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Design Thinking aplicado ao marketing de performance

Quando vão montar suas operações de e-commerce, alguns empresários costumam aplicar modelos conhecidos em suas lojas virtuais. Até mesmo na definição de fornecedores, as escolhas são sempre por empresas referências em suas áreas – e que estejam dentro do orçamento do projeto.

Um fator determinante e que chega até a ser um exercício lógico é o de optar por uma linha muito próxima ao que já é adotado por outros lojistas, já que é mais estratégico adotar processos que comprovadamente já deram certo.

Porém, isso tem um preço para o mercado: as lojas serão sempre “mais do mesmo” com pouca ou nenhuma inovação e geralmente as inovações serão puxadas pelas grandes marcas e depois replicadas por lojistas menores. Estou dizendo para que você arrisque na escolha de seus parceiros? Claro que não, você precisa pensar no melhor para sua loja virtual.

A ideia é apenas refletir sobre o mercado como um todo e buscar meios de inovar sem perder a qualidade.

“Mas, eu não tenho dinheiro para inovar!”

A concepção de inovação está atrelada a coisas grandes, como a criação de um software ou uma startup, mas ela é ampla e pode estar também em pequenas ações. Portanto, dinheiro não pode ser uma justificativa, mesmo porque existem métodos para se trabalhar a inovação sem que sejam necessários grandes investimentos e que permitirão, principalmente que pequenos e médios lojistas, se destaquem.

Você já ouviu falar de Design Thiking? A técnica consiste em aplicar diferentes processos e métodos para encontrar soluções para alguns dos problemas enfrentados em diferentes perfis de negócios.

O termo foi utilizado pela primeira vez por Tim Brown, CEO da Ideo, que trouxe conceitos utilizados por designers de produtos para o mundo dos negócios. A mensagem geral é: mesmo em diferentes níveis dentro da empresa, é preciso pensar em inovações que gerem crescimento para o negócio como um todo.

O Design Thiking funciona para resolver vários problemas, mas como isso pode ser aplicado ao e-commerce?

O primeiro passo é definir algo que precisa ser transformado para gerar mais resultados para a empresa.

Para elucidar esse pensamento, vamos refletir sobre um “calo” para vários e-commerces, que é o desempenho das campanhas de performance e a conversão, e ver como a técnica pode ser aplicada nesse processo especifico.

Como o Design Thiking pode ser aplicado ao marketing de performance?

Nessa técnica a experiência do usuário deve ser prioridade sempre. Isso por si só já mostra como o Design Thiking se encaixa muito bem em performance, já que suas campanhas só trarão retorno se entenderem o que o cliente busca e apresentarem a mensagem correta no momento certo, além de oferecer uma loja pronta para receber esse cliente.  A mensagem passada ao consumidor precisa ser clara e isso envolve design, preços e a forma como a relação foi construída.

O Design Thinking coloca o usuário no centro do debate, buscando entender como é o seu comportamento. Para que o conceito seja aplicado é preciso uma equipe multidisciplinar, com profissionais de diferentes áreas. O Design Thinking não cria um modelo pronto, perfeito, pelo contrário: ele pode ser modificado com o tempo e de acordo com as necessidades. Sua construção passa por um processo metodológico claro, que é compreender, observar, definir, idear, prototipar e testar.

Esse modelo pode ser facilmente aplicado a análise de performance, mas como? Bem, vamos por partes:

  • Compreender e observar: entender o que seu cliente busca e como ele costuma fazer suas compras. Para isso, é importante analisar a sua própria base de anúncios. Softwares de gestão de campanhas baseadas em XML contribuem para o acesso a estes dados;
  • Definir: com base nesse comportamento, será necessário definir o tipo de mensagem que terá maior impacto sobre ele, em quais momentos e canais;
  • Idear: planejar como serão as campanhas na prática. Nessa etapa o projeto ganha corpo;
  • Prototipar e testar: aqui você vai colocar no ar as campanhas de acordo com o que foi estruturado nas outras etapas do processo;

O processo é simples, mas ele precisa de alguns cuidados, um deles é o de montar uma força-tarefa multidisciplinar, com representantes de várias áreas da empresa. O motivo é simples: juntos eles conseguirão ter uma ideia de falhas que podem surgir em diferentes etapas do processo.

O pessoal de compras e pricing poderá entrar com dados praticados pelo mercado e as negociações poderão ser feitas com fornecedores para melhorar as margens de uma quantidade especifica de itens que serão ofertados por meio dos canais de marketing. O responsável pela logística vai poder propor soluções para fazer ações exclusivas para os canais. Ele poderá, por exemplo, sugerir prazos menores de entrega ou tabelas diferentes juntos aos operadores logísticos. Já o responsável pelo TI, poderá apresentar soluções de UX que gerem mais conversões.

E se eu não tenho toda essa equipe, o que eu faço?

Bem, a fórmula de aplicação será a mesma, mas você terá que se concentrar em pontos que até então passaram despercebidos e que podem ajudar no desempenho de suas ações de marketing – ou seja, alguns dos citados acima.

Viu como o Design Thinking pode ser útil para várias áreas de seu e-commmerce, e dentre eles o marketing de performance? Bom, agora é só aplicar e trabalhar para melhorar o desempenho e suas campanhas.

Boas vendas!