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E-mail marketing: como utilizar a base de um parceiro?

A arte de se comunicar é um dos instrumentos mais valiosos no dia a
dia. E sabemos que a base de dados é um dos maiores ativos de uma
empresa e que, sem ela, os resultados de nossa comunicação seriam
inexistentes, sejam em ações de prospecção ou de relacionamento.

O
relacionamento é uma peça fundamental em meio a tanta competitividade
no mundo corporativo, sendo considerado fator chave para grandes
processos de mudanças entre parceiros. O poder de relacionar-se com companhias que
possam complementar e, muitas vezes, ser até a base fundamental para
maior vantagem competitiva e crescimento, definitivamente deve ser
utilizado no cotidiano empresarial.

O assunto vem ganhando
tanta atenção que hoje é pautado não apenas nas relações interpessoais,
mas inserido em tecnologias que permitem automatizar ações de
complementaridade entre as partes.

Nesse contexto, vamos abordar a
prática dessas relações e parcerias no mundo online, mais
especificamente tratando sobre o co-registration como possibilidade
de utilizar a base de dados de uma empresa parceira de forma legal e
transparente.

Imagine a seguinte situação: uma pessoa se cadastra
em um site para receber informações sobre construção civil, pois ela
tem o objetivo de construir ou reformar sua casa. Ao se cadastrar, ela
tem a possibilidade de também receber e-mails com promoções e com lançamentos
sobre acabamentos, enviados por empresas parceiras. Essa pessoa,
logicamente, aceita, pois precisará adquirir produtos deste setor. O que
acabou de acontecer com ela? Participou de um processo de
co-registration.

O co-registration permite que informações sobre
bases de destinatários sejam compartilhadas estruturadamente. Ou seja,
esse processo só é permitido se o destinatário estiver ciente de que
receberá e-mails de outras empresas, além da inicial para a qual se
cadastrou.

Compartilhar dados confidenciais não significa,
simplesmente, enviar aos parceiros de negócio a base dos contatos
cadastrados que optaram por receber informações relacionadas aos seus
interesses. Nem sair disparando campanhas de e-mail marketing de
parceiros para a base inteira, sem nenhuma análise. É preciso esforço
para filtrar os conteúdos da empresa parceira, aceitando apenas o que
for relevante para a base. E, para saber se os conteúdos oferecidos
serão relevantes ou não, é preciso estudar muito bem o perfil
comportamental dos destinatários segmentados. As informações que os
parceiros enviam devem agregar algo de bom às informações enviadas pela
empresa.

Para a base de contatos é de extrema importância saber
de onde vem o e-mail recebido. O Código de Autorregulamentação para a
prática de e-mail marketing irá prever, entre outras condutas, a
negociação correta entre a empresa que detém a base e seus parceiros. Se
for uma divulgação de parceiro, é importante ter o nome da empresa
responsável pela base e a explicação correta do porquê de esse e-mail ter
chegado a sua caixa de entrada. Por exemplo, uma loja de colchões pode
enviar e-mail para sua base oferecendo lençóis de diferentes marcas,
porém, a mensagem deve ter uma saudação do emissor informando o motivo
e/ou os benefícios desse e-mail. O remetente e a assinatura devem
pertencer à loja de colchões, uma vez que ela é a detentora dos dados,
além de não causar nenhum impacto ao destinatário que já está acostumado
com sua assinatura.

A empresa que se dispõe a trabalhar com
co-registration
precisa alinhar o método de opt-out (descadastramento).
Assim como o opt-in (cadastramento), o opt-out precisa ocorrer de forma
clara, permitindo que o destinatário escolha por não receber e-mails da
empresa, dos parceiros da empresa ou de ambos. Sabe-se muito bem que o
destinatário tem o direito de solicitar o opt-out de qualquer
comunicação que não seja de seu interesse. O que para muitas companhias ainda
não se atentaram é que esse descadastramento poderá ser evitado se os
conteúdos forem adequados ao perfil pessoal de seus contatos.

Com
o Código de autorregulamentação, muitas empresas que prestam serviço com a venda ou com a locação de
base de dados terão que mudar o rumo de seus negócios: o objetivo é
atuarem como uma ponte entre várias empresas, criando essa parceria
baseada em diversas análises, desde o perfil de contatos, as etapas da
vida desse cadastro, até o teor das mensagens. Uma empresa que se
proponha a fazer esse trabalho de maneira ética e com fortes chances de
obtenção de resultados poderá ter contato com uma companhia de
eletrônicos e com outra de móveis e, a partir desse conhecimento, propor
uma campanha casando a venda de um televisor com uma poltrona, ou até
mesmo de um “home theater” completo. Isso, sim, será um processo de
co-registration
de verdade.

Essa é a importância da tecnologia,
aliada às boas práticas, para uma relação digital em prol da boa
reputação das marcas. Considerando a relevância de uma base de dados trabalhada corretamente e o relacionamento online como
essencial, por que não unir duas ferramentas fundamentais e aumentar as
chances de ganhar vantagem competitiva? O alvo só vira mesmo seu público
quando é respeitado.