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Faz sentido falarmos em Facebook vs. Instagram?

Por: Alexandra Avelar

Country Manager da Emplifi no Brasil, nova marca da Socialbakers. Plataforma de experiência do cliente (CX) apoiada pela Audax, que tem como objetivo amplificar a empatia

As recentes discussões sobre investimentos das marcas em redes sociais, principalmente pertencentes ao Facebook, também despertaram debates sobre a importância dessas ferramentas no alcance de público. Fato é que Instagram e Facebook são — e devem continuar sendo — líderes quando o assunto são os investimentos em publicidade digital. Hoje, mais de 6 milhões de profissionais de marketing dedicam esforços de campanhas nessas plataformas. Além disso, seu volume de usuários é desafiador para qualquer outra rede em busca de destaque nas escolhas desses profissionais.

Ao longo dos anos temos visto um constante investimento das redes de Zuckerberg em formatos cada vez mais diferentes para atração do público. Com isso, o Instagram passou a ganhar destaque em relação ao “irmão mais velho”. Para se ter uma ideia, estimativas revelam que a contribuição do Instagram para a receita do Facebook passou de US$ 3,4 bilhões em 2016 para US$ 20 bilhões em 2019 — isso corresponde a quase 30% do total.

Além disso, em 2020, o Instagram ampliou sua liderança sobre o Facebook durante a pandemia, com uma audiência global 28% maior. E essa diferença de público e posicionamento das redes também se aplica às interações. Elas chegam a ser 16 vezes maior no Instagram do que os resultados encontrados no Facebook. Esse último, por sua vez, viu seu engajamento crescer consideravelmente no primeiro trimestre do ano com o maior número de pessoas em casa em razão da pandemia.

Todos esses números nos levam a crer que existe uma competição entre as redes. Ou, para alguns mais críticos, esse pode ser o início do fim do Facebook. Mas seria isso possível? Mais do que acreditarmos que uma plataforma ou outra deixará de existir — ou seguirmos fomentando esse embate —, entendo que é preciso voltarmos o olhar para um outro ponto: a evolução dos profissionais e equipes de marketing para entender a diferença entre elas e como explorar cada vez melhor seus recursos para criar campanhas cada vez mais assertivas.

Enquanto o Instagram lidera o envolvimento e o tamanho do público, as marcas ainda publicam mais no Facebook. Afinal, as plataformas diferem na maneira como os usuários interagem com elas. O Facebook frequentemente é escolhido pelo conteúdo mais informativo, enquanto o Instagram é altamente eficaz para promover o engajamento e alcançar grandes públicos. Além disso, é cada vez mais o lugar certo para as empresas se mostrarem de maneira criativa — estimulando engajamento e aumentando o reconhecimento da marca. Enquanto isso, o Facebook continua sendo a melhor opção para alcançar segmentos específicos do público e transformar leads em clientes.

Nem toda indústria encontrará sucesso em ambas as plataformas. Muitas vezes vemos a necessidade de as marcas escolherem o caminho mais efetivo para comunicação com o seu público e isso muitas vezes se dará em apenas uma delas. Isso serve como prova de que as plataformas não se substituem, mas devem ser analisadas separadamente de acordo com os objetivos das ações digitais. Cada vez mais, o imperativo para os profissionais de marketing é se concentrar na otimização do conteúdo da publicidade e na personalização de suas experiências com anúncios. A escolha de estratégias similares entre os canais não trará os resultados desejados.

Para tirar o máximo proveito do Facebook e do Instagram, é importante conhecer os diferentes formatos de anúncio disponíveis em cada um e seus pontos fortes e fracos. As equipes de marketing digital têm como aliadas — e não combatentes — em suas campanhas duas das maiores redes sociais do mundo. Elas residem na vanguarda da tecnologia e inovação e continuarão a evoluir para atender, compreender e contribuir para relação das marcas com os desejos, sentimentos e comportamentos dos consumidores.

Mais do que um embate entre plataformas — afinal as duas fazem parte de uma mesma empresa —, temos pela frente uma luta dos profissionais e marcas para criar conteúdos cada vez mais eficazes para cada canal e que sejam reconhecidos pelo público por uma postura autêntica.