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Instagram: afinal, para minha loja virtual, vale a pena ou não estar por lá?

Por: Galleger Ilhe

CEO da Bis2Bis E-commerce, empresa especializada no desenvolvimento de lojas virtuais de alto desempenho. Galleger Ilhe possui mais de 20 anos de experiência com programação e consultoria de e-commerce, produz diversos conteúdos online e ministra palestras Brasil afora, ajudando empreendedores a vender mais no mundo virtual.

As redes sociais, além de serem plataformas de relacionamento, vêm se transformando também em plataformas de marketing e publicidade, onde as marcas podem investir valores para aumentar sua visibilidade. O Facebook já adota este método há algum tempo e o Instagram, uma das principais redes do momento, adotou a estratégia recentemente.

Apesar disso, a rede ainda não é unanimidade entre as empresas. Mas vale destacar seu potencial e diferenciais em relação às demais.

O Instagram é mobile

A rede foi pensada e desenvolvida para o universo móvel, portanto, no caso do e-commerce, se não há um aplicativo ou um site responsivo para o qual direcionar a audiência, as estratégias de venda vão por água abaixo. Isso porque o Instagram, por si só, não é um ambiente no qual os e-commerces possam iniciar e executar estratégias de venda por completo e com êxito, a rede é, na verdade, um chamariz, uma forma de realizar um primeiro contato e captar possíveis clientes.

No caso de um e-commerce não adaptado aos dispositivos móveis (o que hoje em dia é condenável) fica ainda mais difícil – para não dizer impossível – traçar estratégias com o objetivo de vender neste ambiente. O motivo é lógico: o Instagram se usa no celular; se sua loja não tem um app ou se seu site não é responsivo, o usuário não tem para onde ir, comprar pelo celular em um site não adaptado é uma tarefa quase impossível.

O resultado serão tentativas frustradas por partes dos consumidores e o máximo que sua loja conseguirá é fazê-los esperar para comprar quando chegarem em casa e puderem acessar um computador ou, de fato, decepcioná-los e afastá-los enquanto clientes.

Objetivo

Com o surgimento da publicidade na rede social, agora é possível trabalhar com links – antes só era possível usar um link na descrição do perfil. Com isso, os usuários podem ser redirecionados para fora da plataforma, no caso do e-commerce, para a loja virtual. Isso eleva as possibilidades, mas não garante conversão, até porque o Instagram é uma rede focada no compartilhamento de experiências e momentos, então o objetivo de usuário ao acessar a rede é conhecer, descobrir, compartilhar e não comprar.

Justamente por isso, é legal fazer publicidade de acordo com as características do ambiente, trabalhar com os elementos visuais, apostar em vídeos ou fotos bem produzidas e com a menor quantidade de texto possível na imagem – lembrando que só são permitidos 20% de texto dentro da arte.

Além disso, é preciso se atentar para o objetivo das campanhas a serem veiculadas no Instagram (o objetivo é definido no momento de configuração da campanha, pela plataforma de anúncios do Facebook). Não é possível criar uma campanha sem um objetivo que o aplicativo possa proporcionar.

As opções disponibilizadas são: clique no site, download de aplicativo e visualização de vídeo. Assim, para o e-commerce, como já dito anteriormente, um site responsivo ou um app é obrigatório; na falta destas opções, é preciso recorrer ao vídeo – neste último caso espere aumento nos seguidores, mas não diretamente nas vendas.

Relacionamento

O Instagram é ainda um ambiente de muito destaque para as fotos/imagens e focado na troca de experiências e na interação entre seus usuários. Dessa forma, organicamente – sem investimento em publicidade -, a rede pode ser muito mais vantajosa no sentido de fixar e reforçar uma marca, comunicar-se com seu cliente e fazer-se presente.

Público

Vale ressaltar que qualquer estratégia de marketing e publicidade de um e-commerce deve ser pensada em sua totalidade, não apenas em relação à valores, mas também em relação aos objetivos e seu público alvo. Para estratégias no Instagram não é diferente: é preciso ter certeza de que o público pretendido se encontra na rede, navega e se comunica por lá.

Uma pesquisa realizada pelo próprio Instagram no ano passado com um grupo de mil brasileiros entre 18 e 35 anos revelou que 61% deles acessa o aplicativo pelo menos uma vez por dia e que eles se interessam em seguir pessoas que abordam, principalmente, os temas: música, viagens, natureza, celebridades, moda e gastronomia. Para os e-commerces que trabalham com este público e com produtos relacionados a este universo, as possibilidades a serem exploradas na rede são ainda maiores.