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Marketplace ou app próprio: o que é melhor para o seu negócio?

Por: Lucas Pizetta

Lucas tem formação em Engenharia de Materiais, onde desenvolveu um extremo raciocínio analítico, e acabou se apaixonando pelo marketing digital. Gerente de Mídias na Raccoon Marketing Digital, relaciona as estratégias de marketing dos clientes com um viés muito forte de data driven. Já passou por diferentes verticais e projetos, entre elas varejo, B2B, Aplicativos, Fintechs, autos, e telecomunicações.

Nos últimos meses, vimos muitas empresas se transformando digitalmente para poder continuar as vendas e sobreviver às restrições impostas pelos governos. Como consequência, o e-commerce brasileiro cresceu 73,88% em 2020, com faturamento registrando alta de 83,68% no acumulado do ano. É o que aponta o índice MCC-ENET, desenvolvido pelo Comitê de Métricas da Câmara Brasileira da Economia Digital (camara-e.net) em parceria com o Neotrust | Movimento Compre & Confie.

Após consolidado o processo de digitalização, grandes varejistas disponibilizaram seus sites para empreendedores cadastrarem e venderem seus produtos. Empresas como Casas Bahia e Magazine Luiza são alguns exemplos desse movimento de abertura de marketplaces. Enquanto esse movimento acontecia por parte das gigantes, houve também um outro, capitaneado por comerciantes pequenos e médios. Muitos lojistas optaram por investir mais e criar um e-commerce próprio, assim escapando da grande concorrência dos marketplaces, com liberdade, inclusive, de personalizar o próprio site. Em meio às alternativas e com a necessidade de aumentar as vendas, surge a dúvida: o que é melhor para o negócio, marketplace ou app próprio?

Antes de definir qual é mais adequado para sua marca, é preciso ver os prós e contras das duas formas de venda. Vamos começar falando dos apps próprios. Nesse modelo, o empreendedor tem como vantagens:

  • Possibilidade de personalizar a sua loja de acordo com a identidade visual e posicionamento da sua marca;
  • Acompanhar e quantificar os resultados do e-commerce, por meio de métricas como ROI (Retorno sobre o Investimento) e taxa de conversão;
  • Trabalhar o próprio branding, desenvolvendo o posicionamento da marca através de estratégias de marketing digital;
  • Possibilita identificar facilmente o comportamento dos consumidores que mais visitam a loja para assim traçar uma comunicação ainda mais assertiva;
  • Aumenta as chances de fidelização dos clientes.

E como pontos negativos:

  • O custo dos investimentos na implantação do app e nas estratégias de marketing digital é de responsabilidade do próprio empreendedor;
  • Todos os cuidados referentes à logística, forma de pagamento e segurança ficam exclusivamente nas mãos do lojista.

Esses pontos podem ser facilmente corrigidos com uma boa agência que já tenha equipes tanto para desenvolver o e-commerce do zero como também para fazer as estratégias e trabalhos de marketing digital.

Já o marketplace traz de benefícios ao empreendedor:

  • Zero investimento com a implantação da loja e com a plataforma;
  • Grande visibilidade e credibilidade do marketplace, trazendo, consequentemente, evidência e confiança aos usuários em relação à sua marca;
  • Investimento menor em ações de marketing digital e publicidade. Afinal, o próprio marketplace já executa.

Da mesma forma que a loja própria, esse modelo de vendas também tem desvantagens, como:

Necessidade de disputar com promoções e valores dos produtos iguais ou equivalentes ao seus que são comercializados por outras empresas no marketplace;

  • Dependência em relação às comissões e aumento de taxas, que acabam diminuindo a margem de lucros;
  • Menor possibilidade de gerar recompra e de fidelizar clientes, uma vez que a visibilidade e o posicionamento que ficam registrados na mente dos consumidores estão ligados ao próprio marketplace.

E agora, qual escolher? A escolha deve ser pautada de acordo com as estratégias traçadas pela sua empresa e com as suas particularidades, mas acredito que o app próprio seja mais vantajoso. Alguns motivos me levam a ter esse pensamento. Em 2020, o Brasil foi o terceiro país no mundo em número de downloads de app, é o segundo país do mundo com o maior tempo diário de uso de smartphone (4,8 horas/dia) e o tempo mensal em aplicativos móveis cresceu 40%.

Além disso, a pandemia fez com que mais consumidores comprassem online, e a pesquisa Panorama Mobile Uso de Apps no Brasil mostrou que 60% dos consumidores estão mais dispostos a fazer uma compra em um app que baixaram durante a pandemia. Então, podemos perceber que as compras em e-commerces se tornaram normais e ter a sua própria loja virtual vale o investimento por conta dos dados, comunicação e personalização, fidelizando mais clientes e lucrando durante os tempos difíceis.