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Meios de pagamento: afinal, qual é melhor opção para o seu negócio?

De acordo com as estimativas divulgadas em 2016 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), após diversos anos de crescimento, o varejo tradicional brasileiro, acumulou queda de quase 4% nas vendas, enquanto o comércio eletrônico apresentou crescimento exponencial, já que se tornou um dos principais aliados dos brasileiros para a aquisição de produtos, especialmente aqueles com alto valor agregado, como eletrônicos, eletrodomésticos, smartphones e informática.

Esse resultado animador tem gerado uma entrada de novos empreendedores no ambiente digital. E pudera, afinal é nele que milhares de aspirantes encontram uma oportunidade de ser dono do próprio negócio.

Contudo, é impossível imaginar um e-commerce ou marketplace ou sites de assinaturas sem um meio de pagamento que viabilize o escalonamento sustentável do negócio. Se considerarmos que um dos maiores desafios do comércio virtual está em ganhar a confiança dos consumidores habituados à maneira tradicional de adquirir produtos e serviços (face to face), driblar as desconfianças com relação ao pagamento é fundamental.

Em 2015, o aumento da preferência por pagamento à vista, na verdade, é reflexo da diminuição da oferta de parcelamento sem juros por parte do varejo online, combinado com certo sentimento de incerteza da população no momento econômico do país e, também, da maturidade do e-consumidor.

Neste cenário, a transação financeira precisa ser de máxima segurança e performance e, sobretudo, trazer economia financeira ao negócio. Considerando que o mercado de meios de pagamento no Brasil cresceu vigorosamente e hoje já são muitas as empresas de pagamentos online atuantes em território nacional, é comum que tanta diversidade cause dúvidas sobre qual solução escolher. Mas esteja certo: antes de optar por um intermediador de pagamento ou gateway de pagamento, é vital compreender muito bem as diferenças entre as duas soluções. Vamos a elas!

Adquirentes: conectando clientes, bandeiras, bancos e lojas

Antes de qualquer passo a ser dado no ambiente digital esteja certo de uma coisa: independentemente de você utilizar um gateway ou um intermediador de pagamento, o adquirente sempre estará presente no fluxo.

Os adquirentes (Elavon, Redecard, Getnet, FirstData, Global Payments, Stone e Cielo) são os grandes responsáveis pela comunicação entre clientes, bandeiras (Visa, Mastercard, American Express, Hipercard e Diners, por exemplo), bancos (Itaú, Bradesco, Citibank, Santander e outros) e lojas.

Eles processam as operações através da captura de pagamentos com cartão de crédito durante o processo de compra e, posteriormente, entregam aos lojistas os valores recebidos por cada venda em seu estabelecimento, seja ele físico ou virtual. Em troca desse processamento cobram uma taxa por cada transação finalizada.

Pense o seguinte:

Você resolve comprar um produto em sua loja favorita. Então, se dirige até ela, encontra o item desejado e segue rumo ao caixa para realizar o pagamento. O caixa pergunta a forma de pagamento e você opta pelo cartão de crédito ou débito. Ele pega a maquininha de cartão, aponta a forma de pagamento (se é débito ou crédito) e digita o valor da compra. Em seguida entrega ela a você para que insira a senha. A partir da inserção da senha, aparece na tela da maquininha, a informação “Discando…”.

Nesse exato momento, o adquirente, está processando as informações do seu cartão. Para tanto, ele envia esses dados para a rede das bandeiras de cartão. As bandeiras, por sua vez, fazem contato com os bancos emissores dos cartões (para saber se há saldo suficiente para a finalização daquela compra).

Quando a transação é autenticada e aprovada pelo banco, a bandeira do cartão retorna as devidas informações ao adquirente que autoriza (ou não) o processo de compra ao lojista. Aí sim, finalmente, você pode levar o seu produto para casa. Durante todo esse processo, é o adquirente quem lida com o dinheiro a ser entregue ao lojista.

Gateway, o quê?

O gateway é a maquininha de cartão do mundo físico, mas no digital. É a solução ou software que processa o pagamento online realizado através de cartão de crédito, boleto ou débito em conta corrente. Podemos dizer ainda que gateways de pagamento são plataformas capazes de conectar seu e-commerce aos agentes financeiros — como operadoras de cartão de crédito e bancos. Contudo, quem celebra o contrato com estas empresas é você, assumindo todos os riscos das transações efetuadas.

Quem optar por utilizar um gateway de pagamento terá que celebrar aproximadamente 14 contratos e realizar ao menos 3 integrações (1 com o adquirente, já que o gateway não funciona sem se comunicar com um; 1 com a empresa fornecedora da solução de gateway de pagamento e 1 com a gestão de risco).

Além disso, há a necessidade de contratar uma empresa responsável pela conciliação financeira. É ela quem fará o controle administrativo e contábil da sua empresa, pontuando quando houve o recebimento ou pagamento na movimentação financeira.

Por que devo contratar uma ferramenta de gestão de risco contra fraude?

Simples, para minimizar as fraudes!

