tipo de produto em uma única plataforma, podendo adicionar todos os itens selecionados em um mesmo carrinho virtual e realizar o pagamento em uma só transação. O modelo já consagrado no exterior é hoje referência para médias e pequenas empresas que procuram o serviço, estimuladas pelo aumento do tráfego com baixo investimento e alto retorno.
Atualmente, o conceito de marketplace já está bem consolidado no mercado e ganhou aderência de grandes e pequenas empresas, dada sua efetividade nos negócios. Com o aquecimento e crescimento do setor de e-commerce, esse modelo tem atraído uma boa fatia do público que já aderia às compras online, e ainda vem sendo cada vez mais buscado pelos novos usuários do modelo de shopping da internet.
Com um investimento baixo, ou até mesmo nulo, os lojistas conseguem expor seus produtos em sites com um nome forte no mercado de e-commerce, aproveitando-se do tráfego, visitação, expertise e ferramental de marketing e mídia investido por esses portais, tendo assim a oportunidade de alcançar uma base de clientes que sozinhos teriam dificuldade em acessar. Além disso, entrando na operação de grandes varejistas, os produtos do lojista ganham relevância de ranking em SEO (Search Engine Optimization) dentro do site “vitrine” – ferramenta essa ainda pouco conhecida e explorada pelos lojistas que recentemente entraram no varejo online.
Um dos diversos movimentos que a participação em marketplaces pode agregar ao seu negócio é a diversificação de públicos e portfólio. Quando avaliados o perfil dos consumidores e os produtos adquiridos pelo canal marketplace, lojistas relatam a diversidade em perfil de sortimento, ticket médio dos pedidos, tipo de produtos. Um ponto interessante e relatado por players menores é a mudança notável sobre o público que navegava em seus sites antes e após a operação do marketplace. Com essa mudança, o lojista viu produtos de pouca rotatividade representando um papel importante em seu negócio como um todo.
Um site que vende apenas produtos de nicho acaba acreditando que ofertar somente determinado tipo de produto para determinado tipo de cliente é a maneira mais conservadora e mais assertiva para desenvolver seu negócio. Não podemos afirmar que o pensamento esteja equivocado, no entanto, o marketplace cria oportunidades de crescer o negócio de nicho com uma gama de clientes maior e diferenciada, vendendo produtos que até então não eram apostas da loja.
Leandro Varela, diretor comercial da CasaTema, site especializado em móveis infantis, afirma que o modelo imputou um aprendizado importante: diferentemente do que ele imaginava, os produtos mais vendidos em seu site não são os produtos mais vendidos no marketplace do Extra.com.br, por exemplo.
Com três anos no mercado e com um crescimento considerável, o foco da loja era a venda de móveis em madeira com desenhos exclusivos e direcionados para o público infantil, feitos em uma seleção restrita de fábricas. No entanto, com a performance nas vendas junto ao marketplace, Leandro sentiu a necessidade de desenvolver novos produtos para atender ao então público diferenciado que procurava móveis com outras características, como camas de casal.
Para cada negócio, o marketplace pode representar uma oportunidade diferente. A MegaMamute viu a sua no aumento de giro para produtos que até então não era nosso seu foco. Loja virtual referência em informática e hardware, a MegaMamute viu a boa oportunidade no aumento de giro para produtos que não são seu foco, além de duplicar a quantidade de venda de determinados itens que até então tinham um giro reduzido e segmentado, barganhando, assim, uma melhor negociação com seus fornecedores.
Segundo Carlos Alba, coordenador de marketplace e responsável pela entrada da loja no Extra.com.br, a grande oportunidade para decidir entrar nesse modelo de negócio foi justamente a possibilidade de potencializar as vendas de toda cauda de produtos. “Somos uma loja de nicho especializada em itens de informática, o que representa mais de 60% do nosso mix de produtos. Qualquer esforço ou investimento para se vender outra linha tornaria o custo da operação maior e o público do marketplace nos proporcionou buscar novas oportunidades de negócios”.
O marketplace dá ao lojista a oportunidade de ampliar seu portfólio de vendas e a de uma mídia de alto alcance, podendo aumentar o sortimento dos seus produtos e consequentemente seu faturamento.