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O conteúdo – dono e proprietário das estratégias de brand (um olhar sobre o BBB)

Por: Fatima Bana

Com formação internacional na área de marketing pela University of Califórnia (UCLA/USA), MBA em aprendizagem cognitiva e neurociências, Fatima Bana é mestre em comportamento de consumo e soma mais de 15 anos de experiência em estratégias e inteligência de marketing digital e offline no varejo, travel, tecnologia e bens de consumo. Ela que já atuou como diretora executiva na Gafisa, Accenture, Tivit, foi Head de Marketing na LATAM e CMO da Buser, está a frente da Rent a CMO, empresa de consultoria focada em Growth.

Por muito tempo, usamos o conteúdo quando o foco estava ligado ao B2B e muito menos para pensar em marcas pessoais ou ligadas ao grande público. Nos últimos dois anos, as grandes estratégias de performance baseadas em Ads e algoritmos bateram no teto em quase todas as campanhas – impossível seguir um caminho assertivo em marketing pensando exclusivamente no tão viciante “mundo da performance” e iremos ver is00so cada vez mais recuando.

Quando o Google anuncia, neste mês, outra atualização – a de que a empresa não utilizará mais os dados de cookies de terceiros para construção de públicos, que na prática nos diz que a captação de dados de usuários em sites (qualquer site na internet) não será mais utilizada na construção de perfis de comportamentos de consumo e de interesses, claro que com base nas novas regras da LGPD globais – o ele se prepara para lançar uma ferramenta a FLoC – que ainda nem entrou em testes, para tentar minimizar as perdas – fica muito claro para quem não pensou em força de marca que está muito errado. 

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É possível aprender com o BBB

Vejam o caso do conteúdo muito bem feito nas redes sociais, usando a TV + comportamento digital feito pelos participantes do reality show BBB.

Confesso que quando vi uma profissional de marketing dentro do reality, achei que ela nos daria essa “aula”, mas quem realmente está “batendo um bolão” na geração de demanda e engajamento é a Juliette. A advogada paraibana tem um time de quase 20 pessoas se revezando por 24 horas e já acumula mais de 12 milhões de seguidores e sem duvida já passou a rentabilizar com isso – publicidade e conteúdo estão cada vez mais presentes nas entregas e sem duvida a participante ganha com o conteúdo feito e dedicado para ela nas redes sociais – dando foco na sua participação.

Foi-se o tempo em que a família do participante cuidava disso – após a participação dos “famosos “no ano passado, quem “pegou a visão” já começou surfando a onda correta nesse ano – essa participante começou com menos de 3 mil seguidores, baseados em amigos e colegas no início de fevereiro.

Sem transpiração, não existe inspiração

Peço uma atenção ao lugar que coloco – o time está 24 horas ligado – isso é a base diferencial de quem quer trabalhar com conteúdos quentes, gerar engajamento e negócios. Sem transpiração, não existe inspiração. É necessário dedicação para engajar e vender fora do mundo da “máquina de vendas de performance”. Quem não aprendeu a fazer #brandperformance e pensar médio prazo de retorno (CAC e LTV) está sem duvida com os dias contados. 

Deixo a minha sugestão: marca deve ser construída junto com a estratégia de vendas. Uma coisa jamais pode ser separada da outra, exceto se sua empresa pretende ser sócia-investidora dos mecanismos de busca. 

Uma última ressalva: conteúdos bons e quentes não se fazem em estruturas inchadas( é importante saber contratar). Não adianta mil aprovações se o timming é perdido. Gente que só esquenta cadeira irá continuar prometendo uma técnica milagrosa que irá parecer boa e com o tempo você vai perceber que rasgou dinheiro sem qualquer tipo de brand de verdade.