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Crise atinge e-commerce? Não é o que dizem os números!

Por: Galleger Ilhe

CEO da Bis2Bis E-commerce, empresa especializada no desenvolvimento de lojas virtuais de alto desempenho. Galleger Ilhe possui mais de 20 anos de experiência com programação e consultoria de e-commerce, produz diversos conteúdos online e ministra palestras Brasil afora, ajudando empreendedores a vender mais no mundo virtual.

Dois mil e dezesseis não tem sido um ano fácil para os brasileiros. Junto com a instabilidade econômica, recentemente o cenário político estremeceu mais uma vez. Os setores da economia, por sua vez, vêm sentindo os efeitos desta conjuntura.

O e-commerce, no entanto, como previsto, continuou a crescer. Apesar de o crescimento ter diminuído em relação ao ano anterior, os resultados apontados pelo 34º Webshoppers, relatório do Ebit, continuam extremamente positivos.

Em 2015, o setor cresceu 16% em relação ao mesmo período de 2014 e atingiu um faturamento de R$ 18,6 bilhões. Já neste ano, o crescimento diminui, atingiu a casa dos 5,2 pontos percentuais, mas o faturamento, em contrapartida, aumentou, chegando aos R$19,6 bilhões.

Este aumento pode ser justificado por diversos fatores. Um dos principais foi a elevação do ticket médio, que saiu de R$377 (no primeiro semestre de 2015) para R$ 403,46, registrando alta de 7%.

Outro indicador expressivo a ser destacado foi a preferência dos consumidores por pagamentos menos flexíveis: motivados pela insegurança e o temor em relação às altas taxas de desemprego, 42% dos compradores online optaram por pagar suas compras à vista. E esta é uma tendência que deve seguir, assim como a diminuição do frete grátis que vem começando a ser mais aceita e compreendida pelo consumidor.

Todos estes indicativos, no entanto, não surgiram à toa, vieram de uma mudança de postura tanto do consumidor quanto dos lojistas, que buscaram, pesquisaram e empregaram estratégias a fim de contornar o momento pessimista.

Uma das alternativas encontradas pelos empreendedores foi melhorar a experiência do consumidor tanto via desktop quanto via mobile, tendência que também foi destacada no mais recente Webshoppers.

É importante ressaltar ainda o crescimento das compras realizadas via mobile: em 2015 apenas 10,1% das transações foram feitas nestes dispositivos. Em 2016, este número aumentou para 18,8%, quase o dobro!

Mas é claro que estas mudanças precisaram de um empurrãozinho especial por meio dos investimentos em marketing digital. Este tipo de publicidade é indispensável primeiro porque se desenvolve no ambiente online, mesmo espaço onde o próprio negócio atua, o que acaba proporcionando a adequação necessária para que os consumidores concretizem suas compras.

Segundo porque oferece diversas modalidades de investimento, para todos os tipos de bolsos, ou seja, de acordo com o objetivo pretendido e o tamanho do investimento, é possível criar estratégias bastante pontuais e práticas e que deem resultados visíveis.

Tudo isto só mostra que, ao contrário do que defendem os pessimistas, o e-commerce continua avançando, mesmo em um cenário no qual a maioria dos setores da economia vem vacilando. E para isso, é preciso trabalhar, inovar, pesquisar e insistir. Apesar de muito recente, o e-commerce nacional demonstra muito potencial, que precisa ser aproveitado com inteligência.

Aproveite o momento, estude o cenário, pesquise tendências, invista em estratégias seguras, inovadoras, firme parcerias e cresça!