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Foodtechs: pequenos indícios de como será a nossa alimentação no futuro

Por: Flávia Viana

Link Building e redatora jornalística para as editorias de tecnologia, mercado, cotidiano e cultura na agência Conversion

Crédito: iStock

Com ou sem pandemia, comer é um ato que vai além da necessidade primária: reflete nossos costumes, nossos anseios, nossas preferências e nosso prazer. E, embora tudo isso esteja inserido nos pratos que comemos todos os dias, há um questionamento que precisa ser feito nesse momento: será que nossos hábitos fora da mesa nos influenciam a colocar alimentos diferentes no prato?

Ao que tudo indica, a resposta é “sim”. Com a pandemia, a aceleração digital foi inevitável, uma forma de aproximar as pessoas, mesmo que não pelo meio físico. Essa tendência tão robusta de inovação e tecnologia, vale destacar, também trouxe para o nosso cotidiano maneiras distintas de preparar alimentos ou consumi-los. E podemos dar os créditos à boa parte dessas mudanças graças ao surgimento das foodtechs.

Uma mudança de hábitos: o consumidor é mais digital

Em linhas gerais, as foodtechs são empresas que movimentam o ramo alimentício e incorporam a ele inovação e tecnologia. Mesmo antes da pandemia, essas empresas já faziam sucesso em inúmeras áreas da gastronomia. Desde logística de atendimento nos restaurantes e organização de aplicativos de entrega até planejamento estratégico nas fazendas para não desperdiçar alimentos, trazer embalagens mais sustentáveis etc. Os aplicativos de delivery, por exemplo, são foodtechs que fizeram muito sucesso durante o período de isolamento social.

Essas empresas, entretanto, estão mais ativas do que nunca agora que a tecnologia e a digitalização já são uma realidade na vida das pessoas. Tanto tempo em isolamento social fez com que houvesse uma inclusão digital imensa, e as pessoas passaram a consumir ainda mais os produtos de foodtechs. E isso vai além dos aplicativos de entrega: essas corporações têm como objetivo transformar o mercado online de alimentos em todo o mundo.

Um exemplo está no e-commerce alimentício: as foodtechs já estão dominando as plataformas para trazer ainda mais facilidade e inovação ao setor. E isso ficou tão inserido na mente do consumidor que, hoje, ele já deixou de ir ao mercado e prefere fazer suas compras por meio de aplicativos. É uma transformação nítida: o mercado de alimentos é literalmente digital.

Como as foodtechs transformam o e-commerce?

Já predispostas como tecnológicas e digitais, as foodtechs têm avançado com soluções para os novos hábitos do consumidor. Além de diminuir o tempo de entrega nos mercados – uma demanda que partiu dos clientes, com o avanço tecnológico do último ano –, muitos estabelecimentos têm investido na experiência de seus consumidores.

Há empresas que já trabalham, por exemplo, com algoritmos e inteligência artificial, de forma a personalizar possíveis ofertas, com base no comportamento de compra do consumidor. Outras já usam essas ferramentas para outras funções, como a criação de uma dieta, com base na recomendação de um nutricionista – tudo alinhado de acordo com os comportamentos do cliente.

Há foodtechs, no entanto, que lidam com as partes mais burocráticas, criam parcerias com transportadoras, atuam no estoque de alimentos ou diretamente na produção. Mas uma coisa é fato: elas vieram para ficar e têm, sim, mudado os hábitos de consumo, a forma como nos relacionamos com a comida e como a consumimos.