E-commerce: uma boa ideia basta?
Não faz muito tempo que o sonho dos jovens brasileiros era se formar na universidade e conseguir uma boa colocação através de um concurso público ou se tornar executivo de uma multinacional. Ao contrário de outras culturas, como nos Estados Unidos, por aqui não havia muitos programas que incentivassem o surgimento de novos empreendedores. Abílio Diniz, do Pão de Açúcar; Gustavo Paulus, da CVC; Luiza Trajano, do Magazine Luiza; e Samuel Klein, da Casas Bahia, para mencionar alguns, são personagens raros na história do empreendedorismo verde-amarelo.
Mas desde o surgimento da Internet comercial, há pouco mais de quinze anos, e ainda mais recentemente, temos assistido o nascimento de empresários.com, motivados pela possibilidade de criar um negócio no comércio eletrônico, atrair capital de risco e transformar lojas virtuais em empresas capazes de competir com grandes varejistas tradicionais.
Afinal, com custos operacionais infinitamente menores e condições de igualdade em disputar um cliente que está a apenas um clique de distância, os e-mpreendedores têm um cenário mercadológico absolutamente favorável para tirar boas ideias do papel e realizar o sonho de ter suas próprias companhias.
Porém, será que ter capital disponível e uma boa ideia é suficiente para o nascimento de projetos de sucesso no universo do comércio eletrônico? No Buscapé, temos certeza de que a receita para que um empreendimento virtual seja muito mais do que somente uma boa ideia é conectá-lo em um ambiente fértil, cercado por talentos, tecnologias e histórias de negócios já comprovadamente bem implementadas e com retornos positivos sobre os investimentos realizados.
Justamente por conta desta crença, é que lançamos recentemente a segunda edição do desafio para startups “Sua Ideia Vale 1 Milhão”. Mais uma vez, os vencedores terão a oportunidade não sóe de receber um investimento inicial de R$ 300 mil, correspondente a 30% do negócio, mas, o que julgamos ainda mais importante, plugar seu projeto na plataforma Buscapé.
No ano passado, o desafio escolheu quatro empresas e, menos de um ano depois, todas elas já se consolidaram em patamares mais sólidos e os planos de negócios estão sendo implementados conforme previsto. Um resultado que, temos certeza, não seria possível se tivessem seguido carreira solo.
Não queremos sair do negócio destas startups, mas sim ajudá-las a perpetuar dentro de nossa plataforma, já que temos a convicção de que uma boa ideia não se concretiza sem um time talentoso e se não estiver cercada por um ambiente propício para frutificar.
Temos acompanhado este mercado não só no Brasil, mas em todo mundo, desde a era da conexão discada e nossos corações e mentes não param de fervilhar em busca de novas ideias e novos empreendedores capazes de interpretar e antever os próximos passos do consumo pelas estradas da Web. Decidimos começar a desenvolver o BuscaPé porque nosso sócio, Rodrigo Borges, tentou comprar uma impressora pela Internet e não encontrou, na época, nenhum site que trouxesse informações de produtos e preços. As boas ideias surgem assim. Acreditar que possam se transformar em grandes negócios e colocar a mão na massa depende do espírito empreendedor e da paixão de cada um.
Deixo aos leitores cinco dicas para quem sonha em se tornar empreendedor (dicas que valem não apenas para negócios digitais, mas para qualquer novo negócio):