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Não siga as tendências de e-commerce, supere-as

Eu sempre me pergunto “quais são as maiores tendências no e-commerce?”. E posso citar algumas como omnichannel ao Big Data até o content + commerce.

Mas existe um problema com as tendências. Muitas nasceram para morrer. E as tendências que estão agora no poder, inevitavelmente podem se tornar comuns e por isso deixar de ser uma vantagem competitiva.

Varejistas de ponta não seguem tendências, identificam aquelas que estão no poder e superam-nas antes dos outros players.

Quais são os exemplos de tendências que os varejistas podem superar hoje?

Design Responsivo

Estou feliz em dizer que em 2015 as empresas m.dot vão entrar rapidamente em extinção em favor do design responsivo e da dynamic serving.

design responsivo tem seus prós e contras e a tendência no Internet Retailer 500 vai em direção ao dinamismo/adaptabilidade da abordagem, o que não requer uma revisão completa do website e provavelmente é melhor para o SEO, oferecendo mais oportunidades para construir a experiência em dispositivos específicos mais que a dimensão da tela.

Além disso, os varejistas omnichannel deveriam explorar formas de tornar “responsivo” o contexto para o usuário, mesmo quando ele estivesse na loja física. Um exemplo desse tipo de ação é a Sephora, que disponibiliza em seu aplicativo mobile beacons com funcionalidades que permitem aos consumidores escanearem produtos por classificação e informações de avaliação, realidade aumentada e mais no “modo loja”.

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Não fique surpreso se “o modo loja” acabar se tornando o “novo normal” nos aplicativos mobile para varejistas omnichannel.

Galerias sociais

Galerias de foto postadas pelos usuários são fáceis de adotar graças à ferramentas como o Olapic. Essas ferramentas são usadas por muitos sites do Internet Retailer 500.

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Algumas galerias possuem o “compre esse look” para linkar a imagem diretamente com suas páginas de produto…

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… mas falham ao integrar esse conteúdo social às suas próprias páginas de produtos. As imagens postadas pelos usuários oferecem um contexto adicional que, como os comentários de texto, podem inspirar e influenciar compras. Combinando isso às galerias das redes sociais perde-se essa oportunidade – principalmente considerando que essas galerias geralmente ficam localizadas apenas na parte inferior das páginas da home ou por trás de links de menu obscuros na navegação.

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Além disso, as galerias sociais poderiam ser usadas como catálogo online, com a possibilidade de busca e filtro por tags, palavras-chave e categorias de produto. Por exemplo, um comprador pode querer filtrar todas as imagens da rede social por “looks de festa”, ou “botas de cano baixo”, por exemplo.

O reconhecimento de imagem e a tecnologia de busca visual também podem ajudar nas recomendações “mais produtos semelhantes”, para o consumidor que quer navegar através das imagens mais que nos resultados do catálogo.

Você acha que o consumidor não está interessado em navegar dessa forma? Sites como Pinterest estão levando consumidores à uma nova era na descoberta do produto.

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Nunca esqueça que a experiência do e-commerce sempre tem que apontar para fora do e-commerce.

Conteúdo+ Commerce

Na era eletrônica onde as opções de escolha são abundantes, o story-selling com conteúdo rico como vídeos, experiências interativas, tours de produto (parallax) e conteúdo editorial pode dar à marca uma vantagem competitiva.

Acontece que não raramente o conteúdo não é “comprável” – requer que o consumidor interaja além da experiência de conteúdo para uma página tradicional de produto.

Muitas vezes a plataforma de e-commerce é um obstáculo para que o comércio verdadeiramente permita o conteúdo. Como Bernardine Wu de FitForCommerce compartilhou o Conteúdo + Commerce recentemente em entrevista:

(A plataforma de e-commerce) requer uma implementação robusta de APIs para que as ferramentas de comércio se comuniquem com o sistema de conteúdo (CMS). Para uma plataforma obtenha a profundidade e amplitude necessárias para separar completamente o conteúdo do comércio (commerce) é difícil.

Requer serviços de API restful em todos os níveis, incluindo serviços de apresentação, gestão de site, segmentação, checkout, promoções, gestão de pedidos e uma dúzia mais.

Essas APIs devem ser bi-direcionais, permitindo o conteúdo e os dados serem alimentadas e também extraídas para fora da plataforma. Em segundo lugar, a plataforma deve ser completamente autônoma em termos de dependência em qualquer sistema de frontend (conteúdo) ou resposta. Existe uma quantidade de atributos adicionais e funcionalidades necessárias para apresentar uma experiência sem obstáculos para o consumidor.

Uma vez que o varejista é capaz de incorporar o comércio dentro desses recursos de conteúdo, a oportunidade de superação é aplicar a personalização para acertar o conteúdo certo, o consumidor certo e no contexto certo. Isso envolve integração com analytics, perfis de consumidor, ferramentas de personalização, redes sociais e qualquer outro recurso de dados que seja útil para precisar o público-alvo. Uma plataforma de e-commerce precisa ser capaz de acomodar essas integrações através das APIs.

Com a tecnologia de framework adequada, um profissional de marketing pode manter um conteúdo “comprável” de forma nativa tanto nos negócios online como nos offline (como aplicativos mobile, redes sociais, afiliados e digital na loja física).

Mobile apps

42% dos varejistas da Internet Retailer 500 têm um aplicativo mobile e esses apps são tipicamente réplicas da frente de loja online codificadas por várias plataformas de smartphone.

O método de catálogo de e-commerce não é necessariamente a melhor experiência para mobile. Inovadores devem continuar a explorar oportunidades para incorporar as funcionalidades nativas de smartphone que otimizam a experiência mobile e experiências populares com aplicativos como a eBags Obsession e reinventar verdadeiramente a compra digital.

Aplicativos mobile também servem como uma ponte entre o digital e a loja física, por conta da capacidade  de parear com a loja física digital como os beacons. Enquanto qualquer varejista pode experimentar o digital na loja física, os líderes devem evitar projetos que não estão integrados com o sistema de e-commerce e garantir que os dados de comportamento da loja física e o contexto coletado e compartilhado através dos programas de marketing e patrocínio em uma única visualização do consumidor seja possível em qualquer lugar.

Não se trata de “se”, mas “quando”

Esses são apenas alguns exemplos de tendências de e-commerce que possuem potencial para serem superados em suas aplicações convencionais para e-commerce. E eles vão superá-las – é uma questão de quem “vai chegar lá” primeiro.

Pinterest e Google entendem isso e estão inovando agressivamente, reconhecendo tendências e explorando as áreas adjacentes possíveis* (e esses movimentos são tanto uma oportunidade como um perigo para os varejistas).

* A intersecção da próxima tendência mais imediata que as pessoas realmente querem e combinar isso à próxima tendência imediata que você pode oferecer.

Se o seu objetivo não é apenas seguir, mas superar as tendências de e-commerce, aqui vão algumas fontes para você:

  • 2015 Advanced Commerce Maturity Scale é uma ferramenta de auto-avaliação que oferece um Meyers-Briggs como perfil da empresa, com resultados descritivos e visuais para ajudar você a entender inteiramente o nível atual de maturidade do seu e-commerce relativo ao padrão atual de excelência. A ferramenta inclui um dia de como empresas como a sua estão/podem superar a curva em termos de experiência do cliente, estratégia digital, tecnologia e dinâmica organizacional, a curto e longo prazo.

Traduzido com autorização do autor. Link original disponível em: http://www.getelastic.com/dont-follow-ecommerce-trends-leapfrog-them/