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Por que o e-commerce deve estar preparado para dispositivos móveis

Por: Rafael Correa

Rafael Correa é especialista em Crescimento de Negócios, Inovação Tecnológica, Execução Estratégica, Pagamentos e Operações em Fintechs, Start-ups, Private Equity e Consultoria. Atualmente, é responsável pela área de BNPL (Buy Now Pay Later) da Provu, empresa pioneira em crediário digital no Brasil.

O e-commerce não para de crescer. Segundo uma pesquisa da CNDL, 90,6% dos internautas fizeram alguma compra online em 2020 e, mesmo com a retomada do comércio físico, há muito espaço para a expansão das lojas virtuais. Na Black Friday de 2021, por exemplo, o e-commerce faturou mais de R$ 4 bilhões, o que representou um crescimento de 4,5% em relação ao ano anterior, de acordo com um relatório feito pelo Grupo Locaweb em parceria com a Bornlogic e Neotrust.

E se as lojas online já caíram no gosto dos brasileiros, é fundamental observar de perto outra tendência: o uso de dispositivos móveis nessas transações. Ainda segundo a pesquisa da CNDL, os smartphones são os mais utilizados, representando 87% das compras. Isso acontece porque, no país, o acesso à internet acontece preferencialmente por esse meio. Em um levantamento feito com 1.063 consumidores realizado pela Capterra, 64% se definiram como mobile first ou, em tradução livre, dispositivos móveis primeiro.

Dessa forma, a versão mobile de um site não deve ser mais uma questão secundária, e sim primordial, para os varejistas online. Mas como preparar os e-commerces e entregar uma boa experiência para os consumidores tanto em computadores como em celulares?

Como o e-commerce pode entregar uma boa experiência para os consumidores tanto em computadores como em dispositivos móveis?

Sites responsivos e checkout

Em primeiro lugar, o site da loja precisa ser responsivo, ou seja, ter um layout ajustável de acordo com o tamanho da tela, o que auxilia a navegabilidade e mantém informações destacadas. Esse é um ponto de atenção, pois embora todos os sites, por padrão, abram nos navegadores de celulares ou tablets, isso não significa que a página seja responsiva. Uma adequação de tamanhos é necessária para que a usabilidade não seja prejudicada.

Nesse sentido, o checkout deve seguir a mesma linha, mantendo-se simples e rápido para que o cliente não abandone o carrinho. Outra dica interessante, utilizada por grandes varejistas, é criar um aplicativo próprio para mobile. Dessa maneira, é possível oferecer recursos exclusivos, o que otimiza ainda mais a experiência de compra e melhora a segurança dos usuários. Os aplicativos também são ótimas opções para fidelizar os clientes e divulgar ofertas relevantes.

Velocidade de carregamento e segurança

A velocidade de carregamento é outro fator crucial nas experiências mobile. Segundo uma pesquisa feita pela Think With Google, 53% dos visitantes abandonam páginas que levam mais de três segundos para carregar. Essa demora ainda prejudica o ranqueamento de seus produtos no Google, o que reduz as visitas em seu site.

Por fim, garantir a segurança digital, deixando-a visível para os usuários com selos ou avisos aumenta a confiança, e facilitar a visualização dos produtos em telas menores é mais um ponto que merece atenção.

Em suma, os varejistas precisam estar prontos, e saberem adaptar seus negócios para atenderem às necessidades dos consumidores. Com um olhar acurado para as tendências, é possível aproveitar excelentes oportunidades, bem como impulsionar as vendas no mobile com conteúdo e design específicos, além de meios de pagamento variados, como cartões de crédito e débito, boleto parcelado ou Pix. Assim, o empreendedor será capaz de fidelizar cada vez mais clientes e alcançar uma ótima vantagem competitiva frente à concorrência.

Leia também: Como desenvolver a mentalidade mobile first