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Endereço corporativo: eficiência e praticidade para as entregas do e-commerce

Por: Gustavo Artuzo

Gustavo Artuzo é o diretor executivo da Clique Retire, empresa inovadora de logística para o e-commerce. Antes disso, foi diretor de desenvolvimento de negócios no fundo de private equity Patria Investimentos, além de CFO na Delly’s, empresa líder em distribuição para food service. Tem também experiências relevantes no setor de real estate, atuando na Cyrela, Direcional Engenharia e Cury Construtora. Gustavo é engenheiro formado pelo ITA, com MBA pela Wharton School.

À medida que são reduzidas as restrições decorrentes da pandemia da Covid-19, muitas empresas voltam a solicitar o trabalho presencial de seus funcionários. São pessoas que não mais estarão disponíveis em suas casas para receber os produtos que compram pela internet.

Como farão?

O segundo endereço seria, naturalmente, o do escritório, onde, em tese, a pessoa cumprirá boa parte do seu dia. Mas há uma série de aspectos negativos que acabam por tornar inadequada a entrega de encomendas pessoais no ambiente de trabalho.

Para começar, temos um dado da pesquisa feita nos Estados Unidos pela Morning Consult para a Pitney Bowes: dos 2.200 americanos entrevistados, 49% declararam não gostar que outras pessoas vejam os pacotes que pedem. Entre os millenials (a geração de 25 a 40 anos, maioria nos ambientes corporativos), o percentual dos que querem discrição é maior: 57%. A pesquisa considerou pessoas em qualquer ambiente: se o corte fosse referente apenas ao ambiente de trabalho, certamente o percentual seria ainda mais significativo.

Agora imaginemos o funcionário numa reunião, tendo que pedir para se ausentar por alguns minutos para receber uma encomenda particular. Ou imerso em cálculos para uma planilha orçamentária… Qualquer que seja a atividade a que esteja dedicado, ela terá que ser interrompida.

Imagem de mulheres trabalhando em um escritório

É claro que os pacotes podem ser recebidos na recepção. Mas, pergunto: é função de um recepcionista manejar encomendas particulares? Isso significa receber e se incumbir da guarda e do encaminhamento ao destinatário final. A empresa assumirá essa responsabilidade? Com o aumento nas compras digitais, o volume de encomendas pessoais dos funcionários poderá ser bem maior que o volume de correspondências e produtos da empresa ou relacionados aos negócios.

O estudo da Morning Consult mostra que um em cada cinco americanos prefere receber pacotes no local de trabalho do que em casa. Considerada apenas a geração do milênio, a preferência é de mais de 30%.

Fica fácil imaginar a pilha de pacotes na recepção das empresas. Ou as caixas de eletrodomésticos, sacolas de boutiques e mercados disputando espaços com as pastas e documentos de trabalho nas mesas dos funcionários.

Não é o que se propõe, certamente. A própria pesquisa aponta a tendência: 54% dos entrevistados disseram que usarão os armários inteligentes para a retirada de pacotes no escritório e 67% deles escolheriam os smart lockers para os pedidos online mais caros.

Adaptações no escritório para o pós-pandemia

As empresas farão mudanças nos locais de trabalho para receber os seus funcionários após a pandemia e garantir a eles saúde, segurança e conveniência.

Os armários inteligentes se encaixam nestas mudanças – o empregador pode optar pela solução do e-box para as próprias encomendas da empresa e documentos relacionados aos negócios e também para que seus funcionários tenham a conveniência de receber e guardar seus pacotes pessoais.

Da mesma forma como os funcionários se adaptaram e levaram o trabalho para suas casas durante a pandemia, no retorno ao escritório, a empresa é que terá que acolher os novos hábitos de seus funcionários – e os pedidos diários online estão entre eles.

A flexibilidade será a característica das empresas do futuro. Os seus smart lockers poderão ser adaptados conforme a demanda de uso comercial ou particular dos funcionários.

Vantagem para o e-commerce

Para os varejistas, contar com mais essa opção de entrega significa ter mais chances de efetivar as compras de seus clientes. Se eles não estão em casa para receber e não podem atender o entregador no ambiente de trabalho, haverá a alternativa prática da coleta no e-box do escritório.

Além de oferecer mais uma alternativa ao cliente, o e-commerce também tem favorecida a logística de entrega, pois edifícios comerciais em geral estão localizados em pontos de mais fácil acesso. E estarão concentradas nestes locais entregas de vários pacotes.

Kerry Caylor, vice-presidente da Pitney Bowes, já havia dito que “os armários inteligentes oferecem uma experiência segura e sem toque, que é eficiente para as organizações e agradável para os usuários”. E, assim sendo, acrescento: essencial para o e-commerce.