Dando sequência a série sobre conteúdo digital, vamos falar do impacto que nomes e descrições incorretas de produtos podem acarretar para o fabricante e para o varejista. Um texto bem construído e com todas as informações essenciais para o cliente se sentir seguro pode ajudar – e muito – para que ele finalize a compra.
Além do ponto citado acima, há a preocupação com o posicionamento de marca e de produto estabelecido pelo departamento de marketing do fabricante, que muitas vezes não é levado em conta pela loja virtual. O ideal é a indústria monitorar essas descrições para ter todos os pontos alinhados.
Como devem ser as descrições dos produtos:
O cliente precisa entender os benefícios do produto logo no primeiro parágrafo da descrição. Não adianta fornecer diversas informações técnicas se não houver uma explicação de quanto o produto é bom – o suficiente – para ser comprado e sua usabilidade.
Uma boa descrição deve ser:
- Auto explicativa: Sem palavras confusas, que se explica por si só. O ideal é o cliente não sentir a necessidade de realizar uma outra busca por informações.
- Completa: Tem todas as características necessárias e em uma linguagem de fácil entendimento, especifica todos os aspectos do produto, tornando-o mais próximo do consumidor.
- Intuitiva: Que proporcione entendimento de maneira direta e imediata, sem que seja preciso recorrer a outras fontes.
A forma como um produto é descrito na loja virtual impacta diretamente na conversão de vendas. Se a descrição não atende ao que busca o cliente, ele não compra. Assim, lojista e fabricante saem perdendo.
Cuidado com o nome do produto:
Tão importante quanto a descrição do produto – em muitos casos até mais – é o nome utilizado pela loja virtual na apresentação do item, principalmente para indústria. Imagine ter o nome do produto exposto em lojas virtuais de forma diferente daquela que é utilizada nas campanhas de divulgação, isso pode impactar diretamente a imagem da empresa e a conversão.
Como funciona o monitoramento dos nomes dos produtos em lojas virtuais:
A indústria deve definir quais produtos deseja monitorar, as lojas virtuais que serão auditadas e o gabarito que deverá ser seguido – material no qual o robô irá se basear para realizar o monitoramento. É importante salientar que o gabarito pode ser alterado, pela própria indústria sempre que necessário.
Para facilitar o entendimento, vamos simular um cenário. No exemplo abaixo utilizamos a solução oferecida pela Sieve:
Produto: DVD Player automotivo
- Simulação da descrição do nome do produto: SD / USB / Infravermelho / Screen / Touch / Connect / Multimídia / Central / E / 2 / 6 / Tela / DM / 162 / UCB
De acordo com o posicionamento de marca do fabricante do produto acima, essas informações devem fazer parte do nome do produto que será utilizado por diferentes lojas virtuais.
O relatório que o fabricante terá acesso será parecido ao da imagem abaixo:
Nele é possível identificar a loja monitorada, o nome do produto, a última visita realizada pelo robô da Sieve, termos sugeridos, link, alteração e status.
Os termos sugeridos pela fabricante são as bolinhas verdes e vermelhas:
- Verde: Termos utilizados
- Vermelhos: Termos não utilizados.
No mesmo relatório, ao lado direito do último indicador existe uma seta.
Ao clicar sobre ela é possível identificar quais termos estão sendo utilizados e aqueles que não estão. Veja o exemplo abaixo:
O relatório oferece outros campos estratégicos para que o fabricante tenha controle sobre a exposição de seus produtos:
- Link: É possível acessar a página onde o produto é vendido e conferir as informações apresentadas.
- Status: Por padrão da ferramenta, se a loja virtual não utilizar um dos termos do gabarito, a descrição será interpretada como errada. Caso o fabricante identifique que o item está correto, mesmo não utilizando todas a palavras definidas no gabarito, pode clicar no final da linha no status positivo.
Análise geral do mercado
A análise de item por item é muito interessante, mas em grandes operações, para fabricantes com vários produtos, sendo vendidos em diferentes lojas virtuais esse processo pode ser inviável.
Por esse motivo, também é possível analisar o cenário geral em um dashboard, que permite identificar a quantidade de produtos com descrições dos nomes corretas e aqueles que não seguem as recomendações da indústria, bem como quantos de seus produtos são vendidos em cada loja virtual.
No exemplo acima, a loja A vende apenas um dos itens do fabricante e ele está errado. Já a loja E, que comercializa 43 itens do fabricante, tem 17 descrições dos nomes feitas da maneira indicada. No caso da loja F o cenário é ainda mais agravante. São 270 produtos, sendo 218 com descrição errada.
Outra funcionalidade que pode ser estratégica é a utilização de Dashboards que permitem identificar todo o cenário, como no exemplo abaixo:
Note, que em um único painel será possível saber quantos produtos foram analisados, gráfico com o percentual de nomes certos vs. errados, a quantidade de urls por lojas, tanto para nomes como para descrições.
Como funciona o monitoramento da descrição do produto em lojas virtuais:
O principio será o mesmo aplicado ao nome, mas dessa vez o foco será no conteúdo que apresenta todas as características do produto, e assim como a comparação de nome dos produtos, é possível fazer alteração no gabarito diretamente na plataforma, de forma simples e rápida.
Abaixo podemos verificar um exemplo da tela, disponibilizada pela Sieve, para o monitoramento da descrição do produto:
É possível identificar:
- Loja: O e-commerce monitorado
- Status: Se o conteúdo está correto ou não.
- Código do produto: Código do produto, de acordo com o fabricante
- Nome do produto: Nome do produto que está sendo monitorado
- Última visita do robô Sieve: Última visita que foi feita pelo robô da Sieve nos sites monitorados.
- Termos sugeridos: Em verde os utilizados, vermelho os que não fazem parte da descrição utilizada pelo lojista.
- Link: Para confirmação da página que foi analisada
- Alteração: Se o status da descrição já foi alterada anteriormente pelo fabricante
- Visualização do termos: O texto de descrição do lojista e os termos definido por gabarito pelo fabricante, como a imagem abaixo:
Essa é a descrição que é utilizada por uma loja X, vendendo uma marca Y de cerveja. A ferramenta vai identificar esse texto e levar em consideração o gabarito fornecido pelo fabricante, devolvendo uma análise dessa forma:
É possível identificar – no texto utilizado pela loja virtual – que as palavras em vermelho não foram utilizadas. Já as palavras em verde, sim.
Melhoria no relacionamento e otimização de resultados
Análises que envolvam nomes e descrições dos produtos são uma excelente oportunidade de relacionamento entre fabricante e lojista.
Para o fabricante é importante saber como seu produto tem sido apresentado ao consumidor em lojas virtuais, e se tem seguido a mesma linha das ações de marketing desenvolvidas para impactar novos clientes. A internet possibilita algo que ainda não é possível ter no mundo físico, que é o monitoramento – de forma simplificada e com agilidade – de como os produtos são exibidos em lojas virtuais, com análises diárias e mais precisas.
Os lojistas têm o benefício de alinhar com o fabricante os melhores termos para utilizar nas descrições do produto, que – para muitas lojas virtuais – está ligado a estratégia de SEO (Search Engine Optimization) desenvolvida pelo departamento de marketing e performance.
O monitoramento do nome e descrições dos produtos é portanto, mais uma estratégia importante para potencializar vendas, tanto para a industria, quanto para o varejo.