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Mais do que “se tornar mobile”, é preciso “ser mobile”. E pra já!

Segundo dados do Google Mobile Day, 2015 foi o ano em que a criação de conteúdo para aparelhos móveis ultrapassou o conteúdo criado para desktops. Prova de que muita gente “se tornou mobile” no decorrer dos últimos dois anos. Mas apenas se tornar mobile não é garantia de sobrevida no mercado.

As marcas precisam entender o que isso pode significar para o futuro de seus negócios. É preciso, portanto, investir em “ser mobile” nativo. Por quê? De acordo com o mesmo estudo, as pessoas conferem seus dispositivos portáteis mais de 150 vezes por dia, mas o investimento das marcas em conteúdo 100% mobile ainda não ultrapassa os 5%. Elas se contentam em adequar o conteúdo web que sempre fizeram à telinha do smartphone.

Por isso mesmo, o passo mais importante neste momento é, além de tornar seu site responsivo – desenhá-lo para que ele se adapte, automaticamente, a qualquer tela, seja de smartphones, tablets, PCs, laptops, displays de carros, geladeiras etc. – torná-lo fundamental para seu cliente, por meio de serviços essenciais (como avisar sobre a proximidade do horário de um voo, uma novidade nas redes sociais, o recebimento de um depósito na conta corrente ou o risco de chuva nos próximos minutos).

Para que os exemplos acima se tornem “transparentes” para seu cliente, quase orgânicos, o conteúdo criado especificamente para um ambiente mobile é pedra de toque. Lembre-se de que o serviço responsivo precisa trafegar entre as interfaces sem perder relevância e mantendo-se 100% compreensível. Não estou me referindo a uma questão meramente visual, mas à experiência de acesso via mobile. Só uma experiência 100% prazerosa na telinha será capaz de estreitar os laços entre uma marca e seus consumidores/embaixadores.

Quer mais um motivo para investir em um site responsivo e em conteúdo nativo mobile? De acordo com recente estudo da Big Data Corp., feito sob encomenda do PayPal, entre os mais de 550 mil sites de m-commerce do País, somente 16% são responsivos. Ou seja, ainda é bastante difícil, na maioria dos sites brasileiros, fechar negócios via mobile, o que pode representar um diferencial e tanto na corrida pela conquista de novos clientes se sua empresa quiser ganhar terreno no comércio online.

Outro fator que você deve levar em consideração: desde 2010, a venda de smartphones ultrapassou a de computadores de mesa – e não se trata de moda passageira, mas de tendência irreversível. Isso porque a geração Millennial, nascida a partir de 1980, faz quase tudo remotamente e pelo celular.

Os Millennials estão mudando o mundo, já são a faixa etária mais expressiva no mercado de trabalho norte-americano e, globalmente, têm um poder de compra estimado em US$ 2,5 trilhões. No Brasil, a consultoria Booz Allen afirma que essa geração será 44% da população economicamente ativa do País até o final de 2016, movimentando algo em torno dos R$ 268 bilhões.

Se o meio é mesmo a mensagem, como vaticinou o filósofo e professor canadense Marshall McLuhan (1911-1980), os Millennials estão se tornando os mais importantes (e potenciais) colaboradores das empresas no universo online. E em todos os lugares do mundo acontece o mesmo: nunca antes o conceito de “aldeia global”, também ideia de McLuhan, foi tão revelador do modo de agir da sociedade de consumo.

Por isso, para ser bem-sucedido nessa empreitada, é preciso entender que não basta “se tornar mobile”, mas “ser mobile”, no sentido de que a estratégia de negócios tem de estar absolutamente focada neste que vai se transformar, a cada dia, no principal canal de comunicação entre consumidores e marcas.