E claro, sabemos que isso onerará uma equipe para analisar todas as transações que ocorrerão em seu e-commerce, dependendo do tamanho da sua operação, é claro. Quando as operações são pequenas, é comum o próprio lojista assumir essa atividade, mas vale lembrar que isso reduzirá drasticamente seu tempo para se dedicar ao core do negócio. Entretanto é possível fechar um contrato com a empresa que oferece gestão de risco, conforme suas necessidades, tamanho e perspectiva de crescimento.

Se ainda não conseguiu visualizar a importância da gestão de risco contra fraude, vamos ilustrar. Imagine só, seu cliente é roubado ou, simplesmente perdeu o seu cartão de crédito. Qualquer pessoa mal-intencionada que encontrá-lo poderá realizar compras com ele, afinal tem em mãos o número do cartão, a data de validade e ainda o código de verificação do mesmo. Automaticamente seu cliente pode contestar a compra a qualquer momento e você não receberá pelo produto vendido, afinal não foi ele quem efetuou a compra, certo?

Contudo, vale destacar as vantagens do gateway como a maximização da conversão de vendas, através de um processo de pagamento simples e eficiente; a oferta de diversas opções de pagamento (já que você fecha os contratos); negociação de taxas razoavelmente inferiores daquelas oferecidas por alguns intermediadores (falaremos deles em breve); checkout transparente; customização para aceitar pagamentos do exterior, realizados por telefone e parcelamentos sem juros.

Diferente dos adquirentes e intermediadores que cobram uma porcentagem por tipo de pagamento (se cartão de crédito ou boleto bancário) e uma taxa fixa (geralmente em centavos) por transação aprovada, os gateways cobram por número de transações realizadas, independente de elas serem aprovadas ou negadas.

Intermediador de pagamento ou subadquirente 

Já deve ter ouvido falar em Pagseguro, Paypal, Mercado Pago, Payu e Moip, certo? Pois bem! Todos eles são subadquirentes, ou se preferir, simplesmente intermediadores ou facilitadores de pagamento. Mas afinal, qual é o papel de um subadquirente no fluxo de compra de uma loja virtual? Resumidamente, encapsular o gateway, os adquirentes, a análise de risco e a conciliação financeira em uma única solução.

Vamos simplificar e ainda ser mais específicos. Amplamente utilizado por pequenas e médias empresas, devido ao seu custo benefício, os intermediadores de pagamento são plataformas independentes que funcionam como um meio de campo entre clientes, adquirentes e lojistas.

Oferecem uma ampla variedade de opções de pagamento, contudo cobram além da tarifa do cartão de crédito, boleto e débito online, uma taxa por transação aprovada.  Nesse modelo de pagamento, você não faz nenhum contrato com instituições financeiras, apenas se cadastra na plataforma como vendedor, informando os dados de uma conta bancária e um número de cartão de crédito.

A grande vantagem desse tipo de solução está na baixa complexidade de integração nas lojas virtuais e na implementação menos onerosa, embora a cobrança de taxas sobre as vendas sejam ligeiramente maiores que nos gateways de pagamento – giram em torno de 4% a 7% + tarifa por transação aprovada. Merece destaque também, o fato de em apenas um contrato e única integração, seu negócio ganhar todos os meios de pagamento, gestão de risco contra fraude e o repasse dos valores.

Considerando a maioria dos intermediadores de pagamento, você não precisa se preocupar com a análise de crédito no momento da venda. É a própria solução que dispõe de um sistema antifraude e equipe capacitada, responsável pela análise de dados, reduzindo o número de fraudes contra o seu negócio. Mas vale ressaltar que ainda assim existem algumas possibilidades de fraude que podem gerar custo somente ao lojista ou um custo dividido entre o intermediador de pagamento e o dono do e-commerce (mas esse é um assunto para outro e-book).

Entretanto, tanta facilidade apresenta muitas vezes, o redirecionamento do site da loja para o portal do intermediador — o que pode gerar um certo desconforto para o usuário. O bom é que existem diversas soluções do gênero que já oferecem o checkout transparente, onde não há esse redirecionamento de página.

Resultado: menos dor de cabeça, assim o pequeno e médio empreendedor pode se dedicar ao core do seu negócio, ao invés de se envolver com questões burocráticas, afinal pode contar com facilidade, flexibilidade, conversão, transparência, segurança, atendimento personalizado e mais controle.

Dependendo do seu faturamento, apesar da taxa mostrada pelo adquirente ser menor, os encargos e as dificuldades geradas por ele não são opções inteligentes e sustentáveis para clientes de um faturamento baixo ou médio.

Antes de optar por um dos meios de pagamento disponíveis no mercado para o seu negócio, avalie todas as opções. Teste até estar certo de que a solução escolhida é a melhor para o momento do seu negócio.

Você pode começar com um intermediador de pagamento e a medida que a empresa escalar, pode conseguir, através de uma negociação com a solução selecionada, uma redução no valor das taxas por transação, por exemplo. A longo prazo, inclusive, pode ser que o gateway faça total sentido e, aí sim, valerá muito a pena investir nessa ideia.

Conseguiu esclarecer suas dúvidas em relação aos meios de pagamento? Deixe um comentário e conte para gente se utiliza algum dos meios de pagamento disponíveis no mercado digital e como tem sido essa experiência.