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Dados importantes para estudar no Google Analytics

Por: Diego Santana

Especialista em Performance para E-Commerce

Diego Santana é Gestor de Performance, Especialista em Growth para E-Commerce, Professor/Palestrante, atua no comércio eletrônico desde 2006 e oferece soluções para Gestores e Lojistas melhorarem os resultados das vendas on-line. Em 2023, ajudou a realizar mais de R$770 milhões em vendas digitais.

O mundo atual se encontra num momento em que o ambiente digital e os dados estão presentes na vida profissional. Há tempos que os gestores do varejo como um todo não podem mais se dar ao luxo de trabalhar no escuro, ou seja, sem ter noção do que acontece. As ferramentas disponíveis hoje mostram, em tempo real, tudo o que ocorre nas estratégias de marketing digital.

A frase de John Wannamaker, “Metade do dinheiro que gasto em marketing é desperdiçado, o problema é que não sei qual metade”, não se aplica no mundo atual. Afinal, é possível saber quanto uma empresa gasta e como cada centavo está voltando para os cofres da mesma. Um dos responsáveis por esse controle é o Google Analytics, ferramenta gratuita que é fundamental um projeto digital, inclusive lojas online.

Pessoa apontando com uma caneta dados gráficos desenhados em um papel

O Google Analytics permite identificar o gasto de uma empresa e como cada centavo está voltando para os cofres.

Quem compra da loja são pessoas, logo, é preciso entender sobre o público. Este pode ser muito diversificado. Quanto mais abrangente a oferta de produtos, maior a diversidade. Se uma pessoa, por exemplo, é responsável por gerenciar o e-commerce de uma loja de departamentos, o público pode ser de homens e mulheres, 18 a 80 anos, classes ABCD, que residem no Brasil. Com essas possibilidades, o público se torna amplo, mas o leque de produtos oferecidos permite a margem ampla. Se a loja for especializada em moda feminina, exige outro tipo de público: mulheres 16 a 40 anos, classes ABC.

O Google Analytics possui ferramentas que permitem ver os interesses do público, disponíveis em “públicos, interesses, visão geral”. Por mais amplo que o público seja, ele tem comportamentos em comum. Por isso, hoje o marketing tem mais interesse no perfil comportamental do que demográfico. Ter essas informações auxilia na criação de campanhas por interesse, conteúdo em redes sociais, peças de e-mail que ampliarão as vendas, entre outras.

Em “público, geográfico, locais”, é possível avaliar de onde os acessos e vendas vêm com maior frequência. Se, por exemplo, for a cidade de São Paulo, vale um estudo de frete grátis para a região, com a ideia de ampliar as vendas. Isso porque frete grátis é um fator de decisão para compra na loja, pois trata-se de um benefício para o consumidor final (que vai pagar menos no produto desejado).

Analisar a taxa de retorno é fundamental, uma vez que é mais barato vender para quem é cliente ou se relaciona com a marca do que buscar novos clientes. Ambas as ações devem ser feitas de forma simultânea. Por isso, olhar “públicos, comportamentos, novos recorrentes” é fundamental — assim a verba de marketing fica mais assertiva, criando estratégias para visitantes e compradores antigos. Dessa forma, John Wannamaker teria mais conhecimentos de como está investindo em marketing. O tempo que o cliente demora para retomar é importante, até para alinhar a estratégia de remarketing.

Estudos mostram que a cada 1 segundo que o site demora para carregar chega-se a perder de 5% a 7% da audiência do mesmo. Se o site demora 5 segundos para carregar, 35% das pessoas que o acessaram podem sair, o que gera prejuízo para a empresa. Em “públicos, comportamentos, velocidade do site, visão geral”, é possível avaliar essa velocidade e propor junto à plataforma (ou ao time interno de TI) como reduzir esse tempo. Quanto menos tempo de carregamento, mais pessoas no site.

Por fim, o desempenho de produto. Em “comércio eletrônico, desempenho de produto”, estão presentes todas as vendas, produto a produto, para analisar e tomar decisões de criar uma campanha específica para aumentar as vendas de quem está vendendo mais — ou focar em quem está vendendo menos. É uma decisão nem sempre fácil, e o Google Analytics não vai fornecer a resposta, mas auxiliar nos caminhos para dar o passo a seguir.

Se a taxa de conversão é de, em média, 1,8%, significa que 98,2% das pessoas que entraram no site, em média, não compraram. Entretanto, podem vir a comprar em outro momento. Analisar os dados de “funis multicanal, principais caminhos até a conversão” é entender a jornada de consumo e saber onde e quando investir mais verba.

Por fim, é preciso ter em mente que Google Analytics necessita estar configurado no site para gerar as informações.