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O boom dos meios de pagamento no Brasil

Por: Ana Carolina Valle

Ana Carolina Valle é CRO da Koin desde 2016. A executiva conta com mais de 13 anos de experiência em instituições financeiras, atuando nas diversas áreas de crédito como gestão de portfolio, modelagem, business analytics e recuperação de crédito. Também possui sólida experiência em pricing, planejamento e governança. Graduada em Ciências da Computação pela PUC-SP e especialização em administração pela FGV, Ana Carolina trabalhou anteriormente no Banco Santander, Citi e Itau-Unibanco.

Nos últimos dois anos e meio, tivemos um avanço sem precedentes do comércio eletrônico no Brasil e no mundo. De acordo com uma pesquisa global da McKinsey, 90 dias de mudanças ocorridas em 2020 aceleraram transformações no e-commerce e no comportamento do consumidor que, em tempos normais, levariam dez anos.

Assim como a digitalização das transações teve um impacto significativo na vida dos consumidores, ela também abriu espaço para o surgimento de novos meios de pagamento, que oferecem maior conveniência para o consumidor e mais possibilidade de conversão para as empresas. Mas, em meio a tantas novas opções, como escolher esse parceiro tão vital para o negócio?

Escolher um parceiro de meios de pagamento provavelmente nunca foi tão importante, nem o momento mais oportuno.

A importância das fintechs

Dentre os players que estão se destacando nessa área, as fintechs têm ganhado visibilidade, apresentando como vantagens a agilidade e a flexibilidade nos processos que vão além do que os bancos tradicionais podem oferecer.

Vale lembrar que esse estímulo às fintechs tem sido liderado pelo Banco Central, via Agenda BC#, que tem como pilares a inclusão, o incentivo à concorrência, melhorar a transparência e estimular a educação e a sustentabilidade. O Pix, que tem pouco mais de um ano, já é um dos meios de pagamento mais utilizados no país, com recorde de adoção. O Open Banking, que trará mudanças profundas no sistema financeiro brasileiro, também faz parte do contexto da Agenda BC#.

O crescimento das empresas dedicadas aos meios de pagamento também acontece por pressão dos consumidores, que demandam cada vez mais opções no checkout, sob o risco de abandonarem o carrinho, o que é uma das principais dores de qualquer e-commerce. Muitas lojas que só aceitam cartão de crédito têm percebido que é preciso ampliar as opções de pagamento parcelado, considerando que existem quase 40 milhões de brasileiros desbancarizados e sem acesso a esse meio de pagamento.

No momento de escolha do parceiro de meios de pagamento, as fintechs ainda agregam tanto na melhoria na conversão para o e-commerce, como também se destacam, muitas vezes, em termos de inclusão financeira, democratização do acesso e incentivo à concorrência que pode trazer benefícios aos consumidores. Dentre eles, vale mencionar a melhora na jornada de compra, reduzindo fricção e tudo sem deixar de lado a importância da segurança.

Não deixe a segurança de lado

É fundamental que a escolha do parceiro de meios de pagamento preze pela segurança das informações compartilhadas pelos seus consumidores, pois, além da necessidade de cumprir a LGPD, isso é premissa básica de respeito e credibilidade. Além disso, o e-commerce precisa ficar atento e ter cuidado na escolha de um parceiro que proporcione uma boa experiência, que não gere atrito com cliente, que ofereça uma boa análise de riscos e que tenha boa saúde financeira.

Escolher um parceiro de meios de pagamento provavelmente nunca foi tão importante, nem o momento mais oportuno: há oportunidades reais de crescimento para os e-commerces que ampliarem ou diversificarem suas opções de pagamento no checkout para o cliente e, na outra ponta, há fintechs e demais players inovadores e ávidos por novos clientes.

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