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E aí, como estão as compras coletivas?

Ao final de 2010 uma verdadeira febre estourou na internet, as compras coletivas. O modelo de compras em grupo com descontos incríveis conquistou os brasileiros. Milhares de empresários se aventuraram neste modelo e até junho deste ano, foram contabilizados mais de 2 mil sites de compra coletiva no Brasil.

A euforia de um modelo de negócio tão surpreendente que traz benefícios a todos os envolvidos (o site, o vendedor e o consumidor final) obviamente atraiu milhares de entusiastas e novos empresários do ramo, que acabaram por descobrir que toda festa dura pouco. Mais de 20% desses sites já deixaram de existir, alguns deles não duraram mais que alguns meses.

Grande parte descobriu a complexidade do negócio e a alta oferta acabou diminuindo a quantidade dos parceiros anunciantes. Além de algumas más experiências enfrentadas por quem experimentou a compra coletiva, tanto o consumidor final, quanto o parceiro anunciante, que acabou reduzindo o interesse em um modelo de negócio tão novo e com tão pouca maturidade.

A ilusão de uma completa virtualização da empresa, onde muitos empresários achavam que não precisariam de estrutura física para atender seus clientes também afetaram a atuação do negócio, prejudicando o atendimento, reembolso, mensuração dos resultados dos parceiros, gerando problemas e até grandes prejuízos. Além disso, ofertas desinteressantes passaram a desestimular e afastar os consumidores dos sites.

Mas não podemos decretar morte ao modelo de negócio da compra coletiva. Pelo contrário, aqueles que enxergam o negócio com seriedade e organização, sites como Groupon ePeixe Urbano, mantém seu crescimento e se consolidaram no mercado. Outros tiveram que reinventar o modelo de negócio, segmentando e atendendo a nichos específicos como turismo, pets, sex shop, etc.

Hoje a compra coletiva deixou de ser uma moda passageira e se firmou, a partir de empresas sérias, como um investimento de marketing digital vantajoso. Para o anunciante, o principal benefício do sistema é a possibilidade de trazer clientes aos quais não teria acesso sem um investimento direto em propaganda. O custo da divulgação é representado pelo desconto atrativo oferecido na oferta de um produto ou serviço, mais o percentual da receita pago ao site que gira em torno de 50%.

Considera-se também a exposição da marca na internet e, principalmente, a possibilidade real de que uma parcela dos compradores tornem-se consumidores fiéis da marca. As empresas devem considerar a compra coletiva como parte de seu investimento digital. E então? Vamos às compras?