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Cross Docking: saiba por que esta pode ser a solução para seu e-commerce de nicho

Por: Galleger Ilhe

CEO da Bis2Bis E-commerce, empresa especializada no desenvolvimento de lojas virtuais de alto desempenho. Galleger Ilhe possui mais de 20 anos de experiência com programação e consultoria de e-commerce, produz diversos conteúdos online e ministra palestras Brasil afora, ajudando empreendedores a vender mais no mundo virtual.

Mesmo sendo um campo bastante promissor, o e-commerce nacional vem ficando cada vez mais competitivo. A alternativa para este alto nível de competição têm sido os nichos, atender públicos e necessidades específicas. Isso porque existem inúmeros “grupos” de consumidores espalhados e que se interessam por uma infinidade de itens e assuntos muito específicos que os grandes varejistas não conseguem atender, pois, financeiramente, não é viável.

Os e-commerces de nicho têm, no entanto, que levar em consideração algumas particularidades em relação à gama de produtos com a qual trabalham e ao público ao qual atendem. Alguns nichos, por exemplo, têm relação com um tipo de público muito exigente, como o de vinhos e, portanto, neste caso, a possibilidade de fidelização é ainda maior. Além disso, se o produto e o atendimento forem excelentes – e nada menos do que isso -, este tipo de consumidor pode não se importar em esperar um pouco mais do que o normal.

Dessa forma, o lojista tem mais possibilidades para trabalhar em relação à armazenamento e estoque. Uma destas possibilidades é o Cross Docking, uma modalidade na qual as mercadorias não são armazenadas pelo e-commerce, ficando diretamente com o fornecedor e sendo enviadas a um centro de distribuição que, por sua vez, as direcionará aos clientes finais. No caso dos pequenos e-commerces, este centro de distribuição pode ser sua própria sede.

Em termos de custo, o Cross Docking é bastante vantajoso, já que os investimentos em relação à estrutura e logística própria são muito baixos ou quase nulos. Por outro lado, o fato de a modalidade exigir a existência deste “centro de distribuição” faz com que os produtos passem pela conferência do e-commerce, garantindo que estejam de acordo com os pedidos e sem qualquer tipo de avaria antes de serem enviados aos consumidores. Além disso, é possível caprichar no fator embalagem para agregar valor ao produto e melhorar a experiência do cliente.

Outro ponto positivo é a variedade. Mesmo trabalhando em um nicho específico, a opção pela operação em cross docking permite que o lojista trabalhe com uma gama maior de produtos, atendendo os mais diversos consumidores que possam se interessar dentro da proposta oferecida. Seguindo o exemplo dos vinhos, o lojista pode oferecer variedades argentinas, chilenas, bem como portuguesas, italianas, além de queijos, salames, conservas, geleias, chocolates etc.

O principal empecilho que o cross docking impõe ao e-commerce é em relação ao tempo das operações, já que o produto não estará estocado. Por isso, é preciso trabalhar a comunicação de forma clara, sempre expondo ao cliente os prazos corretos e, se possível, por quais etapas o produto passará até que chegue a seu destino. Por outro lado, como dito anteriormente, o consumidor de itens de nicho é exigente, mas pode ser flexível, considerando pagar e esperar a mais para ter um produto seleto, exclusivo, raro.