Logo E-Commerce Brasil

E-commerce: os lojistas apontam para esses novos caminhos

Por: Hygor Roque

Atua desde 2009 em agências de publicidade envolvidos em projetos de e-commerce, trabalhando nas principais plataformas de e-commerce do mercado brasileiro (B2W, Rakuten e VTEX). Foi responsável pela equipe comercial da agência de tecnologia e performance que atendia contas como Grupo Boticario, Telhanorte, Sony, C&C entre outros. Hoje está à frente do E-commerce e Varejo, uma plataforma de conteúdo que ajuda pequenos empreendedores a construírem marcas fortes do ambiente digital.

O momento é de reavaliar os caminhos que alguns e-commerces trilharam nos últimos anos. Alguns negócios foram construídos para ganhar share e serem vendidos para grupos maiores, mas tantos outros negócios estão sendo estruturados para que seja uma operação saudável e sólida.

Acredito que três mudanças serão necessárias para que essas lojas realmente vivam esse momento novo e saiam do piloto automático.

Nem só de Google Adwords viverá o homem
A briga até agora foi sempre por relevância, principalmente as marcas que não oferecem produtos com exclusividade. Mas, isso gerou uma concorrência duríssima e os custos com “Lins patrocinados” estão altíssimos, logo algumas marcas tiveram que encontrar caminhos alternativos.

Um deles foi utilizar as campanhas pagas para promover a MARCA e não mais o PRODUTO.

Promover o produto é atrair o cliente por PREÇO e o cliente que vem por preço, também vai pelo mesmo motivo. Algumas marcas tem procurado entregar muito mais valor em suas ofertas, melhorando a qualidade das entregas, oferecendo tratamentos diferenciados aos clientes, entregando conteúdos relevantes ao seu público alvo, fazendo com que o VALOR da marca seja muito maior do que o PREÇO do produto.

Uma vez promovendo a MARCA sua base de “clientes” cresce e você pode impacta-lo com suas OFERTAS em mídias mais “baratas”.

Acredito em Deus, o resto é dados
A máxima agora é que não existe verdade absoluta no e-commerce, tudo é analise de dados e comportamento de compra. BI virou o “painel de controle” da operação e não existe mais espaço para o “ACHISMO”.

Qualquer mudança merece um teste a/b, teve resultado comprovado, troca. Com isso as operações conseguem ser mais assertivas com qualquer decisão tomada, seja uma mudança estrutural no layout ou a decisão de entrar com uma nova linha de produtos.

Tudo é dados!

Menos fornecedores para menores custos
Com o tempo em que o mercado foi evoluindo, mais empresas nasceram para atender necessidades específicas da operação. Adquirente, gateway de pagamento, anti-fraude, integrador com marketplace, ferramentas de busca, gestão de frete, plataformas de e-commerce, marktplaces, etc, todas essas empresas nasceram e cada uma cuidou do seu quadrado.

Essa fragmentação dos fornecedores gerou dois grandes desafios: Gestão dos fornecedores e controle de custo operacional.

O novo caminho é reduzir essa gestão de fornecedores, contratando empresas que possam oferecer a operação uma proposta mais completa de fornecimento de tecnologia, com ecossistemas mais estruturados e menos fragmentado, trazendo como benefício um maior poder de negociação e uma gestão simplificada de fornecedores.

Os lojistas apontam para esses novos caminhos, tantos outros caminhos ainda aguardam para serem explorados.