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Marketplace: a solução para aumentar as vendas na Internet e fugir da crise

Por: Igor Castanho

É jornalista, economista e especialista em inovação. Atua na equipe de growth do Olist, uma startup brasileira que criou uma nova forma de vendas na internet. Por meio de uma única plataforma permite a gestão logística, administrativa, financeira e de suporte ao cliente, facilitando o trabalho de mais de 300.000 lojistas em 190 países.

O pessimismo gerado pela crise econômica que atinge o Brasil tem levado muitos empreendedores a imaginarem que o cenário também está desfavorável para o comércio. Embora o momento seja realmente ruim para alguns setores, ainda existem boas oportunidades que podem ser aproveitadas para garantir mais vendas. Apostar no potencial da Internet – e, principalmente, em canais de venda populares como os marketplaces – está entre as melhores alternativas para fugir da crise.

O potencial do setor é comprovado por meio dos números. No primeiro trimestre do ano os e-commerces brasileiros registraram aumento de 1% no faturamento em relação ao mesmo período de 2015, movimentando R$ 9,75 bilhões no período. O gasto médio dos clientes (ticket médio) subiu 7%, para R$ 399. Foram mais de 24,5 milhões de pedidos realizados pelos consumidores ao longo dos três meses, apontam dados da E-bit/Buscapé.

Para pegar carona nesse crescimento, um dos caminhos mais fáceis é apostar nos marketplaces. O uso desse canal estabelece uma oportunidade de vendas online tanto para lojas físicas como para quem já possui um e-commerce consolidado. Além de contar com o benefício de estar em um mercado crescente, a venda em marketplace gera outras vantagens para fugir da crise, listadas abaixo.

Menor risco de inadimplência

Além de queda nas vendas, um dos principais problemas enfrentados pelos lojistas na crise é o aumento da inadimplência. Conforme dados da Serasa Experian, entre 2012 e 2016 o número de inadimplentes cresceu de 50,2 milhões para 60 milhões de pessoas. Isso representa 40% da população economicamente ativa brasileira, correspondendo a débitos de R$ 250 bilhões.

Esse problema pode ser contornado na venda em marketplaces de diferentes maneiras. Primeiro, porque nas vendas online não são aceitos cheques, evitando problemas com devoluções. Além disso, em alguns marketplaces é possível antecipar os recebimentos de vendas parceladas, favorecendo seu fluxo de caixa de curto prazo. Por fim, em caso de atraso nos pagamentos das parcelas, a cobrança fica sob responsabilidade do marketplace, facilitando a vida do lojista.

Maior exposição aos clientes

Os principais marketplaces brasileiros possuem uma audiência elevada, que consegue agregar mais de 40 milhões de potenciais compradores. Isso gera uma vantagem para os lojistas que possuem e-commerces com baixo volume de acessos, já que é possível ampliar o público exposto aos anúncios dos produtos anunciados.

Esse benefício também contempla as lojas físicas, que podem reduzir a dependência de economias regionais, expandindo a abrangência geográfica do negócio. O aumento na escala de vendas é capaz de cobrir até mesmo o custo extra gerado pelo pagamento de taxas e comissões cobradas pelos marketplaces.

Gestão simplificada

Muitas vezes a tarefa de buscar novos canais de venda se torna um problema para o lojista. Essa dificuldade surge da necessidade de gerenciar simultaneamente estoque, pedidos e logística em diferentes plataformas. Ao utilizar os marketplaces, o lojista passa a ter condições de utilizar plataformas de gestão integrada, em que todo o controle é feito de forma unificada. Esses sistemas permitem o controle de vendas em vários marketplaces dentro de uma única interface.

Investimento reduzido

Além das dificuldades de gestão, um salto das vendas muitas vezes exige investimentos de peso. No caso de uma loja física é preciso gastar mais com marketing e a equipe de atendimento ao cliente, por exemplo. Já para um e-commerce o gasto extra inclui a otimização da plataforma online, com o uso de mais servidores para dar conta da demanda, além de despesas em campanhas de marketing nos canais como Facebook Ads ou Google Adwords.

Ao utilizar o marketplace esses problemas desaparecem, pois o lojista utiliza toda a infraestrutura disponibilizada pela rede varejista, inclusive nos investimentos em publicidade e atendimento ao cliente. O custo para utilizar essas plataformas também é relativamente baixo e controlado frente as demais alternativas.

Conclusão

Para driblar os efeitos da crise o comerciante precisa realizar ações rápidas e com baixo custo. Nesse contexto, apostar em marketplaces está entre as melhores alternativas para conquistar novos mercados e garantir mais vendas. Entendendo as particularidades desse canal de venda e estando preparado para um salto rápido na demanda, o lojista pode ficar a imune aos problemas econômicos do país, preservando seu negócio.