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Não deixe o coronavírus afetar seu negócio. Sobreviva, insista e persista!

Por: Sirlene Costa

CEO da marca Dassi Boutique. Atualmente, a empresa possui o e-commerce e duas lojas físicas, com faturamento em torno de R$ 10 mi.

É o que eu sempre digo: a vida empreendedora não é fácil. É surpresa atrás de surpresa, umas vantajosas outras nem tanto. A pandemia mundial pegou os comerciantes ao redor do mundo e o brasileiro não saiu ileso.

Primeiro, veio o isolamento de quem estava com suspeita; depois, com quem estava de fato com coronavírus; mais adiante as pessoas começaram a ficar em casa e os lojistas baixaram suas portas por questões de segurança e saúde.

Mas, qual a consequência disso? Não só para os e-commerces e lojas físicas, mas e o trabalhador? Bom, segundo o presidente da ABlos (Associação Brasileira dos Lojistas Satélites), mais de 80% dos pequenos e médios lojistas de shoppings que atuam na região metropolitana de São Paulo podem quebrar — se forem obrigados a fechar as portas e não forem adotadas medidas que compensem as perdas nas vendas.

Fechando as portas

Pois bem. Eles foram obrigados a fechar, lembrando que o número acima é com base nos lojistas de shopping. E quem é lojista de rua? E os trabalhadores? Segundo o instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), o Brasil conta hoje com quase 12 milhões de desempregados e cerca de 38 milhões de pessoas estão na informalidade.

Entretanto, o colapso provocado pelo coronavírus pode levar a um total de desempregados a 20 milhões. Além disso, inúmeras pesquisas comprovam que o brasileiro em geral não tem caixa, não tem dinheiro guardado e, muitas vezes, mistura finanças pessoais com empresariais. Vivemos momentos críticos, mas ainda sim é possível se adequar e superar.

No meu caso, tenho mais de 100 funcionários — ou seja, olha quantas famílias nós mantemos diariamente! Hoje, para nós, vivemos uma realidade complicada. Nossas unidades físicas estão fechadas, mas ainda temos como movimentar nosso negócio via e-commerce.

Abrindo uma janela

E aí mora a luz no fim do túnel. O e-commerce é “uma mão na roda”, pois nos permite alocar nossos funcionários da unidade física para a operação da loja virtual — evitando demissões. Em seguida, conseguimos ampliar nossas equipes e nossas vendas. Ou seja, após o fechamento das lojas físicas, nosso e-commerce cresceu mais de 40% em uma semana.

Claro que investimos em atendimento e estoque; pessoas foram alocadas para novas tarefas; e, principalmente, desenvolvemos um calendário especial nas redes sociais. Falamos das roupas, de coronavírus (serviço público), de saúde, autocuidado… Até show via live fizemos para a nossa comunidade de fãs e clientes.

O empresário não pode se esquecer de duas coisas: cuidar do cliente e do funcionário. Mesmo com a nossa operação de e-commerce funcionando a pleno vapor, nós tomamos várias providências. Como, por exemplo, a escala de horários (para evitar aglomeração); providenciamos máscaras, álcool em gel e vitaminas (para ajudar na imunidade do pessoal); entre outros detalhes. Já os clientes recebem suas peças higienizadas, da embalagem até o saco que enviamos para os Correios.

Se você não tem um e-commerce, invista tempo e dinheiro nessa frente. Outra maneira para não parar suas vendas é apostar nas redes sociais. Agora é o momento de trabalhar com segurança e consciência — e realmente precisamos trabalhar! Não podemos deixar os trabalhadores na mão: sem operação = zero vendas. Sem vendas = sem salários. É triste, mas é a realidade de 80% ou mais da população.