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Google irá posicionar melhor sites mobile, e agora?

Por: Rodrigo Schiavini

Fundador e CEO da SmartHint. Diretor Regional Paraná da ABComm, com mais de 10 anos de experiência em comércio eletrônico para grandes marcas dos mais variados segmentos.

Já não se discute mais a relevância do mobile no e-commerce. Prova disso é o mais recente anúncio  feito pelo Google. A partir do próximo dia 21 de abril, a empresa passará a atribuir maior relevância às lojas virtuais que disponibilizam versões mobile de seu site. Ou seja, quem trabalha com m-commerce será mais relevante para o Google nas pesquisas orgânicas.  

O Google justifica seu novo posicionamento a partir das mudanças no comportamento dos usuários. Segundo o anúncio da empresa, o número crescente de usuários nos dispositivos móveis – smartphones e tablets – levou à alteração nos algoritmos de busca. Até então, o Google considerava em suas atualizações a configuração e o bom funcionamento dos sites em ambientes mobile.

Com a mudança, ele irá privilegiar dois pontos para o ranqueamento. O primeiro deles é a exibição de sites mobile nativo, amigáveis aos dispositivos móveis. Se quiser, teste sua loja através deste link. O outro está relacionado à indexação do aplicativo App Indexing, que estimula o uso do app do Google com links diretos que aparecem nos resultados de pesquisa no Android.

Mas, afinal de contas, o que isso significa para o e-commerce? Significa que os varejistas virtuais que não estão de acordo com as alterações propostas pelo Google serão “penalizados” no posicionamento a partir das buscas orgânicas. E o que é estar de acordo com o Google? É possuir uma loja virtual mobile nativa, que nasce com sua loja virtual e é preparada especialmente para o mobile. 

Acompanhamos constantemente os resultados das nossas lojas virtuais. Percebemos que o acesso das lojas de alguns de nossos clientes no ambiente mobile já é de mais de 60%, considerando smartphones (51,81%) e tablets (10,65%). Ou seja, estamos diante de um “caminho sem volta”. O m-commerce veio para ficar e não há outra solução senão adaptar-se a ele.

O que o varejista virtual deve fazer é trabalhar com uma plataforma de e-commerce que já disponibilize a versão mobile nativa, sem que isso lhe traga outros custos de implantação. Algumas fornecedoras de tecnologia cobram a criação do site mobile à parte, o que é injusto. Afinal, o mercado encara a presença no desktop e nos dispositivos móveis como uma coisa só – como a presença digital de uma marca.  

Estamos diante de um cenário novo e impactante, e que não pode ser ignorado. O segredo é estar atento às novidades e se preparar para o mobile e tudo o que ele trouxer de alteração e evolução para o e-commerce.