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Marketplace pode ser uma boa escolha para shopping centers em tempos de pandemia?

Por: Fellipe Guimarães

Especialista em negócios digitais | Startup Maker | Desenvolvedor Full Stack. Founder Grupo Codeby. A empresa que possui 6 anos de mercado atende grandes marcas como, por exemplo, KFC (México), F64(Romênia), Telemercados (Chile), Lego, Shoulder, Valisere, Alpargatas, entre outras.

Os shopping centers de todo o Brasil sentiram duramente o impacto da pandemia em 2020. Por conta das restrições de funcionamento no primeiro semestre — restrições estas que volta e meia estão sendo retomadas em diversos estados do país desde o início de 2021 devido ao aumento de casos de coronavírus —, este modelo de negócio tem passado por diversas transformações e adaptações para sobreviver às incertezas econômicas.

E não tem sido fácil. Segundo dados da Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce), divulgados no final de janeiro passado, a taxa de vacância no setor chegou a quase 10% em 2020 — em 2019, esse percentual foi de 4,7%. As lojas desocupadas cresceram e o faturamento caiu: menos 33,2% em 2020, conforme a Associação.

Com esse cenário presente, foi preciso abrir a mente para testar novos formatos e possibilidades. A mais latente transformação certamente se deu na integração da experiência do cliente. Os corredores dos shoppings começaram a migrar para o digital, e isso vai além de uma medida de emergência para os tempos que vivemos agora.

É possível verificar a ascensão de uma tendência que veio para ficar, e que estará presente nos próximos anos.

Benefícios do marketplace para shoppings na pandemia

Cada vez mais, as administradoras de shoppings de todo o país e as associações de lojistas compreendem as vantagens em adicionar o marketplace como canal de venda.

O potencial logístico e comercial passa a ser explorado também no meio digital, aproximando clientes e lojas e transformando os lojistas em sellers digitais. Bom para o cliente, bom para a loja, bom para o shopping.

Entre as principais vantagens da adoção deste modelo, estão:

  • A integraão de canais através do marketplace torna-se mais conveniente para o consumidor. Afinal, ele poderá comprar produtos de várias lojas diferentes em um único checkout;
  • A facilidade para o cliente em optar pelo frete para entrega em casa ou retirar no shopping, indo diretamente nas lojas físicas nas quais adquiriu produtos;
  • Os shoppings passam a poder oferecer “locações digitais” dentro do marketplace. Ou seja, ampliam o leque de serviços oferecidos e potencializam o relacionamento com os lojistas;
  • As lojas que já possuem presença digital contam com mais um canal de divulgação de seus produtos;
  • Lojas que ainda não possuem e-commerce terão a oportunidade de iniciar suas operações online e até expandir para outros canais;
  • Grande diversidade e variedade de produtos em um mesmo “site”.

Tive a oportunidade de acompanhar a implementação dessa novidade em alguns projetos, que já estão testando as funcionalidades. Acredito que em breve veremos cases de sucesso para uma percepção ainda mais acurada e aprofundada.

E você, o que acha dessa tendência da migração dos shopping centers para o ambiente digital?