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O comércio eletrônico e a lógica da compra de mídia

Até bem pouco tempo atrás tratávamos a mídia pela internet como alternativa, desenvolvimento do Marketing Digital era tratado pelas agências como um serviço adicional dentro de suas estruturas e o share publicitário não passava de 1 digito percentual.

Pois bem, pouquíssimo tempo depois, a realidade é completamente outra. Hoje a projeção de investimento em Marketing Digital é de R$ 4.6 bilhões em 2012 com 13,7% de participação no bolo publicitário, ficando atrás apenas do meio Televisão (TV).

Isso muda toda a lógica de compra de mídia pelas empresas, o que antes era um ilustre complemento e necessário, hoje se transmutou para uma nova realidade de mercado passando para, imprescindível.

A mídia de massa ainda é necessária, mas é cara e impessoal, feita de maneira não direcionada e exibida para pessoas distintas e em diferentes pontos geográficos. Esse conceito como é vendida a publicidade, é antigo e foi construído historicamente para produtos de informação e entretenimento genérico, produzidos e padronizados e distribuídos a grandes públicos indistintamente.

O que estamos presenciando é uma mudança conceitual muito grande, os veículos tradicionais buscando uma completa interação com o mundo Digital, procurando participar ativamente de ações nas Redes Sociais e atrair novamente a atenção desse público disperso (principalmente os jovens). Por outro lado, veículos nativos no Digital aproveitando o momento e conversando diretamente com as pessoas/e-consumidores que fazem, divulgam, compartilham, recomendam e que consomem determinados produtos e serviços.

O comércio eletrônico já entendeu isso e já investe maciçamente e com resultados em campanhas de afiliados, links patrocinados, mailling, SEO, banners, quiz management e por ai vai, principalmente aquelas voltadas para conversão com retorno mais imediato.

Até porque usar uma mídia de massa ainda é muito caro para este objetivo e muitas vezes não se consegue segmentar, qualificar e mensurar em tempo real o resultado desse investimento.

O público em geral hoje é um potencial produtor de conteúdo, seja através de uma câmera fotográfica, de um Smartphone, um notebook ou de um tablet. Nesta nova dinâmica, o mercado publicitário começa a apresentar novas plataformas instantâneas de comunicação o que deixa os veículos tradicionais bem defasados.

Exatamente por isso, estamos vivendo no que é chamado de Era Transmídia Digital que é a integração de diferentes Plataformas, meios ou mídias (incluindo as tradicionais), utilizando o que de melhor tem em cada uma delas, possibilitando visibilidade, interesses e mantendo a atenção e engajamento das pessoas que estão assistindo, compartilhando e interagindo ao mesmo tempo.

Quem ganha com tudo isso é o anunciante que tem seu produto e serviço sendo divulgado de forma assertiva, gerando vendas (o que importa no final das contas), o consumidor participando ativamente e sendo impactado quando e onde desejar e o veículo que pode envidar esforços no sentido da fidelização usando conceitos adquiridos de interação e também carona de outras mídias.
Fica a percepção e a reflexão que a mídia tradicional está se transformando para não perder ainda mais espaço no bolo publicitário.

Pense Nisso! @JoaoKepler