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Crise já afeta os hábitos de compra dos consumidores

Por: Thiago Sarraf

É especialista em e-commerce e internet, consultor, professor, palestrante, investidor-anjo e empresário. Formado em Marketing, com especialização em Negociação e certificados em Google Adwords e Analytics, lecionou em grandes instituições como Faculdade Impacta Tecnologia, FMU, ESPM, Universidade Buscapé e Internet Innovation. Hoje, seu foco principal é a consultoria de e-commerce e cursos de própria autoria voltados para pessoas que querem abrir ou já possuem um e-commerce e empresários que desejam se aprofundar no tema.

A classe C vem sentindo o impacto da crise brasileira em seu bolso. A recessão econômica, o aumento do valor do dólar e o reajuste de preços e de contas como água e luz fazem com que as pessoas tenham que diminuir os gastos com outros itens de consumo. É preciso equilibrar o orçamento e garantir dinheiro para as despesas básicas.

Para continuar adquirindo os produtos que precisa, o consumidor vem adotando algumas estratégias, como a pesquisa de preços e a escolha de marcas menos conhecidas e mais baratas.

Para garantir melhores ofertas, a rotina das pessoas também mudou, como nos dias que vão aos supermercados, por exemplo.

O reflexo da crise na vida dos consumidores está fazendo com que eles tenham de enfrentar mudanças para manter aquilo que conquistaram, principalmente quando uma categoria de produtos, como a de beleza, já está incorporada em seu dia a dia.

Mais de 30 milhões de brasileiros conquistaram espaço na classe média durante a última década, principalmente pelo crescimento econômico do país e as políticas de redução da pobreza.

Assim que aumentaram suas rendas, as pessoas passaram a ter acesso a bens de consumo que antes não faziam parte de seu cotidiano – e a crise atual coloca tudo isso em risco.

Além das manobras para reduzir gastos no supermercado, a classe C tem economizado nas contas básicas, pesquisado preços antes de comprar, optando por marcas mais populares e buscando outras ocupações que possam contribuir para o orçamento. É sempre hora de encontrar oportunidades novamente.

Porém, não são apenas os membros da classe C que vêm sentindo os efeitos da crise. Empresas de todos os tamanhos e setores perceberam que seus consumidores estão mais cautelosos e receosos no momento da compra e as vendas já começaram a cair.

Para manter seu orçamento positivo, diversas empresas estão fazendo ajustes, como demissão, redução de custos fixos e eliminação do estoque, o que também torna as coisas mais difíceis para os funcionários (e consumidores).

O preço é, agora, o principal agente definidor da compra – e todos os varejistas devem estar atentos a isso se não quiserem passar pela crise com prejuízos. Boa sorte em seus negócios!