Logo E-Commerce Brasil

Marketing para e-commerce: você faz da forma certa?

Por: Jefferson Costa

Formado em Sistemas de Informação e pós-graduado em Engenharia de Marketing. É gerente de Market Intelligence na Admatic e na Sieve, que fazem parte da B2W Services, grupo de empresas "best in class" em soluções de tecnologia e logística.

O que parece funcionar “para tudo mundo”, não necessariamente irá funcionar para você. Cada ramo de negócio tem um público que se comporta de uma determinada forma ao buscar por um produto.

A pessoa que busca por um aparelho XPTO da marca A certamente irá buscar um e-commerce que passe confiança para fazer a compra, mas um dos fatores que provavelmente serão mais impactantes para ela será a comparação de qual loja vende o produto mais barato. Daí, vale anunciar em sites como Zoom e Buscapé e destacar seu preço.

Já alguém que queira comprar roupas, pode até comparar preços, mas certamente irá querer olhar a imagem da roupa de vários ângulos e, de preferência, com alguém usando a peça para ver seu caimento.

Por isso, canais de marketing que trabalhem mais a imagem e a destaquem – como os anúncios em carrossel do Facebook, por exemplo – tendem a sair na frente para divulgar estes produtos.

Entendendo esses pontos básicos, fica mais fácil acertar na sua estratégia que pode envolver alguns dos canais abaixo.

Facebook Ads/Google Adwords: existem várias formas de anunciar nestes canais e, no caso do e-commerce, quanto mais personalizada sua campanha, com visibilidade do produto e um bom chamariz, melhor!  

Os anúncios dinâmicos da rede de pesquisa do Google, por exemplo, são interessantes para quem trabalha com muitos produtos e anúncios e precisa otimizar a gestão de todos eles.

É uma forma da palavra-chave não apenas acionar seu anúncio, mas a publicidade aparecer para o consumidor com as palavras exatas que ele usou na busca, o que ajuda a criar aproximação.

O Facebook Ads tende a funcionar muito bem para imagens de bens de consumo como roupas, sapatos, livros, acessórios ou mesmo móveis, roupas de cama, mesa e banho e itens de decoração.

Mas ele pode ser mais delicado para anúncios com pouco apelo visual, por exemplo. Essa dinâmica das ferramentas e o que funciona melhor para o comportamento de busca do seu cliente devem ser pesados sempre!

Comparador de preço: desnecessário dizer que o preço é o fator mais importante, né? Mas, talvez seja relevante ressaltar que, para se destacar nestes canais, não adianta atualizar os preços do e-commerce uma vez e “picar a mula”. O cliente está fazendo a comparação constantemente e se ele não te vê entre as melhores ofertas o tempo todo, será difícil ele se lembrar da sua marca depois.

Caso seu produto e seus clientes tenham um perfil adequado para os comparadores, você precisa criar mecanismos para acertar no preço. Uma forma de fazer isso é usando ferramentas automatizadas de precificação que aceitem a criação de regras com base nos preços de concorrentes: isso te ajuda a monitorá-los e criar regras que ajustem seu preço de acordo com o comportamento de outras lojas.

Google Shopping: da mesma forma que o Facebook Ads, o Google Shopping tende a exigir boas imagens ilustrativas do produto e, da mesma forma que o comparador, o preço aqui também é relevante. São muitas lojas, afinal, disputando o mesmo espaço: em alguns casos, ter um produto mais bonito faz a diferença. Em outros, conta o preço mais competitivo. Por isso, o melhor é ser muito cuidadoso com tudo!

Antes de anunciar, vale “bisbilhotar” como são os anúncios de seus concorrentes e como você pode tornar seu anúncio mais relevante para o cliente: informações que deve colocar, imagens mais atraentes e preços que possam te equiparar aos deles.

O único ponto é, claro, não entrar em guerras de preço que você não consiga sustentar ou que comprometam o negócio. De resto, vale entender a forma como você quer se posicionar e agir!

Remarketing: para uma boa campanha de remarketing, é bem relevante saber que aspecto do produto é decisivo para seu consumidor e tentar compreender o que impediu que ele concluísse uma compra, por exemplo.

Não dá para fazer isso com tantos clientes simultaneamente se você não tiver parâmetros de seu desempenho de preço/retorno e marketing/conversões.

Mas se você mensura bem seus resultados poderá entender tendências de comportamento e melhorar continuamente os anúncios.

Se a imagem for mais relevante, que tal destacar a melhor imagem para o item no anúncio? Se o preço for tão importante, será que não vale propor um desconto para a compra imediata do produto clicando no anúncio?

Enfim, é básico investir no marketing do e-commerce, mas será que você cuida atentamente de cada item de suas campanhas, conhece bem seu público, usa os canais certos e as melhores ferramentas para te manter no topo? Cada vez mais, sai na frente quem faz um bom uso de imagens e sabe ser competitivo com a precificação!